quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Curitiba confirma 196 casos de dengue e 22 de zika em 2016 e descarta chikungunya


Câmara de Curitiba / banda b

O secretário municipal da Saúde, César Monte Serrat Titton, confirmou nesta quarta-feira (24) um novo caso importado de chikungunya registrado em Curitiba. Apesar de os resultados dos exames só terem sido liberados agora, a paciente começou a apresentar os sintomas no final do ano passado, o que aumenta para quatro o número de casos de chikungunya importados confirmados, mas todos em 2015 em Curitiba.
Este ano ainda não foi confirmado nenhum caso de chikungunya, mas já são 22 casos importados de zika vírus e 196 casos importados de dengue na cidade – entre eles, um óbito. As informações foram divulgadas durante a prestação de contas da Secretaria Municipal da Saúde aos vereadores, realizada na Câmara Municipal de Curitiba.
Mais cedo, em matéria na Câmara de Curitiba, em audiência com o secretário Titton, chegou a ser divulgado que o caso de chikungunya seria o primeiro confirmado deste ano. A paciente com febre chikungunya, uma mulher residente na região norte de Curitiba, começou a apresentar os sintomas em 19 de novembro, depois de uma viagem para a cidade de Lagoa do Meio, na Bahia. Já de volta a Curitiba, apresentou sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores nas articulações. Os exames para a confirmação do diagnóstico são feitos pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Ações estratégicas
Durante a apresentação aos vereadores, Titton destacou a intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, já desde o mês de outubro, antes mesmo da confirmação da relação entre os casos de zika vírus e a microcefalia pelo Ministério da Saúde. Em 2015, foram realizadas 213 ações educativas, além de cerca de 64 mil pessoas abordadas. No ano anterior, foram 100 ações educativas e apenas 37 mil pessoas abordadas.
O secretário ressaltou que este ano ocorreu uma nova ampliação da estratégia de combate ao Aedes, com o lançamento da Operação Tira Focos, junto com a Secretaria Municipal de Comunicação Social e em parceria com alguns veículos de comunicação, além do plano 366 Dias Contra o Aedes, desenvolvido pelos diversos equipamentos da Secretaria da Saúde. “Durante o Carnaval, foi realizada uma grande operação na rodoferroviária de Curitiba, abordando os turistas que chegavam à cidade. Além disso, todas as unidades de saúde de Curitiba se mobilizaram para promover vistorias, ações educativas e de capacitação entre a comunidade ao longo de todo este ano”, salientou.
Titton enfatizou que o combate ao Aedes aegypti em Curitiba não ficou restrito à Secretaria da Saúde, mas o trabalho foi incorporado e dividido entre todos os órgãos da Prefeitura de Curitiba, a partir das reuniões de Ação Integrada, e que agora vem sendo monitoradas diariamente pela sala de comando da Prefeitura. Além disso, houve o apoio das Forças Armadas para realizar a vistoria em locais de difícil acesso. Ao todo, 5,4 mil estabelecimentos foram vistoriados no período de uma semana. “O maior desafio no combate ao mosquito é justamente conscientizar as pessoas da necessidade de fazer a vistoria nos imóveis semanalmente e incorporar este hábito durante o ano todo, não apenas agora”, comentou.
O secretário municipal da Saúde, César Titton, destacou que nenhum caso é autóctone – ou seja, as doenças foram contraídas fora de Curitiba (a maior parte na cidade de Paranaguá). “Tivemos dois casos confirmados de zika em 2015, também importados. Neste ano já são 22, mas felizmente nenhum em gestante”, afirmou. O próximo boletim será divulgado nesta quinta (25).
“Existe a necessidade de aumentar a atenção nos próximos meses. Combater o mosquito nos protege dessas doenças [dengue, zika e chikungunya] e de outras que ele transmite e que poderão chegar ao país. A secretaria vem reforçando o aspecto educativo”, declarou o secretário. Quanto ao primeiro óbito por dengue em Curitiba, no último dia 9, Titton disse que o paciente foi atendido na rede privada de saúde.
O balanço apresentado indica a realização de 129.561 inspeções domiciliares no terceiro quadrimestre de 2015, contra 40.241 no mesmo período do ano anterior. “Em 2016, intensificamos ainda mais as ações”, afirmou. De 13 a 19 de fevereiro, por exemplo, a prefeitura diz que a participação das Forças Armadas na operação de varredura teve visitas a 5.411 imóveis, que resultaram em 343 focos sob análise.
Curitiba tem 866 espaços de maior vigilância, como as áreas junto às rodovias que cortam a cidade. “Esses pontos estratégicos são visitados semanalmente [pelas equipes da administração municipal]”, acrescentou. Titton reforçou as precauções essenciais no combate ao mosquito Aedes aegypti, reunidos em um “check list” elaborado pela prefeitura. São cuidados como com as caixas d'água, vasos de plantas, ralos, pneus e potes de animais de estimação. “Eles têm que virar uma rotina para todos nós.”

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