quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Câmara pode criar CPI para investigar a chamada máfia dos radares


Empresas contratadas receberiam para aprovar radares fora dos critérios do Conatran
A Câmara pode analisar neste ano o funcionamento dos radares eletrônicos. O requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a chamada máfia dos radares já foi entregue à Mesa Diretora.

O autor do requerimento para a criação da CPI, deputado Gilberto Nascimento, do PSC de São Paulo, lembrou que ao longo dos anos os radares e lombadas eletrônicas deixaram de ser educativos para se tornarem fonte de renda para os municípios.
"Hoje você tem rodovias nesse país que é 80, depois 70, depois 50 e volta para 90. Você anda super tenso sem saber a que velocidade vai estar naquele ponto, mas normalmente na frente vai ter um radar esperando você. Radar virou uma grande indústria de multas neste país. Existem várias reclamações. Radares por exemplo nós tivemos um radar em São Paulo em que os ônibus tinham que passar a 50 Km/h, passavam a 40 e estavam sendo multados. Portanto, totalmente desregulado."
Segundo resolução do Conatran para a instalação de radares eletrônicos, é preciso primeiro realizar um estudo técnico determinando a quantidade de veículos e pedestres que utilizam a via, o índice de acidentes e a velocidade permitida no local.

No suposto esquema de fraude, que vai ser investigado pela CPI, as empresas contratadas recebem um percentual para aprovação do radar sem atendimento aos critérios técnicos determinados pelo Conatran. Outra irregularidade que deve ser verificada é a realização pelas prefeituras de licitações que beneficiam determinadas empresas.
Reportagem — Karla Alessandra
 
radio camara 

Nenhum comentário:

Postar um comentário