quinta-feira, 30 de abril de 2020

Comércio volta a fechar nesta quinta em Londrina; somente atividades essenciais funcionam



A Prefeitura de Londrina foi notificada nesta quarta-feira (29) da decisão liminar concedida pela 4ª Câmara Cível do TJ (tribunal de Justiça) do Paraná, que determinou o fechamento das atividades comerciais. Com a decisão, apenas serviços considerados essenciais pelo decreto federal 10329 poderão abrir a partir desta quinta-feira (29). Ou seja, apenas supermercados, farmácias, atividades de manutenção e assistência técnica automotivas, e algumas indústrias permitidas pela União. Em Londrina, o comércio havia retomado a atividades no dia 20 de abril após decreto do prefeito Marcelo Belinati (PP) estipular regra regras para a reabertura.
Fabio Alcover/Arquivo/Folha
Fabio Alcover/Arquivo/Folha




ACESSE O DECRETO FEDERAL AQUI.

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O procurador-geral do Município, João Luis Esteves, disse que a Prefeitura foi notificada e irá acatar a decisão, mas irá recorrer no STF
Luís Fernando Wiltemburg e Guilherme Marconi - Grupo Folha

Uso de máscara em locais públicos é obrigatório em todo o Paraná


Lei foi sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta terça-feira (28). O objetivo é reduzir os riscos de contágio do novo coronavírus. Quem descumprir a norma será multado e os recursos arrecadados serão usados no combate à Covid-19


Por: Redação
Fonte: Da Agência Estadual
AEN
AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta terça-feira (28) a lei 20.189/20 que torna obrigatório o uso de máscara em ambientes coletivos em todo o Paraná. O objetivo é reduzir os riscos de contágio do novo Coronavírus. Até segunda-feira, o Estado registrava 1.186 casos confirmados e 75 óbitos por Covid-19. Quem descumprir a legislação estará sujeito à multa.
O texto, proposto por deputados estaduais, determina que a população use máscaras de tecido em espaços abertos ao público ou de uso coletivo, como ruas, parques e praças, estabelecimentos comerciais, industriais e bancários, repartições públicas, assim como no transporte público de passageiros (ônibus, trens, aviões, taxis e aplicativos de transporte) e onde houver aglomeração de pessoas.
De acordo com o governador, o isolamento social é a melhor forma de prevenção, mas quem precisar sair de casa, a partir de agora, deverá usar máscara para ajudar a evitar a contaminação. “Nosso grande desafio é reduzir a proliferação do vírus”, explica.
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Ratinho Junior reforça que o Paraná está respeitando as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades sanitárias do País e do Estado para conter a proliferação da Covid-19. “O uso de máscara é uma atitude importante e reconhecida como ação preventiva”, acrescenta.
PARCERIA - O chefe da Casa Civil, Guto Silva, destaca a parceria entre os poderes no enfrentamento ao coronavírus. Na semana passada, o governador já havia transformado em lei uma proposta assinada por todos os deputados estaduais, proibindo o corte do fornecimento de luz, água e gás enquanto durar a pandemia de coronavírus no Estado.
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“Estamos vivendo um momento único, diferente de tudo o que já passamos, e o governo e os deputados estão unidos no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus”, afirma Guto Silva, reforçando a importância da nova legislação para a prevenção de toda a sociedade.
O QUE DIZ A LEI - A lei sancionada nesta terça-feira determina que os estabelecimentos em funcionamento devam fornecer gratuitamente as máscaras para seus funcionários, além de locais para higienização das mãos ou pontos de álcool gel a 70%. O álcool gel deve estar disponível também para os clientes e o público em geral.
Caberá aos estabelecimentos exigir que as pessoas utilizem máscara durante o horário de funcionamento, independentemente de estarem ou não em contato direto com o público.
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A multa para quem descumprir a lei varia de uma até cinco Unidades Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), para pessoas físicas, e de 20 a 100 Unidades Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), para pessoas jurídicas. A unidade fiscal equivale hoje a R$ 106,60.
Em caso de reincidência os valores poderão ser dobrados. Os recursos das multas serão destinados às ações de combate à Covid-19. O governo estadual deverá editar decreto nos próximos dias regulamentando a forma de fiscalização.

