domingo, 23 de abril de 2017

» Em Cornélio Procópio, indígenas protestam para alertar sobre a extração indevida e poluente do gás metano na região


ANUNCIFACIL

Na tarde de sábado (22), um grupo de indígenas se reuniu na frente da unidade da Universidade do Norte do Paraná, na área central de Cornélio Procópio para protestarem contra a atividade de fracking que estaria ocorrendo na região
Fracking ou fraturamento hidráulico, é a técnica destrutiva de extração do gás metano aprisionado em microbolhas no subsolo, num tipo de rocha chamada folhelho pirobetuminoso. Para sua extração, milhões de litros de água, misturados com areia e mais de 700 produtos químicos contaminantes, pelo menos uma dúzia deles radioativos, são injetados no subsolo sob alta pressão, 'fraturando' a rocha.
De acordo com Nelson Luiz Camargo, um dos líderes do movimento, morador do município de Abatiá, como em Cornélio Procópio um poço de perfuração está em andamento, porém sob análise jurídica e em Nova Fátima a extração já esta acontecendo, o grupo de guerreiros protesta contra a atividade e tenta coibir extração do gás metano na região onde residem.
Os indígenas têm o conhecimento que após a extração do gás, devido à contaminação do solo, a área ao redor vira deserto radioativo irrecuperável, o que já aconteceu no sul da Argentina, onde havia a melhor produção de maçãs, se tornou em uma área inabitável e os moradores tiveram que abandonar o local, informou Nelson.
Por isso os indígenas pedem que a população tenham conhecimento sobre o fracking e cobrem seus políticos para que criem leis impedindo a atividade, que esta sendo explorada pelo próprio governo.
O fluído tóxico do fracking contamina os lençóis freáticos e os aquíferos, no nosso caso o Aquífero Guarani, além do solo, impedindo a produção de alimentos, o abastecimento humano, a dessedentação de animais, a pesca, a agricultura, a indústria e o lazer, não atingido só os indígenas, mas toda a população.
As empresas que exploram a atividade agem em sigilo, muitas vezes adentrando em terrenos particulares sem avisar os proprietários, quando não compram área e iniciam a extração do gás de forma ilegal, pois isso os índios irão “guerrear” contra, visto que estão acatando imposições do governo que só contribuem para danificar a natureza, relatou Nelson.
Houve um pequeno incidente durante o protesto, crianças esbarraram em uma janela e acabaram quebrando o vidro e pensando que havia um tumulto, seguranças da UENP acionaram a Polícia Militar, mas tudo ficou esclarecido e o grupo se prontificou em arcar com o prejuízo.
A repórter Silvia Calciolari da Coalizão Não-Fracking Brasil, ao ter conhecimento do protesto, procurou a redação do Portal Anuncifácil para informar que esta atividade, além de provocar severos danos ao meio ambiente, gera terremotos induzidos.
Segundo a jornalista, esta atividade corrompe toda a diversidade e atinge a encomia de uma região onde é explorada e citou a cidade de Wenceslau Brás, onde graças à força de grupo de defesa do meio ambiente e a população, proibiu a atividade naquela região do Estado.
Silvia Calciolari falou sobre a carga de mais de setecentos produtos químicos que são usados para romper a rocha, deixando o solo radioativo, havendo no país uma gama de opções naturais, não abrindo a mão da agricultura e do meio ambiente para geração de energia.
Por isso a Coalizão Não-Fracking Brasil age em várias cidades do país contra a atividade, obtendo bons resultados, porém devido à ganância de empresários, que são apoiados por políticos sem consciência, a luta é continua, pois a população é ilidia com falsas promessas de desenvolvimento, que na realidade é o contrário.
Silvia finalizou falando sobre Cornélio Procópio e o impacto que a cidade pode vir a sofrer com a exploração do gás metano, que tende a acabar com o município e destruir toda a vida ao seu redor, afetando também o clima, por isso a população deve estar atenta e evitar que isto aconteça.

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