quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Dois municípios do Paraná enfrentam epidemia de dengue e 52 estão em risco


Curitiba notificou 374 casos, dos quais 176 já foram descartados
Curitiba notificou 374 casos, dos quais 176 já foram descartados (Foto: Divulgação)
Um segundo município do Paraná entrou em situação de epidemia de dengue. Trata-se de Ludionópolis, localizado na região metropolitana de Londrina, que registrou na última semana, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 13 novos casos autóctones da doença (ou seja, a infecção ocorreu no próprio município). Uraí, também no norte do Paraná e que já estava em situação de epidemia, apresenta oito novos casos.
Ainda segundo a Sesa, além dos dois municípios que já estão em situação de epidemia, outras 52 cidades estão classificadas em situação de risco de epidemia, sendo que nove desses municípios apresentam alto risco, sendo necessária a adoção de medidas de controle. A maioria desses municípios fica no Litoral, Oeste, Noroeste e Norte do Paraná. São eles: Paranaguá, Guaratuba, Maringá, Apucarana, Cianorte, Umuarama, Guaíra, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão.
Na última semana (entre os dias 05 e 12 de fevereiro), inclusive, o número de casos de dengue confirmados no Paraná cresceu 46,88%, saltando de 224 para 329. Já o número de casos notiicados cresceu 14,9%, passando de 7.736 para 8.889.
Até aqui, 268 municípios do Paraná (67,2% do total) já notificaram possíveis casos de dengue, enquanto 72 municípios (18%) já confirmaram episódios da doença. Os municípios com maior número de casos suspeitos notificados são Londrina (1.988), Foz do Iguaçu (943) e Paranaguá (587). Já os municípios com maior número de casos confirmados são: Londrina (63), Uraí (60) e Foz do Iguaçu (30).
Curitiba, por sua vez, notificou 374 casos, dos quais 176 já foram descartados e outros três, confirmados. Nessas três situações, porém, a infecção ocorreu fora do município. Além disso, a Capital também teve um caso de chikungunya confirmado, assim como Foz do Iguaçu e Medianeira. Segundo a Sesa, os três casos são importados e a infecção ocorreu no Paraná, estado que enfrenta um surto da doença.
O verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. Quem viaja deve redobrar os cuidados para evitar o avanço da doença, tanto no seu imóvel, que ficará desabitado, como na casa eventualmente alugada para a temporada.

Secretaria de Saúde apela para conscientização da população
A Secretaria de Estado da Saúde vem insistindo bastante na conscientização da população, para que atue na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Eles se reproduzem em todo tipo de água parada, em pratos de plantas, lixo abandonado em terrenos baldios, garrafas, bebedouros de animais ou objetos abandonados em quintais.
A proliferação do mosquito transmissor aumenta muito no verão. Os casos mais graves da doença costumam ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes, lactentes menores (29 dias a 6 meses de vida), dependentes químicos e pessoas com algum tipo de doença crônica pré-existente, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, anemia falciforme, doença renal crônica, entre outras.
A orientação é que todos busquem atendimento de saúde tão logo apresentem os primeiros sintomas. O diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno reduzem significativamente as chances de agravamento do caso. Os sintomas são febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Esses sinais não podem ser desprezados.

Combate
Fumacê ajuda a reduzir infestação de mosquito
Desde a última semana a Secretaria de Estado da Saúde tem aplicado inseticida com carros fumacê para combater a infestação do mosquito Aedes egypti em municípios com situação mais crítica. O processo já foi feito em municípios como Londrina, Santa Isabel do Oeste, Capanema, Uraí e Antonina. A secretaria, porém, alerta que os melhores resultados só serão obtidos com engajamento total da população.
“De nada adianta aplicar o fumacê para eliminar os mosquitos se existem criadouros em centenas de propriedades particulares”, afirma a médica veterinária Ivana Belmonte, do Centro de Vigilância Ambiental em Saúde. Segundo a Sesa, a maioria dos criadouros está dentro dos quintais, em qualquer lugar com acúmulo de água parada, por menor que seja.
Por isso, é preciso atuar ativamente mantendo quintais limpos, sem acúmulo de lixo, pneus e garrafas, por exemplo; calhas, marquises e ralos. Já os pratos das plantas podem ser completados com areia grossa até as bordas ou ser lavados com água, bucha e sabão todas as semanas, para eliminar ovos do mosquito. Locais de armazenamento de água devem ser mantidos com tampas.

Parana registra uma morte no trânsito a cada três horas e meia



De 1996 até 2017, foram 65.349 mortes em acidentes de trânsito no Paraná: ocupantes de carros lideram estatísticas
De 1996 até 2017, foram 65.349 mortes em acidentes de trânsito no Paraná: ocupantes de carros lideram estatísticas (Foto: Franklin de Freitas)

