bem paraná -
Embora a crise do
coronavírus tenha se instalado no Paraná apenas em meados de março, foi o
suficiente para que o setor de serviços no Estado registrasse o segundo
maior tombo na série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS),
iniciada em janeiro de 2011 e cujos dados do penúltimo mês, divulgados
ontem pelo IBGE, apontam uma redução de 5,4% no volume de serviços
contratados no estado.
Segundo a pesquisa do IBGE, depois de começar o ano com crescimento
de 1,2%, o setor já havia visto encolher no mês seguinte o volume em
1,2%. Com a chegada do coronavírus, entretanto, o tombo em março acabou
sendo ainda mais signiticativo e só não foi pior do que o registrado em
maio de 2018 (-9,0%).
Naquela ocasião, o resultado negativo acabou sendo fortemente
influenciado pela greve dos caminhoneiros, que ocorreu nos últimos dez
dias de maio de 2018. No mês seguinte, porém, o setor já esboçou uma
recuperação com alta de 10,4%. Algo altamente improvável que venha a se
verificar em abril ou mesmo em maio deste ano, tendo em vista a evolução
da crise do coronavírus.
Gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo explica que o resultado de março
reflete, em grande parte, as paralisações que aconteceram nos
estabelecimentos, sobretudo restaurantes e hotéis e principalmente nos
últimos dez dias do mês de março, quando começaram as paralisações. A
nível nacional, inclusive, o setor se prestação de serviços às famílias
registrou a queda mais intensa desde o início da série histórica, de
31,2%, ao passo que transportes, serviços auxiliares aos transportes e
correio tiveram redução de 9%, a segunda mais intensa da série, atrás
apenas de maio de 2018.
“Aos poucos os governos locais foram tomando medidas mais fortes no
sentido de se praticar o isolamento social e com isso algumas empresas
de setores considerados não essenciais, como restaurantes, acabaram
tendo que funcionar de forma parcial, muitas vezes migrando para o
sistema de delivery, mas os hotéis não têm essa opção e acabaram
fechando”, explica o gerente.
Ao todo, 24 das 27 unidades da federação também tiveram resultados
negativos em março na comparação com fevereiro. Em todo o país o volume
de serviços caiu 6,9%, enquanto os destaques (negativos) regionais foram
São Paulo (-6,2%) e Rio de Janeiro (-9,2%), pressionados pelos
segmentos de alojamento e alimentação. Os únicos impactos positivos
vieram do Amazonas (1,9%), de Rondônia (3,1%) e do Maranhão (1,1%).
Bens industriais
O consumo aparente de bens industrializados caiu 11,9% em março deste ano na comparação com fevereiro. A informação foi divulgada ontem, no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e mede tanto a demanda pela produção interna do Brasil quanto as importações de bens industriais.
O consumo aparente de bens industrializados caiu 11,9% em março deste ano na comparação com fevereiro. A informação foi divulgada ontem, no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e mede tanto a demanda pela produção interna do Brasil quanto as importações de bens industriais.
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