quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Dois municípios do Paraná enfrentam epidemia de dengue e 52 estão em risco


Curitiba notificou 374 casos, dos quais 176 já foram descartados
Curitiba notificou 374 casos, dos quais 176 já foram descartados (Foto: Divulgação)
Um segundo município do Paraná entrou em situação de epidemia de dengue. Trata-se de Ludionópolis, localizado na região metropolitana de Londrina, que registrou na última semana, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 13 novos casos autóctones da doença (ou seja, a infecção ocorreu no próprio município). Uraí, também no norte do Paraná e que já estava em situação de epidemia, apresenta oito novos casos.
Ainda segundo a Sesa, além dos dois municípios que já estão em situação de epidemia, outras 52 cidades estão classificadas em situação de risco de epidemia, sendo que nove desses municípios apresentam alto risco, sendo necessária a adoção de medidas de controle. A maioria desses municípios fica no Litoral, Oeste, Noroeste e Norte do Paraná. São eles: Paranaguá, Guaratuba, Maringá, Apucarana, Cianorte, Umuarama, Guaíra, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão.
Na última semana (entre os dias 05 e 12 de fevereiro), inclusive, o número de casos de dengue confirmados no Paraná cresceu 46,88%, saltando de 224 para 329. Já o número de casos notiicados cresceu 14,9%, passando de 7.736 para 8.889.
Até aqui, 268 municípios do Paraná (67,2% do total) já notificaram possíveis casos de dengue, enquanto 72 municípios (18%) já confirmaram episódios da doença. Os municípios com maior número de casos suspeitos notificados são Londrina (1.988), Foz do Iguaçu (943) e Paranaguá (587). Já os municípios com maior número de casos confirmados são: Londrina (63), Uraí (60) e Foz do Iguaçu (30).
Curitiba, por sua vez, notificou 374 casos, dos quais 176 já foram descartados e outros três, confirmados. Nessas três situações, porém, a infecção ocorreu fora do município. Além disso, a Capital também teve um caso de chikungunya confirmado, assim como Foz do Iguaçu e Medianeira. Segundo a Sesa, os três casos são importados e a infecção ocorreu no Paraná, estado que enfrenta um surto da doença.
O verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. Quem viaja deve redobrar os cuidados para evitar o avanço da doença, tanto no seu imóvel, que ficará desabitado, como na casa eventualmente alugada para a temporada.

Secretaria de Saúde apela para conscientização da população
A Secretaria de Estado da Saúde vem insistindo bastante na conscientização da população, para que atue na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Eles se reproduzem em todo tipo de água parada, em pratos de plantas, lixo abandonado em terrenos baldios, garrafas, bebedouros de animais ou objetos abandonados em quintais.
A proliferação do mosquito transmissor aumenta muito no verão. Os casos mais graves da doença costumam ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes, lactentes menores (29 dias a 6 meses de vida), dependentes químicos e pessoas com algum tipo de doença crônica pré-existente, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, anemia falciforme, doença renal crônica, entre outras.
A orientação é que todos busquem atendimento de saúde tão logo apresentem os primeiros sintomas. O diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno reduzem significativamente as chances de agravamento do caso. Os sintomas são febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Esses sinais não podem ser desprezados.

Combate
Fumacê ajuda a reduzir infestação de mosquito
Desde a última semana a Secretaria de Estado da Saúde tem aplicado inseticida com carros fumacê para combater a infestação do mosquito Aedes egypti em municípios com situação mais crítica. O processo já foi feito em municípios como Londrina, Santa Isabel do Oeste, Capanema, Uraí e Antonina. A secretaria, porém, alerta que os melhores resultados só serão obtidos com engajamento total da população.
“De nada adianta aplicar o fumacê para eliminar os mosquitos se existem criadouros em centenas de propriedades particulares”, afirma a médica veterinária Ivana Belmonte, do Centro de Vigilância Ambiental em Saúde. Segundo a Sesa, a maioria dos criadouros está dentro dos quintais, em qualquer lugar com acúmulo de água parada, por menor que seja.
Por isso, é preciso atuar ativamente mantendo quintais limpos, sem acúmulo de lixo, pneus e garrafas, por exemplo; calhas, marquises e ralos. Já os pratos das plantas podem ser completados com areia grossa até as bordas ou ser lavados com água, bucha e sabão todas as semanas, para eliminar ovos do mosquito. Locais de armazenamento de água devem ser mantidos com tampas.