A cada três horas e meia, em média, uma vida é ceifada – e outras tantas afetadas – por alguma fatalidade no trânsito paranaense. Segundo informações do Ministério da Saúde, em 2017 (último ano com dados disponíveis) foram registradas 2.535 mortes em acidentes de trânsito no estado. O número é alto, mas ainda assim um dos melhores resultados do Paraná nas últimas décadas.
De acordo com o Sistema de Informações sob re Mortalidade (SIM), desde 1996 foram registradas 65.349 mortes em acidentes de trânsito no Paraná. O ano com mais tragédias na série histórica foi 2012, com 3.616 fatalidades. Já o resultado de 2017 aponta uma redução de 7% nas ocorrências na comparação com 2016, quando foram registradas 2.726 mortes, e é ainda o melhor resultado para o estado desde 2001, ano em que 2.532 vidas foram perdidas no trânsito.
Considerando-se toda a série histórica, as principais vítimas são os ocupantes de automóveis (motoristas ou passageiros), com 16.505 mortes (25,3% do total). Em seguida aparecem os pedestres, com 15.946 mortes (24,4%), e os motociclistas, com 11.025 fatalidades (16,9%).
Já na comparação de 2017 com 2016, as fatalidades envolvendo ocupantes de automóvel tiveram queda de 7,1%, passando de 880 casos para 818, e a de motociclistas manteve-se praticamente estável (foram 649 casos em 2016 e 648 em 2017). Por outro lado, as mortes de pedestres tornaram-se mais frequentes: foram 499 fatalidades, 4,4% a mais do que em 2016, quando foram registrados 478 óbitos.
Os principais destaques, contudo, ficaram para os ciclistas e os ocupantes de veículos pesados (com peso bruto superior a 3.500 kg ou com lotação superior a 9 lugares incluindo o condutor), como caminhões e tratores. No primeiro caso, a notícia é positiva: houve uma queda de 23,6% no número de ciclistas mortos no trânsito paranaense, com 97 mortos em 2017 ante 127 em 2016. Desde 1996, 3.062 ciclistas foram mortos no Paraná.
Já no caso dos veículos pesados, foram 117 mortes em 2017, o que aponta para uma alta de 74,6% (haviam sido 67 casos no ano anterior). Desde 1996, 1.658 motoristas ou passageiros desse tipo de veículo foram mortos.

Em Curitiba, número de fatalidades é o menor da história
Em Curitiba, capital do Paraná, o número de mortes no trânsito também registrou queda em 2017. Foram 219 óbitos, 13,1% a menos do que em 2016, quando 252 vidas foram ceifadas no trânsito curitibano. Além disso, o resultado é o melhor para a Capital desde o início da série histórica, em 1996.
Segundo a superintendente de trânsito de Curitiba, Rosangela Battistela, a redução e mortes é uma soma de fatores, como a realização de mais blitz e de ações educativas. “Hoje temos um trânsito mais humano. Está havendo mais respeito dos motoristas, dos usuários da mobilidade como um todo”, aponta.

Mortes no trânsito em números no Paraná
Total de 1996 a 2017 = 65.349
2012, ano com mais mortes no período = 3.616
2011, ano com menos mortes no período = 2.532
Mortes em 2017 = 2.535
Mortes em 2016 = 2.726
Mortes de ocupantes de automóveis (total do período) = 16.505
Mortes de pedestres (total do período) = 15.946
Mortes de motociclistas (total do príodo) = 11.025
Mortes de cliclistas em 2017 = 97
Mortes de ocupantes de veículos pesados em 2017 = 117
Mortes no trânsito em Curitiba em 2017 = 217
Mortes no trânsito em Curitiba em 2016 = 252
Mortes no trânsito em Curitiba em 1996 = 560

Leiliane: a mulher que salvou uma vida na tragédia que matou Boechat


Diante da tragédia, uma cena que nos faz acreditar na humanidade e segue a máxima ensinada e praticada pelo grande jornalista Ricardo Eugênio Boechat, que nos deixou nesta segunda-feira, 11.
Leiliane Rafael da Silva, de 28 anos, é a mulher que salvou o motorista do caminhão, João Adroaldo Tomanckeves, de 52 anos, no acidente com o helicóptero.
No momento do acidente, que deixou duas vítimas fatais, Boechat, 66 anos e o piloto Ronaldo Quatrucci, de 56 anos, Leiliane passava em uma moto ao lado do caminhão que se chocou contra o helicóptero na rodovia Anhanguera, na Grande São Paulo.
A aeronave caiu na altura do km 7 do Rodoanel por volta de meio-dia, após tentar fazer um pouso de emergência. O jornalista voltava de uma palestra em Campinas, quando aconteceu a tragédia.
Enquanto muitos só queriam filmar ela correu para tentar salvar vidas, inclusive tentou salvar o jornalista Ricardo Boechat, que estava em meio ao fogo, mas não deixaram porque havia o risco de explosão.
Sem desistir de ajudar, ela salvou o motorista do caminhão que estava preso na cabine e cortou com uma faca o cinto de segurança.
A vendedora Leiliane contou, em depoimento, ter visto um homem pular da aeronave antes da colisão com o caminhão.
Com base em informações obtidas com o Instituto Médico Legal (IML) sobre a localização dos corpos, o delegado Luis Roberto Hellmester acredita que a pessoa que pulou da aeronave era Boechat.
O salvamento
Logo depois de ver o acidente, Leiliane desceu da moto e correu em direção ao veículo.
“Não pensei em nada. Falei para parar a moto e voltei correndo. Fui checar no caminhão para ver se tinha alguém vivo. O moço estava vivo, felizmente”, disse.
A vendedora pediu uma faca para um grupo de trabalhadores que estava limpando o mato do canteiro da estrada para cortar o cinto de segurança.
‘A gente tirou ele pelo vidro porque a porta estava emperrada e não saia”, lembra.
Leiliane vive em Pirituba, na Zona Norte de São Paulo, e tem três filhos: uma menina de 8 anos, um menino de 3 anos e um bebê de quatro meses. Prestes a passar por uma cirurgia, ela tinha sido orientada a não passar por situações de estresse.
“No momento, eu queria ajudar e não pensei em mais nada.”
As imagens mostram o momento em que ela, desesperadamente tenta e consegue salvar o motorista. E fez isso sem hesitar.
Daquelas cenas, que em meio a tragédia, nos ensinam que o ser humano está acima de todas as coisas, quando ele exercita o seu papel da vida real.
Pra ela, Boechat, talvez diria: “Coragem”.
Por mais Leilianes neste mundo!

