A
Prefeitura de Londrina foi notificada nesta quarta-feira (29) da
decisão liminar concedida pela 4ª Câmara Cível do TJ (tribunal de
Justiça) do Paraná, que determinou o fechamento das atividades
comerciais. Com a decisão, apenas serviços considerados essenciais pelo
decreto federal 10329 poderão abrir a partir desta quinta-feira (29). Ou
seja, apenas supermercados, farmácias, atividades de manutenção e
assistência técnica automotivas, e algumas indústrias permitidas pela
União. Em Londrina, o comércio havia retomado a atividades no dia 20 de
abril após decreto do prefeito Marcelo Belinati (PP) estipular regra regras para a reabertura.
Lei
foi sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta
terça-feira (28). O objetivo é reduzir os riscos de contágio do novo
coronavírus. Quem descumprir a norma será multado e os recursos
arrecadados serão usados no combate à Covid-19
Por: Redação
Fonte: Da Agência Estadual
O
governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta terça-feira (28)
a lei 20.189/20 que torna obrigatório o uso de máscara em ambientes
coletivos em todo o Paraná. O objetivo é reduzir os riscos de contágio
do novo Coronavírus. Até segunda-feira, o Estado registrava 1.186 casos
confirmados e 75 óbitos por Covid-19. Quem descumprir a legislação
estará sujeito à multa.
O texto, proposto por deputados
estaduais, determina que a população use máscaras de tecido em espaços
abertos ao público ou de uso coletivo, como ruas, parques e praças,
estabelecimentos comerciais, industriais e bancários, repartições
públicas, assim como no transporte público de passageiros (ônibus,
trens, aviões, taxis e aplicativos de transporte) e onde houver
aglomeração de pessoas.
De acordo com o governador, o isolamento
social é a melhor forma de prevenção, mas quem precisar sair de casa, a
partir de agora, deverá usar máscara para ajudar a evitar a
contaminação. “Nosso grande desafio é reduzir a proliferação do vírus”,
explica.
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Ratinho
Junior reforça que o Paraná está respeitando as orientações da
Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades sanitárias do País e
do Estado para conter a proliferação da Covid-19. “O uso de máscara é
uma atitude importante e reconhecida como ação preventiva”, acrescenta.
PARCERIA -
O chefe da Casa Civil, Guto Silva, destaca a parceria entre os poderes
no enfrentamento ao coronavírus. Na semana passada, o governador já
havia transformado em lei uma proposta assinada por todos os deputados
estaduais, proibindo o corte do fornecimento de luz, água e gás enquanto
durar a pandemia de coronavírus no Estado.
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“Estamos
vivendo um momento único, diferente de tudo o que já passamos, e o
governo e os deputados estão unidos no enfrentamento da pandemia do novo
coronavírus”, afirma Guto Silva, reforçando a importância da nova
legislação para a prevenção de toda a sociedade.
O QUE DIZ A
LEI - A lei sancionada nesta terça-feira determina que os
estabelecimentos em funcionamento devam fornecer gratuitamente as
máscaras para seus funcionários, além de locais para higienização das
mãos ou pontos de álcool gel a 70%. O álcool gel deve estar disponível
também para os clientes e o público em geral.
Caberá aos
estabelecimentos exigir que as pessoas utilizem máscara durante o
horário de funcionamento, independentemente de estarem ou não em contato
direto com o público.
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A
multa para quem descumprir a lei varia de uma até cinco Unidades Padrão
Fiscal do Paraná (UPF/PR), para pessoas físicas, e de 20 a 100 Unidades
Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), para pessoas jurídicas. A unidade
fiscal equivale hoje a R$ 106,60.
Em caso de reincidência os
valores poderão ser dobrados. Os recursos das multas serão destinados às
ações de combate à Covid-19. O governo estadual deverá editar decreto
nos próximos dias regulamentando a forma de fiscalização.
A
ex-governadora Cida Borghetti testou positivo para o novo coronavírus. A
informação foi confirmada pela assessoria nesta quarta-feira (29). Cida
está sem sintomas e cumprirá o isolamento recomendado em Curitiba. Ela é
esposa do deputado federal Ricardo Barros (PP), que testou positivo
para a doença na sexta-feira (24). Ele chegou a ser internado e se
recupera em casa.
Segundo a assessoria, a filha do
casal, a deputada estadual Maria Victoria e seu marido, o advogado Diego
Campos, testaram negativo para o Covid-19.