Parana registra uma morte no trânsito a cada três horas e meia



De 1996 até 2017, foram 65.349 mortes em acidentes de trânsito no Paraná: ocupantes de carros lideram estatísticas
De 1996 até 2017, foram 65.349 mortes em acidentes de trânsito no Paraná: ocupantes de carros lideram estatísticas (Foto: Franklin de Freitas)

A cada três horas e meia, em média, uma vida é ceifada – e outras tantas afetadas – por alguma fatalidade no trânsito paranaense. Segundo informações do Ministério da Saúde, em 2017 (último ano com dados disponíveis) foram registradas 2.535 mortes em acidentes de trânsito no estado. O número é alto, mas ainda assim um dos melhores resultados do Paraná nas últimas décadas.
De acordo com o Sistema de Informações sob re Mortalidade (SIM), desde 1996 foram registradas 65.349 mortes em acidentes de trânsito no Paraná. O ano com mais tragédias na série histórica foi 2012, com 3.616 fatalidades. Já o resultado de 2017 aponta uma redução de 7% nas ocorrências na comparação com 2016, quando foram registradas 2.726 mortes, e é ainda o melhor resultado para o estado desde 2001, ano em que 2.532 vidas foram perdidas no trânsito.
Considerando-se toda a série histórica, as principais vítimas são os ocupantes de automóveis (motoristas ou passageiros), com 16.505 mortes (25,3% do total). Em seguida aparecem os pedestres, com 15.946 mortes (24,4%), e os motociclistas, com 11.025 fatalidades (16,9%).
Já na comparação de 2017 com 2016, as fatalidades envolvendo ocupantes de automóvel tiveram queda de 7,1%, passando de 880 casos para 818, e a de motociclistas manteve-se praticamente estável (foram 649 casos em 2016 e 648 em 2017). Por outro lado, as mortes de pedestres tornaram-se mais frequentes: foram 499 fatalidades, 4,4% a mais do que em 2016, quando foram registrados 478 óbitos.
Os principais destaques, contudo, ficaram para os ciclistas e os ocupantes de veículos pesados (com peso bruto superior a 3.500 kg ou com lotação superior a 9 lugares incluindo o condutor), como caminhões e tratores. No primeiro caso, a notícia é positiva: houve uma queda de 23,6% no número de ciclistas mortos no trânsito paranaense, com 97 mortos em 2017 ante 127 em 2016. Desde 1996, 3.062 ciclistas foram mortos no Paraná.
Já no caso dos veículos pesados, foram 117 mortes em 2017, o que aponta para uma alta de 74,6% (haviam sido 67 casos no ano anterior). Desde 1996, 1.658 motoristas ou passageiros desse tipo de veículo foram mortos.

Em Curitiba, número de fatalidades é o menor da história
Em Curitiba, capital do Paraná, o número de mortes no trânsito também registrou queda em 2017. Foram 219 óbitos, 13,1% a menos do que em 2016, quando 252 vidas foram ceifadas no trânsito curitibano. Além disso, o resultado é o melhor para a Capital desde o início da série histórica, em 1996.
Segundo a superintendente de trânsito de Curitiba, Rosangela Battistela, a redução e mortes é uma soma de fatores, como a realização de mais blitz e de ações educativas. “Hoje temos um trânsito mais humano. Está havendo mais respeito dos motoristas, dos usuários da mobilidade como um todo”, aponta.

Mortes no trânsito em números no Paraná
Total de 1996 a 2017 = 65.349
2012, ano com mais mortes no período = 3.616
2011, ano com menos mortes no período = 2.532
Mortes em 2017 = 2.535
Mortes em 2016 = 2.726
Mortes de ocupantes de automóveis (total do período) = 16.505
Mortes de pedestres (total do período) = 15.946
Mortes de motociclistas (total do príodo) = 11.025
Mortes de cliclistas em 2017 = 97
Mortes de ocupantes de veículos pesados em 2017 = 117
Mortes no trânsito em Curitiba em 2017 = 217
Mortes no trânsito em Curitiba em 2016 = 252
Mortes no trânsito em Curitiba em 1996 = 560