Após marido testar positivo, ex-governadora Cida Borghetti confirma que está com Covid-19


Ela se recupera em casa, em Curitiba


Por: Redação
Fonte: Banda B
Governadora Cida Borghetti – Foto Jonas Oliveira - AEN
Governadora Cida Borghetti – Foto Jonas Oliveira - AEN
A ex-governadora Cida Borghetti testou positivo para o novo coronavírus. A informação foi confirmada pela assessoria nesta quarta-feira (29). Cida está sem sintomas e cumprirá o isolamento recomendado em Curitiba. Ela é esposa do deputado federal Ricardo Barros (PP), que testou positivo para a doença na sexta-feira (24). Ele chegou a ser internado e se recupera em casa.
Segundo a assessoria, a filha do casal, a deputada estadual Maria Victoria e seu marido, o advogado Diego Campos, testaram negativo para o Covid-19.
Antes de chegar em Maringá, na quinta-feira (23), quando se sentiu mal, Barros cumpriu compromissos em Curitiba, Rio de Janeiro e Campinas.
Os integrantes da equipe do Governo do Paraná que estiveram em Maringá com Barros, foram testados e apresentaram resultado negativo para infecção pelo novo coronavírus.
Fizeram o teste o governador Carlos Massa Ratinho Junior; o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o secretário da Saúde, Beto Preto; o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona; e o superintendente de Esportes, Hélio Wirbiski, além de servidores do Estado que trabalharam para a realização do evento.
Fotos do evento mostram que o governador e a equipe usavam máscaras de proteção. Apenas ao usar o microfone a máscara foi retirada.

terça-feira, 28 de abril de 2020

Presidente do TRE diz que calendário eleitoral está mantido


Tito de Paula: "acredito que unindo forças e contando com a ajuda de todos, nós conseguiremos realizar as eleições de 2020 no prazo previsto"
Tito de Paula: "acredito que unindo forças e contando com a ajuda de todos, nós conseguiremos realizar as eleições de 2020 no prazo previsto" (Foto: TRE/divulgação)
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Tito Campos de Paula, afirmou ontem que o calendário eleitoral deste ano está mantido e que o órgão fará tudo para que as eleições municipais não mudem de data. “Eu acredito que unindo forças e contando com a ajuda de todos, nós conseguiremos realizar as eleições de 2020 no prazo previsto”, disse.
Sobre a possibilidade de adiamento das eleições de outubro, o desembargador afirmou, no entanto, que o prazo para decidir o que será feito, neste ano, é o mês junho e que esta é uma decisão que depende das autoridades sanitárias. Para ele, prorrogar os atuais mandatos não é saída aconselhável. “Um dos pontos fundamentais, para mim, é a soberania das urnas, portanto, a vontade popular deve ser respeitada”, defendeu.
Com relação ao prazo limite para realização de alterações no cadastro eleitoral, que é o dia 6 de maio, ele explica que, em razão do agravamento do quadro pandêmico, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu os efeitos do cancelamento do título dos eleitores que não realizaram a biometria obrigatória em 2019 e que todos os atendimentos estão sendo feito on-line, dispensada a coleta biométrica. “Biometria exige contato, o que, neste momento, busca-se evitar”, lembrou o desembargador.
O desembargador ainda recomendou que os eleitores paranaenses façam o download do aplicativo E-Título, versão digital do título de eleitor, disponível nas lojas Google Play e Apple Store, que possibilita a obtenção de informações sobre a situação cadastral, bem como da zona, local e seção eleitoral, além de disponibilizar as certidões de Quitação Eleitoral e de Crimes Eleitorais.

Preço médio da gasolina cai R$ 0,53 em Londrina, diz Procon

O Procon-LD (Núcleo Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor) realizou mais uma pesquisa de preços de combustíveis na cidade no último dia 23. Ao todo, foram consultados 95 estabelecimentos comerciais, nos quais foram solicitados os preço praticados no etanol (álcool) e na gasolina comum. 

