Os animais peçonhentos,
como os escorpiões, aranhas e lagartas, estão cada vez mais presentes no
meio urbano, adaptados ao ambiente do homem devido ao crescimento
acelerado dos grandes centros. Por isso, é preciso que toda a população,
inclusive das grandes cidades, saiba quais medidas adotar para evitar
acidentes e mortes por envenenamento.
O período do verão, de dezembro a março, exige maior cuidado em
relação aos acidentes com escorpiões, pois o clima úmido e quente é
ideal para o aparecimento destes animais, que se abrigam em esgotos e
entulhos. Os escorpiões que habitam o meio urbano se alimentam
principalmente de baratas, portanto são comuns também em locais próximos
a áreas com acúmulo de lixo. A adoção de hábitos simples é fundamental
para prevenir acidentes.
No ambiente urbano, para evitar a entrada dos escorpiões nas casas e
apartamentos, a recomendação é de usar telas em ralos de chão, pias e
tanques, além de vedar as frestas nas paredes e colocar soleiras nas
portas. Outra medida é afastar as camas e berços das paredes, e ainda
vistoriar as roupas e calçados antes de usá-los.
Nas áreas externas, as principais dicas são manter jardins e quintais
livres de entulhos, folhas secas e lixo doméstico. Também é importante
manter todo o lixo da residência em sacos plásticos bem fechados para
evitar baratas, que servem de alimento e, portanto, atraem os
escorpiões. Nas casas que possuem gramado, ele deve ser mantido aparado.
Outra recomendação é não colocar a mão em buracos, embaixo de pedras ou
em troncos apodrecidos e usar luvas e botas de raspas de couro para
realizar atividades que representem certo risco, como manusear entulhos e
materiais de construção, e nas atividades de jardinagem.
Nas áreas rurais, além de todas essas medidas, é essencial preservar
os inimigos naturais dos escorpiões, como lagartos, sapos e as aves de
hábitos noturnos, como a coruja. Estes são os principais predadores dos
escorpiões.
O Ministério da Saúde não recomenda a utilização de produtos químicos
(pesticidas) para o controle de escorpiões. Estes produtos, além de não
possuírem, até o momento, eficácia comprovada para o controle do animal
em ambiente urbano, podem fazer com que eles deixem seus esconderijos,
aumentando a chance de acidentes.
Saiba quais são as espécies de escorpiões mais comuns nas regiões brasileiras
POPULAÇÕES MAIS EXPOSTAS
Os grupos considerados mais vulneráveis são os trabalhadores da construção civil, crianças e pessoas que permanecem maiores períodos dentro de casa ou nos arredores e quintais. Ainda nas áreas urbanas, estão sujeitos os trabalhadores de madeireiras, transportadoras e distribuidoras de hortifrutigranjeiros, por manusearem objetos e alimentos onde os escorpiões podem estar alojados.
Os grupos considerados mais vulneráveis são os trabalhadores da construção civil, crianças e pessoas que permanecem maiores períodos dentro de casa ou nos arredores e quintais. Ainda nas áreas urbanas, estão sujeitos os trabalhadores de madeireiras, transportadoras e distribuidoras de hortifrutigranjeiros, por manusearem objetos e alimentos onde os escorpiões podem estar alojados.
A grande maioria dos acidentes com escorpiões é leve e o quadro local
tem início rápido e duração limitada. Os acidentados apresentam dor
imediata, vermelhidão e inchaço leve por acúmulo de líquido, piloereção
(pelos em pé) e sudorese (suor) localizadas, cujo tratamento é
sintomático.
As crianças abaixo de sete anos apresentam maior risco de apresentar
sintomas longe do local da picada, como vômito e diarreia,
principalmente nas picadas por escorpião-amarelo, que podem levar a
casos graves e requerem a aplicação do soro em tempo adequado.
O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE?
A recomendação é ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo. Se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie, permitindo assim uma avaliação mais eficaz sobre a gravidade do acidente.
A recomendação é ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo. Se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie, permitindo assim uma avaliação mais eficaz sobre a gravidade do acidente.
Acesse a lista de hospitais referência para utilização do soro antiescorpiônico
É importante lembrar que não é em todo caso de acidente que o soro
será indicado, e apenas o profissional de saúde poderá fazer essa
avaliação. O antiveneno é indicado em casos moderados ou graves. Limpar o
local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar, desde
que não atrase a ida ao serviço de saúde.
ONDE ENCONTRAR O SORO
Os casos leves, que não necessitam da aplicação do antiveneno, representam cerca de 87% do total de acidentes. Desta forma, o soro antiescorpiônico é disponibilizado apenas nos hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS). As ampolas são enviadas pela pasta aos estados, que são responsáveis pela distribuição aos municípios e pela definição estratégica das unidades de referência para o atendimento destes casos. Essa logística deve ser feita de acordo com a situação epidemiológica de cada região e os estados possuem também autonomia para remanejar o soro de uma cidade para outra quando necessário. Os soros também não são disponibilizados na rede particular de saúde.
Os casos leves, que não necessitam da aplicação do antiveneno, representam cerca de 87% do total de acidentes. Desta forma, o soro antiescorpiônico é disponibilizado apenas nos hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS). As ampolas são enviadas pela pasta aos estados, que são responsáveis pela distribuição aos municípios e pela definição estratégica das unidades de referência para o atendimento destes casos. Essa logística deve ser feita de acordo com a situação epidemiológica de cada região e os estados possuem também autonomia para remanejar o soro de uma cidade para outra quando necessário. Os soros também não são disponibilizados na rede particular de saúde.
CASOS E AÇÕES DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
No Brasil, a espécie de escorpião que causa mais acidentes, Tityus serrulatus, tem se expandido para um número maior de cidades, onde até então não era encontrada. Esta espécie possui facilidade para se reproduzir e colonizar novos ambientes.
No Brasil, a espécie de escorpião que causa mais acidentes, Tityus serrulatus, tem se expandido para um número maior de cidades, onde até então não era encontrada. Esta espécie possui facilidade para se reproduzir e colonizar novos ambientes.
Os acidentes escorpiônicos ocorrem em todo o Brasil. Desde 2009, o
Ministério da Saúde realiza capacitações de identificação, manejo e
controle de escorpiões nos estados brasileiros, em cooperação com as
secretarias estaduais de saúde. O objetivo é que cada estado multiplique
as informações recebidas a todas as suas regionais de saúde e
municípios.
O Ministério da Saúde registrou, em 2018, 141,4 mil casos de
acidentes com escorpiões em todo o país. Em 2017, foram 125 mil
registros de acidentes. Esses dados ainda são preliminares e serão
revisados, portanto estão sujeitos a alteração. Em 2016, foram 91,7 mil
casos. Em relação às mortes, em 2016 foram registrados 115 óbitos em
todo o país e, em 2017, 88.
Nenhum comentário:
Postar um comentário