Estudo preliminar com 27 pessoas em estado grave, no Hospital Sírio-Libanês, mostrou que anticoagulante heparina elevou níveis de oxigenação do sangue
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Ricardo Pedro Cruz, do R7
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Anticoagulante foi utilizado em pesquisa na cidade de São Paulo
Pixabay
Um estudo preliminar com o anticoagulante heparina em pacientes graves com a covid-19,
no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, mostrou que a substância
contribuiu com a melhora nos níveis de oxigenação do sangue e no
funcionamento dos pulmões, diminuindo assim o tempo de permanência na
UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
De acordo com o artigo publicado pelo grupo de pesquisadores, 27
pessoas foram submetidas ao tratamento experimental, com idade média de
56 anos e portadores de doenças pré-existentes como diabetes, problemas
cardíacos e obesidade.
O tempo médio de hospitalização variou de 10 a 15 dias —considerando as
particularidades de cada caso—, sendo que não foi registrado nenhum
óbito até o momento e apenas três continuam na UTI da unidade particular
de saúde.
A pesquisa identificou que o medicamento, que vem sendo utilizado na
prevenção e tratamento de quadros de trombose, foi fundamental no
processo de desobstrução dos vasos sanguíneos do sistema respiratório, o
que representou uma queda no período em que esses indivíduos precisaram
do auxílio de respiradores mecânicos.
A experiência foi coordenada médica pneumologista Elnara Negri,
professora da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP), e contou também com a
participação de outros médicos da instituição. Com os primeiros
resultados, agora eles pretendem ampliar o estudo após aprovação do
Conep (Conselho Nacional de Ética em Pesquisa).Portal R7: acompanhe a cobertura completa da pandemia do novo coronavírus
O medicamento é considerado de baixa custo e, caso continue apresentando resultados satisfatórios, poderá se tornar um aliado importante na busca por um tratamento eficaz contra a covid-19.
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