BRUMADINHO, MG 
(FOLHAPRESS) - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse 
que são mínimas as chances de resgatar pessoas com vida da tragédia em 
Brumadinho (MG). Nesta sexta (25), o rompimento de uma barragem da 
mineradora Vale matou ao menos sete pessoas. Há mais de 150 
desaparecidos.
"Vamos resgatar somente corpos", afirmou o governador em entrevista 
na faculdade Asas de Brumadinho, espécie de ponto de apoio das 
autoridades para definir ações relacionadas à tragédia.
Zema disse ter recebido propostas de outros estados e do governo 
federal para a operação. "Agradecemos muito, mas a nossa força-tarefa no
 momento é suficiente. Vamos precisar de ajuda provavelmente a partir de
 segunda-feira (28)."
Segundo o governador, além do resgate dos corpos, a preocupação é 
acompanhar o estado da barragem. "O vazamento até agora parece estável, 
caso não chova. Mas se chover pode se mover mais um pouco."
Zema diferenciou o caso de Brumadinho do de Mariana. Em 2015, o 
rompimento da barragem de Fundão matou 19 pessoas e espalhou rejeitos de
 minério por 650 km. O reservatório pertence à mineradora Samarco, de 
propriedade da Vale e da BHP Billiton.
"O vazamento tem uma característica diferente daquele que aconteceu 
em Mariana, que foram centenas de quilômetros. Este teve um maior número
 de vítimas, mas vai ficar territorialmente mais limitado", afirmou o 
governador.
Em rede social, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que lamenta o
 ocorrido. "Determinei o deslocamento dos ministros do Desenvolvimento 
Regional e Minas e Energia, bem como nosso Secretario Nacional de Defesa
 Civil para a Região", afirmou. "Nossa maior preocupação neste momento é
 atender eventuais vítimas desta grave tragédia."
Os recibos de ações da Vale negociados na Bolsa de Nova York caíram 
perto de 8% nesta tarde, reflexo do rompimento da barragem em 
Brumadinho. No Brasil, a Bolsa está fechada pelo feriado de aniversário 
de São Paulo.
O Instituto Inhotim, que fica em Brumadinho, foi esvaziado por medida
 de segurança e permanecerá fechado no fim de semana. O museu é um dos 
maiores centros de arte ao ar livre da América Latina.
O rompimento aconteceu na região do córrego do Feijão, na altura do 
km 50 da rodovia MG-040. A barragem, que estava 
inativa, armazenava 12,7 milhão de m³ de rejeito de mineração.
 
 
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