Medida provisória de combate a fraudes no INSS deve ser editada pelo presidente Jair Bolsonaro
Agência Brasil
O governo federal vai fazer uma auditoria em 2 milhões de benefícios
pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que têm indícios
de irregularidade. O anúncio foi feito pelo secretário Especial da
Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, após reunião, no Palácio do
Planalto, para tratar da medida provisória de combate a fraudes no INSS,
que deve ser editada pelo presidente Jair Bolsonaro até segunda-feira
(14).
Marinho se reuniu com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e
Paulo Guedes (Economia) para avaliar o texto da medida provisória. “Há
mais de 2 milhões de benefícios que precisam ser auditados, porque têm
algum indício de ilicitude. Por isso há necessidade de fazer uma espécie
de mutirão para zerar esse estoque”, disse Marinho.
Segundo o secretário, o mutirão poderá gerar “uma economia
significativa”, aos cofres públicos. “Há relatórios de ações anteriores,
inclusive convalidados pelo TCU [Tribunal de Contas da União], que
demonstram uma incidência de 16% a 30% de fraude nesse tipo de
benefício”.
Assinatura da MP
O secretário disse que, até segunda-feira, o presidente deve assinar a
MP. “Eu acredito que até segunda-feira o presidente vai assinar.
Assinando, passa a ser do conhecimento público e a gente vai poder
explicar em detalhes o que a gente pretende nesse projeto, que combate a
fraude, aperfeiçoa os mecanismos de validação de benefício em todo o
país e atende uma preocupação da sociedade como um todo”.
O texto da MP foi submetido à avaliação do presidente. “O presidente
já teve conhecimento do teor da MP, mas enquanto ele não assinar, vamos
aguardar um pouco”, disse Marinho, acrescentando que as regras da medida
provisória devem provocar uma economia na casa de “bilhões de reais”,
sem especificar os valores.
Segurança jurídica
Conforme o secretário, a MP também vai trazer “segurança jurídica”
para o INSS. “Estamos prevendo algumas alterações na legislação que vão
dar uma segurança jurídica ao próprio trabalho do INSS. Ao longo dos
últimos anos, várias ações feitas pelo INSS para aperfeiçoar o sistema
esbarraram na falta de fundamentação legal. Essas dificuldades que foram
identificadas estão sendo corrigidas”.
Após assinada, a MP terá validade imediata, mas precisará ser
aprovada pelo Congresso Nacional para se transformar definitivamente em
lei. O Congresso tem um prazo de 60 dias, podendo ser prorrogado por
mais 60, para votar o texto, aprovando-o ou decidindo pela sua rejeição.
Paralelamente, a equipe econômica faz simulações para definir a
proposta de emenda à Constituição (PEC) para a reforma da Previdência,
para ser encaminhada para o Congresso Nacional. As simulações envolvem
idade mínima para aposentadoria e prazo de transição para os
trabalhadores que já contribuem para o atual modelo previdenciário.
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Publicado primeiro em Portal Banda B » Governo vai fazer pente fino em 2 milhões de benefícios do INSS.
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