Fonte: Só Notícia Boa 

Alcoolismo: como o álcool altera nosso DNA e nos faz querer beber ainda mais


O consumo de grandes quantidades de álcool pode causar mudanças no DNA das pessoas, levando-as a ter ainda mais vontade de beber, segundo um estudo recente publicado por pesquisadores da Universidade Rutgers (EUA) no periódico Alcoholism: Clinical & Experimental Research.
Os pesquisadores analisaram os genes de consumidores moderados de álcool, de consumidores excessivos (os que bebem constantemente) e dos chamados “binge drinkers” – os que bebem uma grande quantidade de álcool em um curto espaço de tempo
A conclusão foi de que os dois últimos grupos – os consumidores excessivos e os “binge drinkers” – haviam tido dois genes modificados sob influência do álcool, por um processo chamado de metilação.
Nesses grupos de pessoas, as mudanças genéticas levam a mudanças no relógio biológico do corpo, no sistema de resposta ao estresse e – o que é mais grave – na vulnerabilidade ao próprio álcool: as pessoas passam a buscar mais a bebida quando estão estressadas. Cria-se assim um círculo vicioso: quanto mais bebe-se álcool, maior será a necessidade de ingerir a bebida.
“Descobrimos que pessoas que consomem muito álcool podem estar mudando seu DNA de uma forma que as faz querer beber ainda mais”, disse em comunicado da universidade Dipak K. Sarkar, principal autor do estudo. “
"Isso pode ajudar a explicar por que o alcoolismo é um vício tão poderoso. Também pode, algum dia, contribuir para novas formas de tratá-lo ou ajudar a prevenir que as pessoas se tornem viciadas.”
A esperança é de que a pesquisa ajude na criação de testes com biomarcadores (que são indicadores biológicos, baseados por exemplo em algumas proteínas ou em genes modificados) que possam, eventualmente, prever o risco de cada pessoa se tornar um consumidor excessivo de álcool.
 
Fonte: BBC

sábado, 26 de janeiro de 2019

Acidentes em rodovias do Litoral aumentam 17,9%




AEN-PR
AEN-PR

O BPRv (Batalhão de Polícia Rodoviária) flagrou, nos primeiros 30 dias de Operação Verão, mais de sete mil veículos com velocidade acima do permitido nas rodovias estaduais do Litoral do Paraná. Duas pessoas morreram vítimas de atropelamento. O balanço, que abrange de 21 de dezembro a 21 de janeiro, aponta um aumento de 17,91% nos acidentes e de 4,55% no número de pessoas feridas, em comparação com o mesmo período da temporada anterior.
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Neste verão, foram registrados 79 acidentes com 46 pessoas feridas e dois óbitos, enquanto que na temporada anterior foram 67 acidentes com 44 feridos e nenhum óbito. "Observamos o comportamento do motorista, que não adapta a direção quando se depara com chuva, desenvolvendo a mesma velocidade como se a pista estivesse seca, resultando em acidentes e autuações", apontou o Comandante da 1ª Companhia do BPRv, capitão Idevaldo de Paula Cunha Júnior.


As duas mortes ocorridas nesta temporada foram por atropelamento e ocorreram na rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508). No ano anterior não houve óbitos por esse tipo de acidente. "A rodovia tem uma pista boa, de mão dupla, porém em dias chuvosos é muito perigosa, tanto que as duas mortes por atropelamento aconteceram no período da noite e com a pista molhada por conta da chuva", salientou o capitão.

EMBRIAGUEZ

A embriaguez ao volante é outra preocupação dos policiais rodoviários. Nesta temporada de verão já foram lavradas 33 notificações com multa e oito com prisão do condutor, números superiores aos registrados no verão passado, quando houve 24 casos de multa por embriaguez e mais sete com a prisão do motorista.

A fiscalização foi intensificada para aplicar o rigor da legislação nos casos de flagrante. Nos primeiros 30 dias de Operação Verão, as equipes fizeram 743 testes com bafômetro (aplicação do etilômetro), 980 testes no verão passado (aumento de 24,18%). "Temos trabalhado constantemente e feito operações para coibir essa prática que, infelizmente, causa tragédias e ceifa vidas. O Batalhão está presente nas rodovias e ao flagrar esse tipo de conduta, aplica o rigor da lei", destacou o capitão Cunha.

ORIENTAÇÕES

Nos finais de semana o fluxo de veículos aumenta e, consequentemente, os riscos de acidentes. Na sexta-feira (18), mais de 40 mil veículos passaram pelas rodovias estaduais em direção ao Litoral. Os motoristas devem redobrar a atenção para evitar infrações.

Além de ações preventivas e repressivas, pequenas atitudes podem evitar tragédias. Em relação ao veículo, é necessário fazer uma manutenção prévia para avaliar as condições dos pneus, freios, componentes do motor, suspensão e sistema de iluminação. As taxas tributárias (IPVA, Licenciamento e DPVAT) também devem estar em dia.

Na estrada, em caso de chuva, o condutor deve reduzir a velocidade, acender as luzes e manter uma distância segura do veículo à frente para que haja espaço para manobra caso seja necessário. Em alguns trechos, como o que passa pela Serra do Mar em que é comum a incidência de neblina, a orientação é dirigir com cautela, sem acionar o pisca alerta e não estacionar no acostamento. Caso a visibilidade esteja comprometida, o motorista deve procurar um local seguro para parar e aguardar a melhora no tempo.

Outra medida de segurança que evita tragédias é o uso do cinto de segurança. Para as crianças menores de 10 anos devem ser utilizados os dispositivos regulados pela legislação de acordo com a idade (bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação).
AEN

Confira os novos valores do salário-mínimo regional




Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Marcello Casal Jr./Agência Brasil


O salário mínimo regional do Paraná vai variar de R$ 1.306,80 a R$ 1.509,20. As novas faixas entram em vigor a partir do próximo dia 1º de fevereiro, quando será assinado o decreto que formaliza o reajuste. Os novos valores foram anunciados nesta sexta-feira (25/01) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, em conjunto com o secretário da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, no Palácio Iguaçu, em Curitiba
O Paraná, destacou Ratinho Junior, tem um dos maiores salários mínimos regionais do país. "O reajuste do piso é o compromisso do nosso governo em valorizar os trabalhadores", afirmou. "Com o reajuste, aumenta o poder aquisitivo dos trabalhadores abrangidos por essa lei. Isso se reflete no movimento do comércio e nos serviços", enfatizou o governador.