Antes
de chegar em Maringá, na quinta-feira (23), quando se sentiu mal,
Barros cumpriu compromissos em Curitiba, Rio de Janeiro e Campinas.
Os
integrantes da equipe do Governo do Paraná que estiveram em Maringá com
Barros, foram testados e apresentaram resultado negativo para infecção
pelo novo coronavírus.
Fizeram o teste o governador Carlos Massa
Ratinho Junior; o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o secretário da
Saúde, Beto Preto; o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior, Aldo Bona; e o superintendente de Esportes, Hélio Wirbiski,
além de servidores do Estado que trabalharam para a realização do
evento.
Fotos do evento mostram que o governador e a equipe
usavam máscaras de proteção. Apenas ao usar o microfone a máscara foi
retirada.
O presidente do Tribunal
Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Tito Campos de
Paula, afirmou ontem que o calendário eleitoral deste ano está mantido e
que o órgão fará tudo para que as eleições municipais não mudem de
data. “Eu acredito que unindo forças e contando com a ajuda de todos,
nós conseguiremos realizar as eleições de 2020 no prazo previsto”,
disse.
Sobre a possibilidade de adiamento das eleições de outubro, o
desembargador afirmou, no entanto, que o prazo para decidir o que será
feito, neste ano, é o mês junho e que esta é uma decisão que depende das
autoridades sanitárias. Para ele, prorrogar os atuais mandatos não é
saída aconselhável. “Um dos pontos fundamentais, para mim, é a soberania
das urnas, portanto, a vontade popular deve ser respeitada”, defendeu.
Com relação ao prazo limite para realização de alterações no cadastro
eleitoral, que é o dia 6 de maio, ele explica que, em razão do
agravamento do quadro pandêmico, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
suspendeu os efeitos do cancelamento do título dos eleitores que não
realizaram a biometria obrigatória em 2019 e que todos os atendimentos
estão sendo feito on-line, dispensada a coleta biométrica. “Biometria
exige contato, o que, neste momento, busca-se evitar”, lembrou o
desembargador.
O desembargador ainda recomendou que os eleitores paranaenses façam o
download do aplicativo E-Título, versão digital do título de eleitor,
disponível nas lojas Google Play e Apple Store, que possibilita a
obtenção de informações sobre a situação cadastral, bem como da zona,
local e seção eleitoral, além de disponibilizar as certidões de Quitação
Eleitoral e de Crimes Eleitorais.
O Procon-LD
(Núcleo Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor) realizou mais uma
pesquisa de preços de combustíveis na cidade no último dia 23. Ao todo,
foram consultados 95 estabelecimentos comerciais, nos quais foram
solicitados os preço praticados no etanol (álcool) e na gasolina comum.
Marcos Zanutto/Arquivo/Folha
O preço médio da gasolina comum verificado pela pesquisa foi de R$ 3,71,
que corresponde a uma queda de R$ 0,53 (-14,18%) em relação à pesquisa
do dia 23 de março de 2020, tendo como preço mínimo o valor R$ 3,42 e
preço máximo R$ 4,25.
Em relação ao etanol, o valor médio foi de R$ 2,63, que reflete
em uma redução de R$ 0,50 (-18,93%) quando comparado com a pesquisa
realizada no mês de março de 2020, o maior valor constatado foi de R$
2,99 e o menor valor foi de R$ 2,42.
Do total dos estabelecimentos comerciais, 11 postos recusaram
fornecer informações e 17 não possuem contato ativo ou não responderam. O
diretor-executivo do Procon-LD,
Gustavo Richa, apontou que novamente houve uma queda nos preços dos
combustíveis. "Percebemos que novamente os preços baixaram. Estamos
atentos, acompanhando e continuaremos divulgando os valores dos produtos
na cidade”, ressaltou.
A pesquisa completa poderá ser consultada no site do órgão. Denúncias podem ser feitas nos canais: telefone 151, pelo e-mail procon@londrina.pr.gov.br, por meio do celular do próprio diretor-executivo Gustavo Richa, no (43) 99914-3277, na página do Procon na rede social Facebook ou na página de Richa.
O governador Ratinho
Júnior (PSD) sancionou hoje, projeto aprovado ontem pela Assembleia
Legislativa que torna obrigatório a utilização de máscaras uso de
máscaras enquanto perdurar o estado de calamidade pública em decorrência
da pandemia do coronavírus. O texto aprovado pelos deputados prevê que o
uso das máscaras será obrigatório em qualquer ambiente coletivo, mesmo
que a ceú aberto, como vias públicas, transporte coletivo, parques,
comércio, repartições públicas, instituições bancárias e
estabelecimentos similares. Em caso de descumprimento da norma, o
cidadão estaria sujeito a uma multa de R$ 106,60, que pode ser dobrada
em caso de reincidência.