Marcos Zanutto/Arquivo/Folha
Marcos Zanutto/Arquivo/Folha

O preço médio da gasolina comum verificado pela pesquisa foi de R$ 3,71, que corresponde a uma queda de R$ 0,53 (-14,18%) em relação à pesquisa do dia 23 de março de 2020, tendo como preço mínimo o valor R$ 3,42 e preço máximo R$ 4,25.

Em relação ao etanol, o valor médio foi de R$ 2,63, que reflete em uma redução de R$ 0,50 (-18,93%) quando comparado com a pesquisa realizada no mês de março de 2020, o maior valor constatado foi de R$ 2,99 e o menor valor foi de R$ 2,42.

Do total dos estabelecimentos comerciais, 11 postos recusaram fornecer informações e 17 não possuem contato ativo ou não responderam. O diretor-executivo do Procon-LD, Gustavo Richa, apontou que novamente houve uma queda nos preços dos combustíveis. "Percebemos que novamente os preços baixaram. Estamos atentos, acompanhando e continuaremos divulgando os valores dos produtos na cidade”, ressaltou.

A pesquisa completa poderá ser consultada no site do órgão. Denúncias podem ser feitas nos canais: telefone 151, pelo e-mail procon@londrina.pr.gov.br, por meio do celular do próprio diretor-executivo Gustavo Richa, no (43) 99914-3277, na página do Procon na rede social Facebook ou na página de Richa.
N.Com

Ratinho Jr sanciona lei que obriga uso de máscaras em locais públicos no Paran


Projeto estabelece multa de R$ 106 em caso de descumprimento da lei
Projeto estabelece multa de R$ 106 em caso de descumprimento da lei (Foto: Ricardo Marajó/SMCS)
O governador Ratinho Júnior (PSD) sancionou hoje, projeto aprovado ontem pela Assembleia Legislativa que torna obrigatório a utilização de máscaras uso de máscaras enquanto perdurar o estado de calamidade pública em decorrência da pandemia do coronavírus. O texto aprovado pelos deputados prevê que o uso das máscaras será obrigatório em qualquer ambiente coletivo, mesmo que a ceú aberto, como vias públicas, transporte coletivo, parques, comércio, repartições públicas, instituições bancárias e estabelecimentos similares. Em caso de descumprimento da norma, o cidadão estaria sujeito a uma multa de R$ 106,60, que pode ser dobrada em caso de reincidência.
O objetivo, segundo o governo, é reduzir os riscos de contágio do novo Coronavírus. Até segunda-feira, o Estado registrava 1.186 casos confirmados e 75 óbitos por Covid-19. O texto, proposto por deputados estaduais, determina que a população use máscaras de tecido em espaços abertos ao público ou de uso coletivo, como ruas, parques e praças, estabelecimentos comerciais, industriais e bancários, repartições públicas, assim como no transporte público de passageiros (ônibus, trens, aviões, taxis e aplicativos de transporte) e onde houver aglomeração de pessoas.
De acordo com o governador, o isolamento social é a melhor forma de prevenção, mas quem precisar sair de casa, a partir de agora, deverá usar máscara para ajudar a evitar a contaminação. “Nosso grande desafio é reduzir a proliferação do vírus”, explica. Ratinho Junior reforça que o Paraná está respeitando as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades sanitárias do País e do Estado para conter a proliferação da Covid-19. “O uso de máscara é uma atitude importante e reconhecida como ação preventiva”, acrescenta.
O que diz a lei - A lei sancionada hoje determina que os estabelecimentos em funcionamento devam fornecer gratuitamente as máscaras para seus funcionários, além de locais para higienização das mãos ou pontos de álcool gel a 70%. O álcool gel deve estar disponível também para os clientes e o público em geral.
Caberá aos estabelecimentos exigir que as pessoas utilizem máscara durante o horário de funcionamento, independentemente de estarem ou não em contato direto com o público.
A multa para quem descumprir a lei varia de uma até cinco Unidades Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), para pessoas físicas, e de 20 a 100 Unidades Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), para pessoas jurídicas. A unidade fiscal equivale hoje a R$ 106,60. Em caso de reincidência os valores poderão ser dobrados. Os recursos das multas serão destinados às ações de combate à Covid-19. O governo estadual deverá editar decreto nos próximos dias regulamentando a forma de fiscalização.