"O mínimo regional, que já entra na folha de fevereiro, é uma referência para a negociação das categorias sindicalizadas e uma garantia para as categorias que não têm sindicato", afirmou o secretário Ney Leprevost. "Vamos trabalhar junto com o conselho em prol da classe trabalhadora, fazendo com que a geração de empregos no Paraná continue em alta", disse ele.

O reajuste de 4,71% foi referendado nesta semana por um conselho tripartite, que tem a participação de representantes do poder público, de empregados e empregadores. O valor estabelecido fica acima do mínimo nacional, que é de R$ 998,00.

Na categoria dos trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca, o piso sobe para R$ 1.306, 80. Para o segundo grupo, no setor de serviços administrativos, serviços gerais, de reparação e manutenção e vendedores do comércio em lojas e mercados, o piso chega a R$ 1.355,20. Esta categoria engloba também a classe de trabalhadores domésticos.

Empregados na produção de bens e serviços industriais terão piso de R$ 1.403,60. Para o quarto grupo, na categoria de técnicos de nível médio, o piso passa para R$ 1.509,20.

HISTÓRICO

O salário mínimo regional no Paraná foi implantado em 1º de maio de 2006. Desde 2017, a data-base vem sendo reajustada pelo mesmo percentual aplicado para o salário mínimo nacional e também antecipada em um mês por ano para que, em 2020, venha a coincidir com a data-base nacional – ou seja, 1º de janeiro.

Confira a evolução do piso salarial no Paraná desde a sua implantação:

2006 - R$ 427,00 a R$ 437,80

2007 R$ 462,00 a R$ 475,20

2008 R$ 527,00 a R$ 547,80

2009 R$ 605,52 a R$ 629,65

2010 R$ 663,00 a R$ 765,00

2011 R$ 708,14 a R$ 817,78

2012 R$ 783,20 a 904,20

2013 R$ 882,59 a R$ 1.018,94

2014 R$ 948,20 a R$ 1.095,60

2015 R$1.032,02 a R$ 1.192,45

2016 R$ 1.148,40 a 1.326,60

2017 R$ 1.223,20 a R$ 1.414,60

2018 R$ 1.247,40 a R$ 1.441

2019 R$ 1.306,80 a R$ 1.509,2
AEN

'Vamos resgatar somente corpos', diz Zema sobre tragédia em Brumadinho

BRUMADINHO, MG (FOLHAPRESS) - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que são mínimas as chances de resgatar pessoas com vida da tragédia em Brumadinho (MG). Nesta sexta (25), o rompimento de uma barragem da mineradora Vale matou ao menos sete pessoas. Há mais de 150 desaparecidos.
"Vamos resgatar somente corpos", afirmou o governador em entrevista na faculdade Asas de Brumadinho, espécie de ponto de apoio das autoridades para definir ações relacionadas à tragédia.
Zema disse ter recebido propostas de outros estados e do governo federal para a operação. "Agradecemos muito, mas a nossa força-tarefa no momento é suficiente. Vamos precisar de ajuda provavelmente a partir de segunda-feira (28)."
Segundo o governador, além do resgate dos corpos, a preocupação é acompanhar o estado da barragem. "O vazamento até agora parece estável, caso não chova. Mas se chover pode se mover mais um pouco."
Zema diferenciou o caso de Brumadinho do de Mariana. Em 2015, o rompimento da barragem de Fundão matou 19 pessoas e espalhou rejeitos de minério por 650 km. O reservatório pertence à mineradora Samarco, de propriedade da Vale e da BHP Billiton.
"O vazamento tem uma característica diferente daquele que aconteceu em Mariana, que foram centenas de quilômetros. Este teve um maior número de vítimas, mas vai ficar territorialmente mais limitado", afirmou o governador.
Em rede social, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que lamenta o ocorrido. "Determinei o deslocamento dos ministros do Desenvolvimento Regional e Minas e Energia, bem como nosso Secretario Nacional de Defesa Civil para a Região", afirmou. "Nossa maior preocupação neste momento é atender eventuais vítimas desta grave tragédia."
Os recibos de ações da Vale negociados na Bolsa de Nova York caíram perto de 8% nesta tarde, reflexo do rompimento da barragem em Brumadinho. No Brasil, a Bolsa está fechada pelo feriado de aniversário de São Paulo.
O Instituto Inhotim, que fica em Brumadinho, foi esvaziado por medida de segurança e permanecerá fechado no fim de semana. O museu é um dos maiores centros de arte ao ar livre da América Latina.
O rompimento aconteceu na região do córrego do Feijão, na altura do km 50 da rodovia MG-040. A barragem, que estava inativa, armazenava 12,7 milhão de m³ de rejeito de mineração.