O objetivo, segundo o governo, é reduzir os riscos de contágio do
novo Coronavírus. Até segunda-feira, o Estado registrava 1.186 casos
confirmados e 75 óbitos por Covid-19. O texto, proposto por deputados
estaduais, determina que a população use máscaras de tecido em espaços
abertos ao público ou de uso coletivo, como ruas, parques e praças,
estabelecimentos comerciais, industriais e bancários, repartições
públicas, assim como no transporte público de passageiros (ônibus,
trens, aviões, taxis e aplicativos de transporte) e onde houver
aglomeração de pessoas.
De acordo com o governador, o isolamento social é a melhor forma de
prevenção, mas quem precisar sair de casa, a partir de agora, deverá
usar máscara para ajudar a evitar a contaminação. “Nosso grande desafio é
reduzir a proliferação do vírus”, explica. Ratinho Junior reforça que o
Paraná está respeitando as orientações da Organização Mundial de Saúde
(OMS) e das autoridades sanitárias do País e do Estado para conter a
proliferação da Covid-19. “O uso de máscara é uma atitude importante e
reconhecida como ação preventiva”, acrescenta.
O que diz a lei - A lei sancionada hoje determina
que os estabelecimentos em funcionamento devam fornecer gratuitamente as
máscaras para seus funcionários, além de locais para higienização das
mãos ou pontos de álcool gel a 70%. O álcool gel deve estar disponível
também para os clientes e o público em geral.
Caberá aos estabelecimentos exigir que as pessoas utilizem máscara
durante o horário de funcionamento, independentemente de estarem ou não
em contato direto com o público.
A multa para quem descumprir a lei varia de uma até cinco Unidades
Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), para pessoas físicas, e de 20 a 100
Unidades Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), para pessoas jurídicas. A
unidade fiscal equivale hoje a R$ 106,60. Em caso de reincidência os
valores poderão ser dobrados. Os recursos das multas serão destinados às
ações de combate à Covid-19. O governo estadual deverá editar decreto
nos próximos dias regulamentando a forma de fiscalização.
O boletim epidemiológico
divulgado nesta terça-feira (28) pela Secretaria da Saúde do Paraná
alerta para a confirmação de três casos de zika, sendo um caso
registrado em uma gestante, na região Norte do estado, no município de
Cambé. O caso é autóctone, foi registrado em uma mulher de 30 anos,
diagnosticada no primeiro trimestre de gravidez e que teve resultado de
exame sorológico cruzado para dengue e zika. A gestante está bem e segue
com acompanhamento pré-natal na rede pública de saúde.
O zika durante a gravidez é preocupante, pois o vírus pode ser
transmitido para o feto, podendo levar lesões cerebrais e neurológicas
irreversíveis. A possibilidade desta transmissão só pode ser verificada
entre a 18ª e a 20ª semana de gravidez, com a realização de exame de
imagens.
Os outros dois casos de zika confirmados nesta publicação são um de
Assaí, também autóctone, e um de Curitiba, considerado importado.
As medidas de prevenção e controle da zika são as mesmas da dengue e
chikungunya e todas são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. “A
primeira medida de combate e a mais eficaz é a remoção dos criadouros do
mosquito, eliminando os recipientes que possam acumular água”, afirmou o
secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto. “Estas doenças matam ou
podem deixar sequelas, por isso temos o dever como cidadão de participar
deste combate”, complementou.
Boletim Dengue – O boletim semanal da Sesa confirma 142.098 casos de
dengue no Estado, com 13.693 casos a mais que a publicação anterior, que
trazia 128.405 confirmações. Este monitoramento da dengue começou a ser
feito em julho de 2019 e segue até julho de 2020.
338 municípios têm casos confirmados e até o momento o Estado
registra 111 óbitos por dengue. Os casos notificados passam de 278 mil e
abrangem 370 cidades.
Estão em epidemia 216 municípios; 13 confirmaram situação a partir
deste boletim: Catanduvas, Lindoeste, Janiópolis, Jandaia do Sul,
Marilândia do Sul, Novo Itacolomi, Assaí, Santo Antônio do Paraíso,
Ribeirão Claro, Salto do Itararé, Arapuã, Ariranha do Ivaí e
Lidianópolis.
