quarta-feira, 24 de agosto de 2016

MPF autoriza acesso ao inquérito de triplex no Guarujá à defesa de Lula

Advogados haviam reclamado de que eram impedidos de ter acesso à ação.
Procuradores, no entanto, relataram erro ao informar número do processo.

Erick GimenesDo G1 PR


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do seminário Sistema Financeiro e Sociedade, que abre a Conferência Nacional dos Bancários durante a tarde desta sexta feira (29) no hotel Holiday Inn Anhembi, na zona norte de São Paulo (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo) 
Para o MPF, ex-presidente é dono de imóvel no Guarujá (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)
O Ministério Público Federal (MPF) autorizou nesta terça-feira (23) acesso à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao inquérito que apura a suposta aquisição de um triplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo, por ele.
Os advogados do ex-presidente haviam reclamado ao Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (19), de que eram impedidos de ter acesso à ação.

 

Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, porém, reconheceram que erraram ao informar o número do inquérito que não correspondia à denúncia em questão e concedeu acesso aos advogados do ex-presidente.
O MPF também autorizou, no mesmo documento, o compartilhamento das provas e informações relativas à Mossack Fonseca com a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, ligada ao Ministério da Justiça. O objetivo, diz a força-tarefa, é utilizar os dados como fonte de informação e, assim, subsidiar eventuais investigações em andamento no Brasil.
O triplex, registrado em nome da construtora OAS, investigada na Lava Jato, teria sido usado para lavar dinheiro de corrupção. Segundo o Ministério Público, Lula seria o dono do apartamento.
A versão de Lula
Em nota, divulgada neste domingo, a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirma que o petista nunca foi dono do apartamento, mas somente proprietário de cotas de um projeto da Bancoop, cooperativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
O mesmo argumento foi utilizado pelo advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins. Segundo ele, o ex-presidente era dono de uma cota do empreendimento e que teria a opção de não aderir ao negócio e pedir o resgate do valor investido.

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