Saúde confirma casos autóctones de zika em Cambé e Assaí e um importado em Curitiba


(Foto: Sesa-PR)

O boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (28) pela Secretaria da Saúde do Paraná alerta para a confirmação de três casos de zika, sendo um caso registrado em uma gestante, na região Norte do estado, no município de Cambé. O caso é autóctone, foi registrado em uma mulher de 30 anos, diagnosticada no primeiro trimestre de gravidez e que teve resultado de exame sorológico cruzado para dengue e zika. A gestante está bem e segue com acompanhamento pré-natal na rede pública de saúde.
O zika durante a gravidez é preocupante, pois o vírus pode ser transmitido para o feto, podendo levar lesões cerebrais e neurológicas irreversíveis. A possibilidade desta transmissão só pode ser verificada entre a 18ª e a 20ª semana de gravidez, com a realização de exame de imagens.
Os outros dois casos de zika confirmados nesta publicação são um de Assaí, também autóctone, e um de Curitiba, considerado importado.
As medidas de prevenção e controle da zika são as mesmas da dengue e chikungunya e todas são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. “A primeira medida de combate e a mais eficaz é a remoção dos criadouros do mosquito, eliminando os recipientes que possam acumular água”, afirmou o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto. “Estas doenças matam ou podem deixar sequelas, por isso temos o dever como cidadão de participar deste combate”, complementou.
Boletim Dengue – O boletim semanal da Sesa confirma 142.098 casos de dengue no Estado, com 13.693 casos a mais que a publicação anterior, que trazia 128.405 confirmações. Este monitoramento da dengue começou a ser feito em julho de 2019 e segue até julho de 2020.
338 municípios têm casos confirmados e até o momento o Estado registra 111 óbitos por dengue. Os casos notificados passam de 278 mil e abrangem 370 cidades.
Estão em epidemia 216 municípios; 13 confirmaram situação a partir deste boletim: Catanduvas, Lindoeste, Janiópolis, Jandaia do Sul, Marilândia do Sul, Novo Itacolomi, Assaí, Santo Antônio do Paraíso, Ribeirão Claro, Salto do Itararé, Arapuã, Ariranha do Ivaí e Lidianópolis.
Em situação de alerta estão 26 municípios; cinco entraram nesta semana: Ampére, Planalto, Guaraniaçu. Califórnia e Congoinhas.
Neste período, o estado tem 7 casos confirmados de chikungunya, um caso foi registrado no informe desta semana, na cidade de Andirá. Todos são casos importados e foram adquiridos em outros estados.
Ações – Além da recomendação para a remoção mecânica dos criadouros, a Sesa também vai distribuir aos municípios, no decorrer da semana, 15 mil litros do inseticida Cielo enviado pelo Ministério da Saúde.
A distribuição do volume acontecerá por meio das Regionais de Saúde, de acordo com análise epidemiológica e do índice de infestação do mosquito nos municípios.

Londrina está com 99 casos confirmados de Covid-19, aponta boletim

Em novo formato a partir desta segunda-feira (27), a Prefeitura de Londrina divulgou o boletim da situação do coronavírus na cidade nas últimas 24 horas. De acordo com o relatório, são dois casos a mais em relação ao informe de domingo (26). O município registra agora 99 casos da doença. Deste total, 10 estão em isolamento domiciliar, cinco internados em enfermaria, três em UTI, 68 curados e 13 mortes.
iStock
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Em relação ao número de casos confirmados, 48% correspondem ao gênero masculino e 52%, feminino. São duas pessoas na faixa etária de 0 a 9 anos; três de 10 a 19 anos; 30 de 20 a 39 anos; 41 de 40 a 59 anos; e 23 de 60 anos ou mais. As áreas com maior incidência do vírus são Gleba Palhano e Centro.
Redação Bonde