Em situação de alerta estão 26 municípios; cinco entraram nesta semana: Ampére, Planalto, Guaraniaçu. Califórnia e Congoinhas.
Neste período, o estado tem 7 casos confirmados de chikungunya, um
caso foi registrado no informe desta semana, na cidade de Andirá. Todos
são casos importados e foram adquiridos em outros estados.
Ações – Além da recomendação para a remoção mecânica dos criadouros, a
Sesa também vai distribuir aos municípios, no decorrer da semana, 15
mil litros do inseticida Cielo enviado pelo Ministério da Saúde.
A distribuição do volume acontecerá por meio das Regionais de Saúde,
de acordo com análise epidemiológica e do índice de infestação do
mosquito nos municípios.
Em novo formato a partir desta segunda-feira (27), a Prefeitura de Londrina divulgou o boletim da situação do coronavírus
na cidade nas últimas 24 horas. De acordo com o relatório, são dois
casos a mais em relação ao informe de domingo (26). O município registra
agora 99 casos da doença. Deste total, 10 estão em isolamento
domiciliar, cinco internados em enfermaria, três em UTI, 68 curados e 13
mortes.
iStock
Em relação ao número de casos confirmados, 48% correspondem
ao gênero masculino e 52%, feminino. São duas pessoas na faixa etária
de 0 a 9 anos; três de 10 a 19 anos; 30 de 20 a 39 anos; 41 de 40 a 59
anos; e 23 de 60 anos ou mais. As áreas com maior incidência do vírus são Gleba Palhano e Centro.
Após a 24ª Promotoria de Justiça de Londrina do MPPR (Ministério Público do Paraná) ter recorrido da decisão
proferida pelo juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara de Fazenda Pública,
sobre a reabertura do comércio em Londrina na última sexta-feira (24), a
desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, da 4ª Vara Cível do
Tribunal de Justiça do Paraná, concedeu a tutela provisória para
suspender parcialmente os efeitos dos decretos municipais 458/2020 e
459/2020 e para suspender integralmente os efeitos do decreto 484/2020.
Para a desembargadora, somente as atividades essenciais deverão
funcionar.
Fabio Alcover/Arquivo/Folha
O comércio reabriu em 20 de abril e funcionou das 10h às
16h até esta segunda-feira (27). Várias medidas de prevenção foram
adotadas para que as lojas pudessem ser reabertas na cidade: uso
obrigatório de máscara, desinfecção de superfícies, álcool em gel
disponível em todos os estabelecimentos e distanciamento social.
Conforme
a decisão, os Decretos Municipais nº 458/2020, n° 459/2020, e o recém
editado n°484/2020, se encontram sem valor. Para a desembargadora, foram
emitidos sem fundamentação técnico-científica e editados "sem que o
município tenha equipado adequadamente sistema de saúde para o
enfrentamento da COVID-19, sem que o município tenha ciência exata dos
leitos de UTI existentes na rede privada e pública municipal,
disponíveis e não disponíveis, sem que o município tenha ampliado sua
capacidade de testagem da COVID-19 de modo suficiente e relevante".
Ainda
conforme a decisão, "a suposta aprovação pelo Coesp (cfe. arremedo de
ata anexa – reunião durou mais de 4h) não dá legalidade ao ato, vez que
não adentrou-se, propositalmente nos insumos, EPIs e estruturas do
sistema de saúde adequadamente e com profundidade".
A promotora Susana Lacerda agravou a decisão no Tribunal de Justiça, em Curitiba,
na última sexta, afirmando haver falta de recursos humanos,
treinamento, testagem, organização, planejamento, além de ocupação
hospitalar acima de 50% da capacidade, levando-se em consideração, além
da Covid-19, outras enfermidades.
Em nota oficial, a Prefeitura de Londrina
informou que o município não foi intimado da decisão do TJ, que acatou
liminar do Ministério Público, para o fechamento do comércio, prestação
de serviços e outras atividades produtivas.
"De acordo com o despacho da desembargadora da 4° Câmara Cível,
o Município não pode determinar a abertura das atividades citadas
acima, em razão dessa - segundo a desembargadora - ser uma atribuição
exclusiva do Presidente da República. Tão logo seja intimado, o
Município tomará as medidas cabíveis", pontuou.
Também por meio de nota, Fernando Moraes, presidente da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina),
informou que "é com preocupação que a ACIL recebe a informação de
acatamento de recurso interposto pela 24ª Promotoria de Justiça de
Defesa dos Direitos Humanos, Saúde Pública e Saúde do Trabalhador, e de
Habitação e Urbanismo, por parte do Tribunal de Justiça do Paraná que
ordenou a suspensão dos Decretos Municipais autorizadores da abertura do
comércio, serviços, indústria e construção civil em Londrina."