Leiliane: a mulher que salvou uma vida na tragédia que matou Boechat


Diante da tragédia, uma cena que nos faz acreditar na humanidade e segue a máxima ensinada e praticada pelo grande jornalista Ricardo Eugênio Boechat, que nos deixou nesta segunda-feira, 11.
Leiliane Rafael da Silva, de 28 anos, é a mulher que salvou o motorista do caminhão, João Adroaldo Tomanckeves, de 52 anos, no acidente com o helicóptero.
No momento do acidente, que deixou duas vítimas fatais, Boechat, 66 anos e o piloto Ronaldo Quatrucci, de 56 anos, Leiliane passava em uma moto ao lado do caminhão que se chocou contra o helicóptero na rodovia Anhanguera, na Grande São Paulo.
A aeronave caiu na altura do km 7 do Rodoanel por volta de meio-dia, após tentar fazer um pouso de emergência. O jornalista voltava de uma palestra em Campinas, quando aconteceu a tragédia.
Enquanto muitos só queriam filmar ela correu para tentar salvar vidas, inclusive tentou salvar o jornalista Ricardo Boechat, que estava em meio ao fogo, mas não deixaram porque havia o risco de explosão.
Sem desistir de ajudar, ela salvou o motorista do caminhão que estava preso na cabine e cortou com uma faca o cinto de segurança.
A vendedora Leiliane contou, em depoimento, ter visto um homem pular da aeronave antes da colisão com o caminhão.
Com base em informações obtidas com o Instituto Médico Legal (IML) sobre a localização dos corpos, o delegado Luis Roberto Hellmester acredita que a pessoa que pulou da aeronave era Boechat.
O salvamento
Logo depois de ver o acidente, Leiliane desceu da moto e correu em direção ao veículo.
“Não pensei em nada. Falei para parar a moto e voltei correndo. Fui checar no caminhão para ver se tinha alguém vivo. O moço estava vivo, felizmente”, disse.
A vendedora pediu uma faca para um grupo de trabalhadores que estava limpando o mato do canteiro da estrada para cortar o cinto de segurança.
‘A gente tirou ele pelo vidro porque a porta estava emperrada e não saia”, lembra.
Leiliane vive em Pirituba, na Zona Norte de São Paulo, e tem três filhos: uma menina de 8 anos, um menino de 3 anos e um bebê de quatro meses. Prestes a passar por uma cirurgia, ela tinha sido orientada a não passar por situações de estresse.
“No momento, eu queria ajudar e não pensei em mais nada.”
As imagens mostram o momento em que ela, desesperadamente tenta e consegue salvar o motorista. E fez isso sem hesitar.
Daquelas cenas, que em meio a tragédia, nos ensinam que o ser humano está acima de todas as coisas, quando ele exercita o seu papel da vida real.
Pra ela, Boechat, talvez diria: “Coragem”.
Por mais Leilianes neste mundo!

Fonte: Só Notícia Boa 

Alcoolismo: como o álcool altera nosso DNA e nos faz querer beber ainda mais


O consumo de grandes quantidades de álcool pode causar mudanças no DNA das pessoas, levando-as a ter ainda mais vontade de beber, segundo um estudo recente publicado por pesquisadores da Universidade Rutgers (EUA) no periódico Alcoholism: Clinical & Experimental Research.
Os pesquisadores analisaram os genes de consumidores moderados de álcool, de consumidores excessivos (os que bebem constantemente) e dos chamados “binge drinkers” – os que bebem uma grande quantidade de álcool em um curto espaço de tempo
A conclusão foi de que os dois últimos grupos – os consumidores excessivos e os “binge drinkers” – haviam tido dois genes modificados sob influência do álcool, por um processo chamado de metilação.
Nesses grupos de pessoas, as mudanças genéticas levam a mudanças no relógio biológico do corpo, no sistema de resposta ao estresse e – o que é mais grave – na vulnerabilidade ao próprio álcool: as pessoas passam a buscar mais a bebida quando estão estressadas. Cria-se assim um círculo vicioso: quanto mais bebe-se álcool, maior será a necessidade de ingerir a bebida.
“Descobrimos que pessoas que consomem muito álcool podem estar mudando seu DNA de uma forma que as faz querer beber ainda mais”, disse em comunicado da universidade Dipak K. Sarkar, principal autor do estudo. “
"Isso pode ajudar a explicar por que o alcoolismo é um vício tão poderoso. Também pode, algum dia, contribuir para novas formas de tratá-lo ou ajudar a prevenir que as pessoas se tornem viciadas.”
A esperança é de que a pesquisa ajude na criação de testes com biomarcadores (que são indicadores biológicos, baseados por exemplo em algumas proteínas ou em genes modificados) que possam, eventualmente, prever o risco de cada pessoa se tornar um consumidor excessivo de álcool.
 
Fonte: BBC