Ruptura da barragem de Brumadinho deve ter mais mortes que a de Mariana


Vista aérea da lama que tomou localidades de Brumadinho
Vista aérea da lama que tomou localidades de Brumadinho (Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros de Minas Gerais)
O rompimento da barragem de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), ocorrida nesta sexta-feira (25), pode ter mais mortes que a de Mariana, ocorrida em outubro de 2015. A projeção é baseada nos números divulgados nesta sexta-feira nas operações de resgate feitas pelos bombeiros e pela polícia militar – quase 100 agentes estão no local e a quantidade deve chegar a 200 a partir da madrugada deste sábado (26).
A Vale, que administrava a mineração em Brumadinho, informou que havia 427 pessoas no local. Segundo os bombeiros, 182 foram resgatadas vivas. O governo de Minas Gerais, citando informações dos bombeiros, disse que há 7 mortos, ainda não identificados. O número de desaparecidos supera 230 — desses, 150 seriam funcionários da Vale — e a chance de se encontrar pessoas ainda vivas diminui com o passar do tempo.
Em entrevista coletiva nesta sexta, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, admitiu que a tragédia em Brumadinho seria maior do ponto de vista de perdas humanas. Em Mariana, foram 19 mortes. Por outro lado, ele disse que a tragédia será menor do ponto de vista ambiental. Ele explicou que o rejeito vazado no acidente é menos úmido que o de Mariana e, portanto, teria menos capacidade de locomoção pelos rios e encostas da região. "O dano do ponto de vista ambiental é muito menor [que Mariana]. Mas a tragédia humana deve ser maior", afirmou.
De acordo com o executivo, funcionários ocupavam o refeitório e o prédio administrativo da empresa, localizado no interior do complexo da mina Córrego do Feijão, na zona rural de Brumadinho.
A empresa tem no local três barragens, todas com rejeito da produção de minério de ferro, formado principalmente de um material chamado sílica, que seria a terra que é separada do minério durante o processo de extração do produto na mina. Schvartsman afirmou que só tem notícia até o momento que uma barragem se rompeu. Uma segunda barragem teria transbordado.
O executivo afirmou que a empresa não sabe ainda o que levou ao rompimento, mas garantiu que a última vistoria no local, que atestou sua segurança, ocorreu no último dia 10. Um laudo produzido por uma empresa alemã, segundo ele, também teria atestado a estabilidade da barragem em setembro passado.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Seguro-desemprego é reajustado em 3,43%


Parcela máxima passa para R$ 1.735,29

O empregado demitido sem justa causa terá o seguro-desemprego corrigido em 3,43%, correspondente à inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no ano passado, informou ontem (18) o Ministério da Economia.
A parcela máxima passará de R$ 1.677,74 para R$ 1.735,29. A mínima, que acompanha o valor do salário mínimo, foi reajustada de R$ 954 para R$ 998. Os novos valores serão pagos para as parcelas emitidas a partir de 11 de janeiro e para os novos benefícios.
Atualmente, o trabalhador dispensado sem justa causa pode receber de três a cinco parcelas do seguro-desemprego conforme o tempo trabalhado e o número de pedidos do benefício. A parcela é calculada com base na média das três últimas remunerações do trabalhador antes da demissão. Caso o trabalhador tenha ficado menos que três meses no emprego, o cálculo segue a média do salário em dois meses ou em apenas um mês, dependendo do caso.
Quem ganhava mais que R$ 2.551,96 recebe o valor máximo de R$ 1.735,29. Quem ganha até R$ 1.531,02 tem direito a 80% do salário médio ou ao salário mínimo, prevalecendo o maior valor. Para remunerações de R$ 1.531,03 a R$ 2.551,96, o seguro-desemprego corresponde a R$ 1.224,82 mais 50% do que exceder R$ 1.531,02.
O beneficiário não pode exercer atividade remunerada, informal ou formal, enquanto recebe o seguro. O trabalhador é obrigado a devolver as parcelas recebidas indevidamente, caso saque o benefício e tenha alguma ocupação.
O trabalhador demitido pode pedir o seguro-desemprego pela internet, no portal Emprega Brasil. É necessário ter em mãos as guias entregues pelo ex-empregador ao homologar a demissão, o termo de rescisão, a carteira de trabalho, o extrato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a identificação do Programa de Integração Social (PIS) ou do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), Cadastro de Pessoa Física (CPF) e documento de identificação com foto.
Fonte: Agência Brasil

Praias do Paraná apresentam dois pontos impróprios para o banho; descubra quais

 
 Foto: Divulgação/AEN
 
O quinto boletim de balneabilidade desta temporada, divulgado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) nesta sexta-feira (18), mostra um novo ponto impróprio para banho no Litoral. Além da Ponta da Pita, em Antonina, que já vem apresentando concentração de esgoto clandestino, um outro ponto que não está recomendado para banho, de acordo com as análises desta semana, fica na Praia Brava de Caiobá, na altura da Rua Alvorada. As chuvas podem ter causado a alteração.
Os demais locais analisados estão próprios. Ao todo, são monitorados semanalmente 49 pontos na região – 13 em Guaratuba, 14 em Matinhos, 11 em Pontal do Paraná, seis na Ilha do Mel, três em Morretes e dois em Antonina. No Interior, os 17 pontos continuam recomendados para banho.
Segundo a diretora de Monitoramento Ambiental e Controle da Poluição do IAP, Ivonete Coelho da Silva Chaves, as chuvas que ocorreram nos últimos dias podem ser o motivo do ponto na Praia Brava, em Caiobá, estar impróprio. “As fossas sépticas podem transbordar com o volume de chuva e irem para as galerias de águas pluviais”, explica a diretora. “O solo fica muito encharcado e não absorve a água direito”, continua.

Sinalização

O veranista pode se orientar de acordo com as bandeiras na orla das praias, nos rios e nos reservatórios, que indicam se os locais estão próprios ou impróprios para banho. As bandeiras são alteradas pelos bombeiros toda sexta-feira, no período da manhã, se for necessário.
A sinalização aponta a condição da água a 100 metros à direita e à esquerda de cada bandeira. A cor vermelha indica que a água não é recomendada e a azul que a região está própria para banho. Os boletins são divulgados todas as sextas-feiras, durante a temporada de verão e podem ser acessados pela população nos sites do IAP e da Operação Verão.