Decisão do TJPR suspende reabertura do comércio de Londrina

Após a 24ª Promotoria de Justiça de Londrina do MPPR (Ministério Público do Paraná) ter recorrido da decisão proferida pelo juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara de Fazenda Pública, sobre a reabertura do comércio em Londrina na última sexta-feira (24), a desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, da 4ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, concedeu a tutela provisória para suspender parcialmente os efeitos dos decretos municipais 458/2020 e 459/2020 e para suspender integralmente os efeitos do decreto 484/2020. Para a desembargadora, somente as atividades essenciais deverão funcionar. 
 
Fabio Alcover/Arquivo/Folha
Fabio Alcover/Arquivo/Folha

 
O comércio reabriu em 20 de abril e funcionou das 10h às 16h até esta segunda-feira (27). Várias medidas de prevenção foram adotadas para que as lojas pudessem ser reabertas na cidade: uso obrigatório de máscara, desinfecção de superfícies, álcool em gel disponível em todos os estabelecimentos e distanciamento social.

Conforme a decisão, os Decretos Municipais nº 458/2020, n° 459/2020, e o recém editado n°484/2020, se encontram sem valor. Para a desembargadora, foram emitidos sem fundamentação técnico-científica e editados "sem que o município tenha equipado adequadamente sistema de saúde para o enfrentamento da COVID-19, sem que o município tenha ciência exata dos leitos de UTI existentes na rede privada e pública municipal, disponíveis e não disponíveis, sem que o município tenha ampliado sua capacidade de testagem da COVID-19 de modo suficiente e relevante".

Ainda conforme a decisão, "a suposta aprovação pelo Coesp (cfe. arremedo de ata anexa – reunião durou mais de 4h) não dá legalidade ao ato, vez que não adentrou-se, propositalmente nos insumos, EPIs e estruturas do sistema de saúde adequadamente e com profundidade".

A promotora Susana Lacerda agravou a decisão no Tribunal de Justiça, em Curitiba, na última sexta, afirmando haver falta de recursos humanos, treinamento, testagem, organização, planejamento, além de ocupação hospitalar acima de 50% da capacidade, levando-se em consideração, além da Covid-19, outras enfermidades.

Em nota oficial, a Prefeitura de Londrina informou que o município não foi intimado da decisão do TJ, que acatou liminar do Ministério Público, para o fechamento do comércio, prestação de serviços e outras atividades produtivas.

"De acordo com o despacho da desembargadora da 4° Câmara Cível, o Município não pode determinar a abertura das atividades citadas acima, em razão dessa - segundo a desembargadora - ser uma atribuição exclusiva do Presidente da República. Tão logo seja intimado, o Município tomará as medidas cabíveis", pontuou.

Também por meio de nota, Fernando Moraes, presidente da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), informou que "é com preocupação que a ACIL recebe a informação de acatamento de recurso interposto pela 24ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, Saúde Pública e Saúde do Trabalhador, e de Habitação e Urbanismo, por parte do Tribunal de Justiça do Paraná que ordenou a suspensão dos Decretos Municipais autorizadores da abertura do comércio, serviços, indústria e construção civil em Londrina."

Segundo ele, a associação entende que é contraditório o argumento utilizado pela desembargadora responsável pela decisão, pois ressalta que a Prefeitura não teria competência para deliberar sobre a abertura do setor produtivo, por consequência das medidas de contenção ao novo coronavírus. "Seguindo esta linha de raciocínio, acreditamos que, se a Prefeitura não pode ordenar que as empresas voltem à atividade, também não poderia ter determinado seu fechamento. A decisão nos causa inquietação, uma vez que o próprio STF já deliberou sobre o tema no dia 15 de abril, em sessão por videoconferência, com votação unânime a favor da competência da União, Estados e Municípios para adotarem medidas para o enfrentamento da Covid-19."

