A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou (29)
um convite para que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, compareça à
comissão para esclarecer as medidas tomadas após a operação "Carne
Fraca" da Polícia Federal. A operação, que investiga esquemas de
corrupção para a liberação de produtos em alguns frigoríficos, acabou
gerando uma crise de confiança de importadores na carne brasileira.
Mas outro convite, para que o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, também comparecesse à comissão para falar sobre a operação, foi rejeitado. O ministro aparece em gravações, conversando com um dos investigados, que era superintendente regional do Ministério da Agricultura. Serraglio estava preocupado com o fechamento de um frigorífico no Paraná.
Alguns deputados pediram ao deputado Jorge Solla (PT-BA) que transformasse seu requerimento inicial de convocação em convite e o deputado aceitou.
Mas, em seguida, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) defendeu a aprovação de apenas um pedido de informações em vez da vinda do ministro. Segundo ele, esta vinda poderia reacender um assunto que vem sendo tratado com mais cuidado agora:
"Só que eu acho que trazer, numa crise de uma operação que, na minha avaliação, foi desnecessária; gerou um prejuízo gigantesco para o país; colocou em xeque a balança comercial que sustenta o PIB... Aí nós vamos trazer para cá o ministro da Justiça para falar sobre um assunto que já está sendo investigado para gerar mais confusão e prestar um desserviço ao Brasil? Nós vamos aqui apoiar a geração de desemprego?"
O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) também condenou a maneira como a operação da Polícia Federal foi conduzida, mas afirmou que a vinda do ministro seria interessante para esclarecer que a sua atitude não foi errada:
"Porque o que ele fez, eu fiz. Não uma vez, fiz dezenas de vezes; ligando e pedindo para o cara que está lá na Superintendência - e que também eu que indiquei e está lá há 15, 18 anos - é um funcionário de carreira, que está lá trabalhando. E ele também tem a obrigação de cuidar dos seus subalternos para trabalhar dignamente. Esta é a função nossa: fiscalizar, indicar, ficar em cima e, acima de tudo, atender o povo do nosso estado."
Como o deputado Jorge Solla não aceitou transformar o seu convite em pedido de informações, o requerimento foi votado e acabou rejeitado. Solla disse que não concorda com julgamentos antecipados de qualquer pessoa, mas criticou a rejeição do convite:
"É uma coisa que chega a ser paranoica a tentativa de inviabilizar a presença de um ministro aqui. Ele tem a obrigação de esclarecer as acusações que foram feitas contra ele. Se forem, ou se vierem a ser confirmadas, elas inviabilizam a autoridade dele de ocupar um posto como esse de ministro da Justiça."
Na mesma sessão, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou requerimentos para convidar os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; da Saúde, Ricardo Barros; e da Educação, Mendonça Filho; para falarem sobres os programas de seus ministérios.
Também foram aprovados requerimentos para a realização de audiências públicas sobre a operação "Carne Fraca" nas comissões de Agricultura, Relações Exteriores e Desenvolvimento Econômico.
Mas outro convite, para que o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, também comparecesse à comissão para falar sobre a operação, foi rejeitado. O ministro aparece em gravações, conversando com um dos investigados, que era superintendente regional do Ministério da Agricultura. Serraglio estava preocupado com o fechamento de um frigorífico no Paraná.
Alguns deputados pediram ao deputado Jorge Solla (PT-BA) que transformasse seu requerimento inicial de convocação em convite e o deputado aceitou.
Mas, em seguida, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) defendeu a aprovação de apenas um pedido de informações em vez da vinda do ministro. Segundo ele, esta vinda poderia reacender um assunto que vem sendo tratado com mais cuidado agora:
"Só que eu acho que trazer, numa crise de uma operação que, na minha avaliação, foi desnecessária; gerou um prejuízo gigantesco para o país; colocou em xeque a balança comercial que sustenta o PIB... Aí nós vamos trazer para cá o ministro da Justiça para falar sobre um assunto que já está sendo investigado para gerar mais confusão e prestar um desserviço ao Brasil? Nós vamos aqui apoiar a geração de desemprego?"
O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) também condenou a maneira como a operação da Polícia Federal foi conduzida, mas afirmou que a vinda do ministro seria interessante para esclarecer que a sua atitude não foi errada:
"Porque o que ele fez, eu fiz. Não uma vez, fiz dezenas de vezes; ligando e pedindo para o cara que está lá na Superintendência - e que também eu que indiquei e está lá há 15, 18 anos - é um funcionário de carreira, que está lá trabalhando. E ele também tem a obrigação de cuidar dos seus subalternos para trabalhar dignamente. Esta é a função nossa: fiscalizar, indicar, ficar em cima e, acima de tudo, atender o povo do nosso estado."
Como o deputado Jorge Solla não aceitou transformar o seu convite em pedido de informações, o requerimento foi votado e acabou rejeitado. Solla disse que não concorda com julgamentos antecipados de qualquer pessoa, mas criticou a rejeição do convite:
"É uma coisa que chega a ser paranoica a tentativa de inviabilizar a presença de um ministro aqui. Ele tem a obrigação de esclarecer as acusações que foram feitas contra ele. Se forem, ou se vierem a ser confirmadas, elas inviabilizam a autoridade dele de ocupar um posto como esse de ministro da Justiça."
Na mesma sessão, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou requerimentos para convidar os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; da Saúde, Ricardo Barros; e da Educação, Mendonça Filho; para falarem sobres os programas de seus ministérios.
Também foram aprovados requerimentos para a realização de audiências públicas sobre a operação "Carne Fraca" nas comissões de Agricultura, Relações Exteriores e Desenvolvimento Econômico.
Reportagem - Sílvia Mugnatto
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