Marina resiste ao fim do Rede

BR18,


A ex-senadora e criadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, resiste em pôr um fim à legenda e diz que o fato de ficar sem recursos do fundo partidário não é “determinante” para definir se o partido deve ou não se fundir a outra legenda, como o PPS. A decisão sobre o futuro do Rede criou um racha no partido e fez o grupo adiar para março o congresso nacional que discutirá o assunto. O encontro seria realizado neste fim de semana, em Brasília.
Em entrevista ao Valor, Marina afirma que, diante da atual conjuntura, é preciso levar em conta a importância que o partido terá no debate político, especialmente no campo da defesa do meio ambiente. “No momento em que a agenda ambiental está sendo estilhaçada, a Rede tem um papel histórico a cumprir”, disse.
(Foto: Google/Reprodução)

fabio campana 

O pente-fino da Previdência

fabio campana 

Os benefícios concedidos pelo INSS como pensão por morte, auxílio-reclusão e aposentadoria rural devem passar um pente-fino.
Com a medida, o governo federal fala de economia “na casa dos bilhões”.
Temer começou movimento parecido, mas com foco em auxílios-doença e aposentadorias por invalidez. Desde então foram cortados 80% dos auxílios e 30% das aposentadorias. A economia estimada foi de R$ 14,5 bilhões.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Cai número de mortes nas rodovias federais do Paraná



Divulgação/PRF
Divulgação/PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou uma queda de 20,1% das mortes no Paraná ao longo de 2018. O total de mortes caiu de 613, em 2017, para 490 no ano passado. O número é o mais baixo desde o início da série histórica, em 2010. O total de pessoas feridas passou de 9.461 para 8.108, uma redução de 13,5%. E o de acidentes atendidos pela PRF no estado caiu 26,6%, de 10,6 mil para 7,8 mil.

Pela primeira vez nos últimos nove anos, o patamar de mortes ficou abaixo de 500. Até então, o ano menos violento havia sido o de 2015, quando 583 mortes foram contabilizadas. O pico de vítimas mortas ocorreu em 2012 (855).

Perfil dos acidentes fatais - As principais causas dos acidentes que resultaram em vítimas mortas no ano passado foram falta de atenção do condutor (25,7% das mortes); falta de atenção do pedestre (17,8%); velocidade incompatível (15,5%); desobediência às normas de trânsito (15,5%); ingestão de álcool (4,9%); e ultrapassagem indevida (3,1%).

As colisões frontais responderam por 27,3% das mortes, seguidas pelos atropelamentos (24,5%). Juntos, esses dois tipos de acidente representaram, portanto, mais da metade dos óbitos registrados. Duas a cada três mortes ocorreram no período noturno, durante o amanhecer ou anoitecer. A maioria das mortes ocorreu em situação de pista seca (87,1%) e em trechos de reta (72,9%).

Os trechos de pista simples concentraram 56,7% das mortes. Condutores ou garupas de motocicletas foram 17,4% das vítimas; ciclistas, 6,8%. A cada cinco mortos, quatro eram homens. Crianças de zero a 11 anos de idade foram 2,5% das vítimas mortas. Adolescentes, 3%. Idosos com mais de 60 anos, 13,9%.

Ações de fiscalização - Em 2018, os policiais rodoviários federais flagraram 3.858 motoristas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas no Paraná. Outros 24,4 mil foram autuados por manobras irregulares de ultrapassagem. E 296,3 mil tiveram as placas de seus veículos capturadas por radares portáteis da PRF, por transitar acima dos limites máximos de velocidade.

A PRF também constatou 2.104 crianças sendo transportadas sem cadeirinha, assento de elevação ou bebê-conforto. As autuações por transportar crianças sem cadeirinha ultrapassaram as relativas ao uso de telefone celular nas rodovias federais (1.595 notificações). As equipes da PRF emitiram ainda 14,5 mil autos de infração por não utilização do cinto de segurança. A Polícia Rodoviária Federal fiscaliza cerca de 4 mil quilômetros de malha viária no Paraná.

Redação Bonde com Assessoria

Com decreto, pessoas acima de 25 anos podem ter até 4 armas


Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil


Citando o referendo de 2005 em que a população rejeitou a proibição do comércio de armas de fogo, Bolsonaro argumentou a necessidade do decreto.

"O povo decidiu por comprar armas e munições, e nós não podemos negar o que o povo quis naquele momento. Em toda minha andança pelo Brasil, ao longo dos últimos anos, a questão da arma sempre estava na ordem do dia. Não interessa se estava em Roraima, no Acre, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina ou Rio de Janeiro."

O decreto entra em vigor após sua publicação no Diário Oficial da União e refere-se exclusivamente à posse de armas. O porte de arma de fogo, ou seja, o direito de andar com a arma na rua ou no carro não foi incluído no texto.

Critérios

Os cidadãos deverão preencher uma série de requisitos, como passar por avaliação psicológica e não ter antecedentes criminais. O que muda com o novo decreto é que não há necessidade de uma justificativa para a posse da arma. Antes esse item era avaliado e ficava a cargo de um delegado da Polícia Federal, que poderia aceitar, ou não, o argumento.

"E o grande problema que tínhamos na lei é comprovação da efetiva necessidade, isso beirava a subjetividade, então, bem costurado, o senhor ministro [da Justiça] Sergio Moro, o senhor ministro, também Fernando, da Defesa, entre outros, chegamos à conclusão de que tínhamos, sim, como não driblar, mas fazer justiça com esse dispositivo previsto na lei, de modo que o cidadão pudesse, então, sem a discricionariedade, obter, observando alguns outros critérios, a posse da sua arma de fogo", disse Bolsonaro.

Além de militares e agentes públicos da área de segurança ativos e inativos, poderão adquirir armas de fogo os moradores de áreas rural e urbana com índices de mais de 10 homicídios por 100 mil habitantes, conforme dados do Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Donos e responsáveis por estabelecimentos comerciais ou industriais também poderão adquirir o armamento, assim como colecionadores de armas, atiradores e caçadores, devidamente registrados no Comando do Exército.

Limites

O limite de quatro armas poderá ser flexibilizado, caso o cidadão comprove a necessidade de adquirir mais, como, por exemplo, ser possuidor de mais de quatro propriedades rurais ou urbanas.

"Na legislação anterior se poderia comprar meia dúzia de armas, mas na prática não poderia comprar nenhuma, ou então era muito difícil atingir esse objetivo. Com a legislação atual, pode-se comprar até quatro, e ele, preenchendo esses requisitos, cidadão de bem, com toda certeza, poderá fazer uso dessas armas", afirmou o presidente.

