| Romanelli, autor do projeto, destacou o direito que os torcedores têm em escolher se querem ou não consumir a bebida alcoólica 
O
 líder do governo, deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), 
participou na manhã desta segunda-feira (27) da audiência pública sobre o
 projeto de lei que libera a venda e o consumo de cerveja e chopp nos 
estádios do Paraná. Agora a proposta será analisada pela Comissão de 
Defesa do Consumidor para depois ser discutida em Plenário.
 Romanelli destacou que a bebida só não é vendida em jogos de futebol. 
“Nos demais eventos em estádios, como shows, UFC, e partidas de vôlei, a
 cerveja é comercializada normalmente e nem por isso acontece algo 
irregular”, disse o líder do governo. Ele lembrou que durante a Copa do 
Mundo, em 2014, a venda de cerveja foi liberada.
 
 Para o deputado, a bebida não é a responsável pelos casos de violência 
no futebol e a proibição prejudica o entretenimento dos torcedores e a 
renda dos comerciantes nos estádios. “O que temos que explicar é que, 
segundo pesquisas, a venda e consumo de cerveja não são a causa da 
violência praticada. É uma bebida vendida no mundo inteiro, inclusive em
 países onde as torcidas de futebol são mais violentas do que as daqui e
 nem por isso a venda foi proibida”, explicou.
 
 Benefícios - Luiz Claudio ainda explica que as pessoas 
que gostam de assistir aos jogos de futebol nos estádios têm o direito 
de escolher se querem ou não consumir cerveja. “E quem ganha é o 
torcedor que tem o direito individual de tomar uma cervejinha no momento
 de lazer. A liberação da venda também beneficia os clubes de futebol 
profissional que terão uma renda, uma receita adicional", defende 
Romanelli.
 
 O projeto de lei recebeu pareceres favoráveis e foi aprovado pela 
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ); pela Comissão de Indústria, 
Comércio, Emprego e Renda; e pela Comissão de Esportes. Representantes 
dos times Atlético-PR, Coritiba, Londrina e Paraná Clube, que são 
favoráveis à medida, também estiveram presentes para debater a 
proposta.
 
 O presidente do clube Atlético-PR, Luiz Salim Emed, parabenizou os 
autores do projeto, principalmente pelas justificativas do texto. “Não 
há lei federal que proiba a venda da cerveja nos estádios. Poderia 
encerrar por aqui, pois não existe este tipo de lei. Mas seria 
deselegante da minha parte se nós não apresentássemos evidências de que 
não há motivo algum para a restrição”, disse.
 
 Cultura - Salim destaca que não há provas de que a 
violência dentro dos estádios esteja diretamente ligada ao consumo de 
álcool durantes os jogos. “A violência está no indivíduo, está nos 
grupos. É uma cultura que infelizmente a sociedade vive. A sociedade 
está violenta e é isso que temos que perceber. Acredito que a proibição 
foi uma tentativa de previnir a violência, porém passado esse tempo está
 mais do que claro que não há relação de uma coisa com a outra”, 
pontuou.
 
 De acordo com o presidente do Coritiba, Rogério Portugal Bacellar, a paz
 dos estádios não depende da bebida alcoólica. “Quando assumimos a 
presidência do clube, a primeira atitude que tomamos foi nos aproximar 
do presidente do Atlético-PR com o intuito de parar com as brigas nos 
estádios”, contou.
 
 Bacellar concordou com o presidente Salim na questão de que a violência 
não está na bebida alcoólica, mas sim no comportamento de algumas 
pessoas e devido ao consumo de drogas. "O futebol do Paraná, com a venda
 das bebidas, terá um outro patamar de patrocínios. Não só aos times 
daqui de Curitiba, mas principalmente aos times do nosso interior que 
dependem de patrocínios isolados para sobreviver”, afirmou.
 
 Autores - Romanelli foi o autor do projeto juntamente 
com os deputados Alexandre Curi, Stephanes Junior, Ademir Bier, Pedro 
Lupion, Marcio Pauliki, Tiago Amaral, Fernando Scannavaca, Marcio Nunes,
 Nelson Justus e Anibelli Neto.
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