terça-feira, 25 de outubro de 2016

Líderes de escolas ocupadas pedem que governo aguarde resultado de assembleias


Em pronunciamento, o presidente da Upes, Matheus dos Santos, afirmou que os estudantes farão uma assembleia na quarta-feira

  • Por Marcos Xavier Vicente / tribuna paraná
Foto: Antônio More.
Após o assassinato de um estudante de 16 anos na Escola Estadual Santa Felicidade, em Curitiba, segunda-feira (24), os líderes do Movimento Ocupa Paraná pedem ao governo estadual para que aguarde a assembleia dos alunos para tentar chegar a um consenso sobre a reabertura das escolas e o retorno à aulas. Em pronunciamento na manhã desta terça-feira (25), o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes), Matheus dos Santos, confirmou a data da assembleia dos alunos das 850 escolas ocupadas para as 8 horas desta quarta-feira (26) – o local não foi revelado.
“Acreditamos que o governo do estado deva aguardar o resultado da nossa assembleia e acate as pautas que serão levantadas para que possamos dar fim a este impasse”, afirma a Upes, em nota lida por Santos.
O presidente da Upes afirma que a tentativa do governo em usar o assassinato para tentar desarticular as ocupações é perseguição. “A partir da hora em que há um réu confesso, não tem mais discussão [sobre uma possível culpa do movimento na morte]”, afirma Santos. “O motivo do crime não está ligado à ocupação. Não há porque nos culpar. Essa é uma manobra para desarticular o nosso movimento, que é pacífico”, enfatiza o vice-presidente da Upes, Marcelo Miranda.

Segurança

Antes do pronunciamento na Upes, representantes do Ocupa Paraná expuseram em reunião com o procurador-geral de Justiça Ivonei Sfoggia a preocupação de que com o assassinato no Colégio Santa Felicidade os ânimos se acirrem entre os estudantes pró e contra as ocupações. “Cobramos o Ministério Público e a Defensoria Pública para que deem garantias de segurança aos estudantes que estão nas escolas ocupadas”, explica Santos.
Na nota lida na Upes, o movimento repudia as incitações de violência contra os alunos das escolas ocupadas. Inclusive por parte do governo. “ Tais atitudes não contribuem em nada para a resolução do conflito”, reforça a nota.
Por outro lado, os líderes do Ocupa Paraná prometem que vão reforçar as orientações aos estudantes sobre as regras das ocupações, que proíbem a entrada nas escolas de bebidas alcoólicas, drogas, armas, entre outras coisas

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