Moraes encerra a nota com a defesa do funcionamento das atividades produtivas. "Também levamos em conta que os Decretos Municipais que determinaram o fechamento encontram-se expirados, o que pode levar à conclusão de que a invalidação destes Decretos Municipais não autoriza o automático e consequente novo fechamento. Nosso posicionamento, portanto, é em defesa do funcionamento das atividades produtivas, para viabilizar a manutenção dos empregos, da função social das empresas, da valorização do trabalho e da livre iniciativa."

(Atualizada às 21h45)
Redação Bonde



Registros de óbito por covid-19 chegam a demorar um mês para serem confirmados

As mortes por covid-19 registradas nas últimas 24 horas incluem óbitos que ocorreram há quase um mês e só recentemente foram diagnosticados como decorrentes do novo coronavírus e registrados nas estatísticas oficiais do Ministério da Saúde.
A informação sobre a diferença entre a data da morte e a de contagem do óbito foi apresentada em um boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério nesta segunda-feira, 27.
O relatório traz um gráfico dos óbitos diários, até o último sábado, 25, e sinaliza que alguns deles só foram reportados como provocados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. Um deles era de 29 de março, quase um mês atrás. Os demais recém-certificados diziam respeito a vidas perdidas ao longo de 22 dias.
A equipe do ministério comentou o dado, em entrevista coletiva nesta segunda, para reforçar o fato de que o número de mortes atualizado diariamente não corresponde ao de pessoas falecidas entre um dia e outro. Significa apenas que o motivo da morte foi confirmado nesse intervalo.
"São óbitos que ocorreram em momentos distintos. São óbitos que ocorreram em dias anteriores e foram plotados agora. Não quer dizer que os 388 (total de mortes reportadas nesta segunda-feira) ocorreram de ontem para hoje", explicou o secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira.
Conforme os dados mais atuais do ministério, há 1.136 mortes sob investigação. Trata-se de pessoas que faleceram, em datas variadas, com sintomas semelhantes aos da covid-19 e para as quais não houve ainda a conclusão de exames. Entre elas, pode haver ou não casos de mortes causadas pelo novo coronavírus.