De acordo com o decreto, caso na residência haja criança, adolescente ou pessoa com doença mental será necessário apresentar uma declaração de que existe um cofre ou outro local seguro com tranca para o armazenamento da arma.

Registros

O registro e a análise da documentação continuam sob responsabilidade da Polícia Federal, mas, segundo Bolsonaro, futuramente, de acordo com a demanda, poderá haver convênios com as polícias militares e civis para esse trabalho.

O prazo para a renovação do registro da arma de fogo passará de cinco anos para 10 anos. Os registros ativos, feitos antes da publicação do decreto, estão automaticamente renovados pelo mesmo período.
Agência Brasil

FHC vê impacto na imagem do Brasil com início de governo Bolsonaro




O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a percepção do mundo em relação ao Brasil foi afetada negativamente após a eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência. Em entrevista à Radio France Internationale (RFI), FHC disse também ser oposição ao novo governo, mas que torce para a atual gestão “não erre” pelo bem do Brasil. As informações são de Marcelo Osakabe no Estadão.
Segundo o tucano, que participou de um evento em Paris, “o governo começou complicado”, com ações recentes nos primeiros dias do governo Bolsonaro que são “difíceis de imaginar que o mundo aceite com aplausos”.

fabio campana 

Ratinho Junior veta projetos da Defensoria Pública




O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), vetou, nos primeiros dias de gestão, dois projetos da Defensoria Pública. Aprovadas em dezembro pela Assembleia Legislativa, as propostas autorizavam o órgão a promover ajustes no orçamento do Fundo de Aparelhamento próprio e a transformar cargos efetivos em postos de livre nomeação. Agora, os deputados estaduais precisam decidir se mantêm ou se derrubam a decisão do Executivo – o que ocorrerá a partir de fevereiro, com a retomada das atividades de plenário no Legislativo. As informações são de Cristina Seciuk na Gazeta do Povo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Picada de escorpião: saiba os cuidados e o que fazer em caso de acidente


(Foto: Divulgação/Agência Saúde)
Os animais peçonhentos, como os escorpiões, aranhas e lagartas, estão cada vez mais presentes no meio urbano, adaptados ao ambiente do homem devido ao crescimento acelerado dos grandes centros. Por isso, é preciso que toda a população, inclusive das grandes cidades, saiba quais medidas adotar para evitar acidentes e mortes por envenenamento.
O período do verão, de dezembro a março, exige maior cuidado em relação aos acidentes com escorpiões, pois o clima úmido e quente é ideal para o aparecimento destes animais, que se abrigam em esgotos e entulhos. Os escorpiões que habitam o meio urbano se alimentam principalmente de baratas, portanto são comuns também em locais próximos a áreas com acúmulo de lixo. A adoção de hábitos simples é fundamental para prevenir acidentes.
No ambiente urbano, para evitar a entrada dos escorpiões nas casas e apartamentos, a recomendação é de usar telas em ralos de chão, pias e tanques, além de vedar as frestas nas paredes e colocar soleiras nas portas. Outra medida é afastar as camas e berços das paredes, e ainda vistoriar as roupas e calçados antes de usá-los.
Nas áreas externas, as principais dicas são manter jardins e quintais livres de entulhos, folhas secas e lixo doméstico. Também é importante manter todo o lixo da residência em sacos plásticos bem fechados para evitar baratas, que servem de alimento e, portanto, atraem os escorpiões. Nas casas que possuem gramado, ele deve ser mantido aparado. Outra recomendação é não colocar a mão em buracos, embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos e usar luvas e botas de raspas de couro para realizar atividades que representem certo risco, como manusear entulhos e materiais de construção, e nas atividades de jardinagem.
Nas áreas rurais, além de todas essas medidas, é essencial preservar os inimigos naturais dos escorpiões, como lagartos, sapos e as aves de hábitos noturnos, como a coruja. Estes são os principais predadores dos escorpiões.
O Ministério da Saúde não recomenda a utilização de produtos químicos (pesticidas) para o controle de escorpiões. Estes produtos, além de não possuírem, até o momento, eficácia comprovada para o controle do animal em ambiente urbano, podem fazer com que eles deixem seus esconderijos, aumentando a chance de acidentes.
Saiba quais são as espécies de escorpiões mais comuns nas regiões brasileiras
POPULAÇÕES MAIS EXPOSTAS
Os grupos considerados mais vulneráveis são os trabalhadores da construção civil, crianças e pessoas que permanecem maiores períodos dentro de casa ou nos arredores e quintais. Ainda nas áreas urbanas, estão sujeitos os trabalhadores de madeireiras, transportadoras e distribuidoras de hortifrutigranjeiros, por manusearem objetos e alimentos onde os escorpiões podem estar alojados.
A grande maioria dos acidentes com escorpiões é leve e o quadro local tem início rápido e duração limitada. Os acidentados apresentam dor imediata, vermelhidão e inchaço leve por acúmulo de líquido, piloereção (pelos em pé) e sudorese (suor) localizadas, cujo tratamento é sintomático.
As crianças abaixo de sete anos apresentam maior risco de apresentar sintomas longe do local da picada, como vômito e diarreia, principalmente nas picadas por escorpião-amarelo, que podem levar a casos graves e requerem a aplicação do soro em tempo adequado.
O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE?
A recomendação é ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo. Se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie, permitindo assim uma avaliação mais eficaz sobre a gravidade do acidente.
Acesse a lista de hospitais referência para utilização do soro antiescorpiônico
É importante lembrar que não é em todo caso de acidente que o soro será indicado, e apenas o profissional de saúde poderá fazer essa avaliação. O antiveneno é indicado em casos moderados ou graves. Limpar o local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde.
ONDE ENCONTRAR O SORO
Os casos leves, que não necessitam da aplicação do antiveneno, representam cerca de 87% do total de acidentes. Desta forma, o soro antiescorpiônico é disponibilizado apenas nos hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS). As ampolas são enviadas pela pasta aos estados, que são responsáveis pela distribuição aos municípios e pela definição estratégica das unidades de referência para o atendimento destes casos. Essa logística deve ser feita de acordo com a situação epidemiológica de cada região e os estados possuem também autonomia para remanejar o soro de uma cidade para outra quando necessário. Os soros também não são disponibilizados na rede particular de saúde.
CASOS E AÇÕES DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
No Brasil, a espécie de escorpião que causa mais acidentes, Tityus serrulatus, tem se expandido para um número maior de cidades, onde até então não era encontrada. Esta espécie possui facilidade para se reproduzir e colonizar novos ambientes.
Os acidentes escorpiônicos ocorrem em todo o Brasil. Desde 2009, o Ministério da Saúde realiza capacitações de identificação, manejo e controle de escorpiões nos estados brasileiros, em cooperação com as secretarias estaduais de saúde. O objetivo é que cada estado multiplique as informações recebidas a todas as suas regionais de saúde e municípios.
O Ministério da Saúde registrou, em 2018, 141,4 mil casos de acidentes com escorpiões em todo o país. Em 2017, foram 125 mil registros de acidentes. Esses dados ainda são preliminares e serão revisados, portanto estão sujeitos a alteração. Em 2016, foram 91,7 mil casos. Em relação às mortes, em 2016 foram registrados 115 óbitos em todo o país e, em 2017, 88.