Segundo ele, a associação entende que é contraditório o
argumento utilizado pela desembargadora responsável pela decisão, pois
ressalta que a Prefeitura não teria competência para deliberar sobre a
abertura do setor produtivo, por consequência das medidas de contenção
ao novo coronavírus.
"Seguindo esta linha de raciocínio, acreditamos que, se a Prefeitura
não pode ordenar que as empresas voltem à atividade, também não poderia
ter determinado seu fechamento. A decisão nos causa inquietação, uma vez
que o próprio STF já deliberou sobre o tema no dia 15 de abril, em
sessão por videoconferência, com votação unânime a favor da competência
da União, Estados e Municípios para adotarem medidas para o
enfrentamento da Covid-19."
Moraes encerra a nota com a defesa do funcionamento das
atividades produtivas. "Também levamos em conta que os Decretos
Municipais que determinaram o fechamento encontram-se expirados, o que
pode levar à conclusão de que a invalidação destes Decretos Municipais
não autoriza o automático e consequente novo fechamento. Nosso
posicionamento, portanto, é em defesa do funcionamento das atividades
produtivas, para viabilizar a manutenção dos empregos, da função social
das empresas, da valorização do trabalho e da livre iniciativa."
As mortes por covid-19
registradas nas últimas 24 horas incluem óbitos que ocorreram há quase
um mês e só recentemente foram diagnosticados como decorrentes do novo
coronavírus e registrados nas estatísticas oficiais do Ministério da
Saúde.
A informação sobre a diferença entre a data da morte e a de contagem
do óbito foi apresentada em um boletim epidemiológico divulgado pelo
Ministério nesta segunda-feira, 27.
O relatório traz um gráfico dos óbitos diários, até o último sábado,
25, e sinaliza que alguns deles só foram reportados como provocados pelo
novo coronavírus nas últimas 24 horas. Um deles era de 29 de março,
quase um mês atrás. Os demais recém-certificados diziam respeito a vidas
perdidas ao longo de 22 dias.
A equipe do ministério comentou o dado, em entrevista coletiva nesta
segunda, para reforçar o fato de que o número de mortes atualizado
diariamente não corresponde ao de pessoas falecidas entre um dia e
outro. Significa apenas que o motivo da morte foi confirmado nesse
intervalo.
"São óbitos que ocorreram em momentos distintos. São óbitos que
ocorreram em dias anteriores e foram plotados agora. Não quer dizer que
os 388 (total de mortes reportadas nesta segunda-feira) ocorreram de ontem para hoje", explicou o secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira.
Conforme os dados mais atuais do ministério, há 1.136 mortes sob
investigação. Trata-se de pessoas que faleceram, em datas variadas, com
sintomas semelhantes aos da covid-19 e para as quais não houve ainda a
conclusão de exames. Entre elas, pode haver ou não casos de mortes
causadas pelo novo coronavírus.
Nos últimos dias, cenas
diversas registradas em Curitiba chegam a dar a sensação de que a cidade
está retornando à normalidade. Enquanto boa parte do mundo está em
confinamento, na capital paranaense, em pleno domingo, teve uma loja de
móveis lotada no bairro Novo Mundo por conta de uma promoção, bares
cheios pela cidade e o gramado do Museu Oscar Niemeyer (MON) tomado por
jovens que sequer usavam máscara de proteção em meio à pandemia do novo
coronavírus.
Os episódios não chegam a surpreender, se considerado que o respeito
ao isolamento social vem caindo na cidade e no estado. Entre o final de
março e o começo de fevereiro, mesmo em dias de semana mais da metade
dos curitibanos e dos paranaenses vinham respeitando o confinamento.
Entre os dias 23 e 29 de março (segunda a domingo), por exemplo, o
índice de isolamento social na cidade variou entre 52% e 65,6%. Na
última semana, na quinta-feira, já estava em 40,97%. No sábado, última
data com dados disponíveis, ficou em 45,67% na Capital e 46,6% no
Estado.
Ao mesmo tempo em que os índices de isolamento social caem,
entretanto, a taxa de ocupação de leitos em Unidades de Terapia
Intensiva (UTIs) está aumentando. Segundo informações da Secretaria
Estadual de Saúde (Sesa) o Paraná possui 2.002 leitos UTI adulto, sendo
1.218 do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os leitos da rede pública, a
taxa de ocupação já está em 83% no estado.