Isolamento social cai e ocupação de leitos de UTI começa a crescer no Paraná


Quase um terço dos leitos para pacientes de Covid-19 estavam ocupados ontem, segundo a Sesa
Quase um terço dos leitos para pacientes de Covid-19 estavam ocupados ontem, segundo a Sesa (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)
Nos últimos dias, cenas diversas registradas em Curitiba chegam a dar a sensação de que a cidade está retornando à normalidade. Enquanto boa parte do mundo está em confinamento, na capital paranaense, em pleno domingo, teve uma loja de móveis lotada no bairro Novo Mundo por conta de uma promoção, bares cheios pela cidade e o gramado do Museu Oscar Niemeyer (MON) tomado por jovens que sequer usavam máscara de proteção em meio à pandemia do novo coronavírus.
Os episódios não chegam a surpreender, se considerado que o respeito ao isolamento social vem caindo na cidade e no estado. Entre o final de março e o começo de fevereiro, mesmo em dias de semana mais da metade dos curitibanos e dos paranaenses vinham respeitando o confinamento. Entre os dias 23 e 29 de março (segunda a domingo), por exemplo, o índice de isolamento social na cidade variou entre 52% e 65,6%. Na última semana, na quinta-feira, já estava em 40,97%. No sábado, última data com dados disponíveis, ficou em 45,67% na Capital e 46,6% no Estado.
Ao mesmo tempo em que os índices de isolamento social caem, entretanto, a taxa de ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) está aumentando. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) o Paraná possui 2.002 leitos UTI adulto, sendo 1.218 do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os leitos da rede pública, a taxa de ocupação já está em 83% no estado.
Considerando-se apenas os leitos para Covid-19, são 564 em todo o estado, dos quais 184 estão ocupados (30% de taxa de ocupação). Dos internados, 86 pacientes já tiveram confirmação por meio de exame de que foram contaminados pelo novo coronavírus. Pode até parecer pouco, mas no começo do mês havia apenas 21 pacientes com Covid internados na UTI, o que aponta para um crescimento de 309,5% entre os dias 1º e 27 de abril – os dados da Sesa repassados à reportagem foram atualizados em 27 de abril, às 13 horas.
Sobre o isolamento
Conforme o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), Roberto Issamu Yosida, um dos grandes “problemas” do isolamento social é que, quanto mais ele funciona, mais parece que era desnecessário. Dessa forma, quando as medidas estão funcionando, as pessoas não veem as estatísticas aumentarem como seria esperado e se sentem seguras para “retornar à normalidade”. Contudo, um passo em falso num momento como esse pode custar caro, muito caro.
“Com isolamento social, teremos mais tempo para atender as pessoas. Os nossos hospitais, que estão sempre cheios, se encherem ainda mais por Covid, vai ter aumento da mortalidade por outras doenças. A pessoa vai infartar, bater o carro, ter um derrame, e não vai ter onde ser atendido”, reforça o infectologista Jaime Rocha.
‘Irresponsabilidade em saúde pública pode ser homicídio’, diz Greca
Também na live de ontem na página da Prefeitura de Curitiba, o prefeito Rafael Greca se pronunciou sobre os episódios do último final de semana e ressaltou que a Guarda Municipal está autorizada a agir para evitar aglomerações de pessoas. Em sua fala, o prefeito disse e repetiu, mais de uma vez, que o novo coronavírus mata. Sobre os casos recentes de desrespeito ao isolamento social, comentou que “isso é irresponsabilidade. E irresponsabilidade em saúde pública pode ser homicídio”.
“Renovo meu veemente apelo para que não relaxem no isolamento social com responsabilidade. Não vamos sair caçando pessoas a laço nem vamos revogar o direito de ir e vir. Nós recomendamos e suplicamos que se esforcem com corresponsabilidade, usando máscara, em fazer o bem para todos os seus semelhantes e a si próprios. Não estamos vivendo período de férias ao Sol nem de lazer prolongado. Estamos vivendo uma prolongada estiagem e um tempo de pandemia. Estamos com grave dificuldade. Se a pandemia em Curitiba tem um índice abaixo da curva, é porque detrás disso existe um grande esforço coletivo, uma inteligente postura da maioria da população, felizmente, que até aqui impediram, que o vírus tivesse circulação ativa”, disse o prefeito.
Desde o início do mês, foram 12.230 pessoas orientadas pela GM em Curitiba. Além disso, fiscais do Urbanismo têm desenvolvido um trabalho voltado para estabelecimentos comerciais, no intuito de inibir excessos.
Curitiba registra 17ª morte por Covid-19; casos chegam a 535
A Secretaria Municipal da Saúde confirmou ontem mais uma morte de morador de Curitiba com infecção pelo novo coronavírus. A vítima é um homem de 81 anos, doente renal. Este foi o 17º óbito desde o início da pandemia em Curitiba, em 11 de março. O boletim também registrou 26 novos casos de covid-19 em moradores da capital. Com a atualização, Curitiba chega a 535 casos confirmados.
Já o informe divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde registrava 30 novos casos da Covid-19 no Paraná, mais 71 pessoas recuperadas e dois óbitos decorrentes da doença. O Estado soma agora 1.186 pessoas que tiveram confirmação da doença, das quais 753 estão recuperadas e liberadas do isolamento e 75 faleceram.
Atualmente 71 pacientes com covid-19 estão internados em hospitais da cidade, 40 em UTIs, sendo 17 precisando do auxílio de ventilação mecânica (respirador).
O boletim do Ministério da Saúde registrou 66.501 casos de coronavírus e 4.543 mortes da doença no Brasil até as 14 horas de ontem, segundo informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde de todo o país. Em 24 horas (em relação ao boletim de domingo), foram 4.613 casos novos e 338 novos óbitos. Existem ainda 1.136 óbitos que estão em investigação.