NOVA LEI: MOTORISTAS QUE UTILIZAREM UM CARRO PARA COMETER CONTRABANDO PERDERÃO A CNH POR 5 ANOS


Projeto de lei havia sido aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro e foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro; medida já está em vigor

A partir de agora, motoristas que utilizarem um carro para cometer crimes de contrabando, receptação ou descaminho terão a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cassada por 5 anos. O Projeto de Lei 1.530 que previa essa alteração no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foi aprovado pelo Congresso Nacional em 13 de dezembro de 2018 e sancionado pelo presidente da República Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (10). As novas regras já estão em vigor.

O texto prevê que o documento só poderá ser cassado caso o motorista seja condenado "em decisão judicial transitada em julgado". Ele também poderá ser "proibido de obter a habilitação para dirigir veículo automotor" por 5 anos. Depois desse prazo, uma nova CNH poderá ser solicitada, cumprindo os exames previstos atualmente.

Em casos mais graves, quando o motorista é preso em flagrante por algum dos três crimes, o juiz responsável pelo caso poderá solicitar "a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção".

REVISTA AUTO ESPORTE/GLOBO.COM

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Anvisa libera registro de genérico para combater infecções

 
Foto: EBC

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o registro do genérico levofloxacino hemi-hidratado na forma solução injetável para infusão. O remédio é indicado para tratar infecções bacterianas, como infecções no trato respiratório, infecções de pele, infecções do trato urinário e infecção nos ossos.
“Com o registro do medicamento genérico, a Anvisa garante que o produto possui qualidade, eficácia e segurança comprovadas, sendo equivalente terapêutico ao medicamento de referência”, informou, por meio de nota, a agência reguladora.
Outro benefício da concessão do registro, de acordo com o comunicado, é a redução do custo do tratamento, já que medicamentos genéricos devem entrar no mercado com valor pelo menos 35% menor que o do medicamento de referência.

Governo vai fazer pente fino em 2 milhões de benefícios do INSS

 
Foto: Agência Brasil

O governo federal vai fazer uma auditoria em 2 milhões de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que têm indícios de irregularidade. O anúncio foi feito pelo secretário Especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, após reunião, no Palácio do Planalto, para tratar da medida provisória de combate a fraudes no INSS, que deve ser editada pelo presidente Jair Bolsonaro até segunda-feira (14).
Marinho se reuniu com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) para avaliar o texto da medida provisória. “Há mais de 2 milhões de benefícios que precisam ser auditados, porque têm algum indício de ilicitude. Por isso há necessidade de fazer uma espécie de mutirão para zerar esse estoque”, disse Marinho.
Segundo o secretário, o mutirão poderá gerar “uma economia significativa”, aos cofres públicos. “Há relatórios de ações anteriores, inclusive convalidados pelo TCU [Tribunal de Contas da União], que demonstram uma incidência de 16% a 30% de fraude nesse tipo de benefício”.

Assinatura da MP

O secretário disse que, até segunda-feira, o presidente deve assinar a MP. “Eu acredito que até segunda-feira o presidente vai assinar. Assinando, passa a ser do conhecimento público e a gente vai poder explicar em detalhes o que a gente pretende nesse projeto, que combate a fraude, aperfeiçoa os mecanismos de validação de benefício em todo o país e atende uma preocupação da sociedade como um todo”.
O texto da MP foi submetido à avaliação do presidente. “O presidente já teve conhecimento do teor da MP, mas enquanto ele não assinar, vamos aguardar um pouco”, disse Marinho, acrescentando que as regras da medida provisória devem provocar uma economia na casa de “bilhões de reais”, sem especificar os valores.

Segurança jurídica

Conforme o secretário, a MP também vai trazer “segurança jurídica” para o INSS. “Estamos prevendo algumas alterações na legislação que vão dar uma segurança jurídica ao próprio trabalho do INSS. Ao longo dos últimos anos, várias ações feitas pelo INSS para aperfeiçoar o sistema esbarraram na falta de fundamentação legal. Essas dificuldades que foram identificadas estão sendo corrigidas”.
Após assinada, a MP terá validade imediata, mas precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional para se transformar definitivamente em lei. O Congresso tem um prazo de 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 60, para votar o texto, aprovando-o ou decidindo pela sua rejeição.
Paralelamente, a equipe econômica faz simulações para definir a proposta de emenda à Constituição (PEC) para a reforma da Previdência, para ser encaminhada para o Congresso Nacional. As simulações envolvem idade mínima para aposentadoria e prazo de transição para os trabalhadores que já contribuem para o atual modelo previdenciário.