Considerando-se apenas os leitos para Covid-19, são 564 em todo o
estado, dos quais 184 estão ocupados (30% de taxa de ocupação). Dos
internados, 86 pacientes já tiveram confirmação por meio de exame de que
foram contaminados pelo novo coronavírus. Pode até parecer pouco, mas
no começo do mês havia apenas 21 pacientes com Covid internados na UTI, o
que aponta para um crescimento de 309,5% entre os dias 1º e 27 de abril
– os dados da Sesa repassados à reportagem foram atualizados em 27 de
abril, às 13 horas.
Sobre o isolamento Conforme o presidente do
Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), Roberto Issamu Yosida, um dos
grandes “problemas” do isolamento social é que, quanto mais ele
funciona, mais parece que era desnecessário. Dessa forma, quando as
medidas estão funcionando, as pessoas não veem as estatísticas
aumentarem como seria esperado e se sentem seguras para “retornar à
normalidade”. Contudo, um passo em falso num momento como esse pode
custar caro, muito caro. “Com isolamento social, teremos mais tempo
para atender as pessoas. Os nossos hospitais, que estão sempre cheios,
se encherem ainda mais por Covid, vai ter aumento da mortalidade por
outras doenças. A pessoa vai infartar, bater o carro, ter um derrame, e
não vai ter onde ser atendido”, reforça o infectologista Jaime Rocha.
‘Irresponsabilidade em saúde pública pode ser homicídio’, diz Greca
Também na live de ontem na página da Prefeitura de Curitiba, o
prefeito Rafael Greca se pronunciou sobre os episódios do último final
de semana e ressaltou que a Guarda Municipal está autorizada a agir para
evitar aglomerações de pessoas. Em sua fala, o prefeito disse e
repetiu, mais de uma vez, que o novo coronavírus mata. Sobre os casos
recentes de desrespeito ao isolamento social, comentou que “isso é
irresponsabilidade. E irresponsabilidade em saúde pública pode ser
homicídio”.
“Renovo meu veemente apelo para que não relaxem no isolamento social
com responsabilidade. Não vamos sair caçando pessoas a laço nem vamos
revogar o direito de ir e vir. Nós recomendamos e suplicamos que se
esforcem com corresponsabilidade, usando máscara, em fazer o bem para
todos os seus semelhantes e a si próprios. Não estamos vivendo período
de férias ao Sol nem de lazer prolongado. Estamos vivendo uma prolongada
estiagem e um tempo de pandemia. Estamos com grave dificuldade. Se a
pandemia em Curitiba tem um índice abaixo da curva, é porque detrás
disso existe um grande esforço coletivo, uma inteligente postura da
maioria da população, felizmente, que até aqui impediram, que o vírus
tivesse circulação ativa”, disse o prefeito.
Desde o início do mês, foram 12.230 pessoas orientadas pela GM em
Curitiba. Além disso, fiscais do Urbanismo têm desenvolvido um trabalho
voltado para estabelecimentos comerciais, no intuito de inibir excessos.
Curitiba registra 17ª morte por Covid-19; casos chegam a 535
A Secretaria Municipal da Saúde confirmou ontem mais uma morte de
morador de Curitiba com infecção pelo novo coronavírus. A vítima é um
homem de 81 anos, doente renal. Este foi o 17º óbito desde o início da
pandemia em Curitiba, em 11 de março. O boletim também registrou 26
novos casos de covid-19 em moradores da capital. Com a atualização,
Curitiba chega a 535 casos confirmados.
Já o informe divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde registrava
30 novos casos da Covid-19 no Paraná, mais 71 pessoas recuperadas e dois
óbitos decorrentes da doença. O Estado soma agora 1.186 pessoas que
tiveram confirmação da doença, das quais 753 estão recuperadas e
liberadas do isolamento e 75 faleceram.
Atualmente 71 pacientes com covid-19 estão internados em hospitais da
cidade, 40 em UTIs, sendo 17 precisando do auxílio de ventilação
mecânica (respirador). O boletim do Ministério da Saúde registrou
66.501 casos de coronavírus e 4.543 mortes da doença no Brasil até as 14
horas de ontem, segundo informações repassadas pelas Secretarias
Estaduais de Saúde de todo o país. Em 24 horas (em relação ao boletim de
domingo), foram 4.613 casos novos e 338 novos óbitos. Existem ainda
1.136 óbitos que estão em investigação.