Escolhido por Michel Temer para assumir o Ministério da Justiça, segundo antecipou a colunista do Estado Eliane Cantanhêde, o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR)
é a favor da quebra do sigilo de delações premiadas no âmbito da
Operação Lava Jato. Em entrevista ao Broadcast Político, serviço de
notícias em tempo real do Grupo Estado, no início do mês, ele afirmou
que a abertura do sigilo facilita as investigações.
“Tem que abrir o sigilo. Quando você abre as janelas da colaboração,
facilita a investigação”, afirmou Serraglio, que preside a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, posto ao qual chegou no início
de 2016 por indicação do então presidente da Casa, o hoje deputado
cassado e preso pela Lava Jato Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Serraglio deu a declaração ao Broadcast Político ao comentar a
escolha do ministro Edson Fachin como substituto do ex-ministro Teori
Zavascki na relatoria dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal (STF). Teori morreu no último dia 19 de janeiro em acidente
aéreo em Paraty, litoral do Rio de Janeiro.
Na ocasião, Serraglio disse não ver nenhum risco para a Lava Jato
após a morte de Teori e elogiou a escolha de Fachin para a relatoria.
“Ninguém segura a Lava Jato”, disse o deputado, que foi relator da CPI
dos Correios na Câmara, que investigou a compra de apoio de
parlamentares ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT).
Serraglio tem 68 anos e está no quinto mandato de deputado federal
consecutivo. Ele é formado em Direito em Curitiba (PR) e tem mestrado na
área pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). No
curso, feito entre 1984 e 1986, foi aluno do presidente Michel Temer
(PMDB) e colega de Fachin.
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