ANUNCIFACIL
Na
tarde de sábado (22), um grupo de indígenas se reuniu na frente
da unidade da Universidade do Norte do Paraná, na área central
de Cornélio Procópio para protestarem contra a atividade de fracking que
estaria ocorrendo na região
Fracking ou fraturamento hidráulico, é a técnica destrutiva de
extração do gás metano aprisionado em microbolhas no subsolo, num tipo
de rocha chamada folhelho pirobetuminoso. Para sua extração, milhões de
litros de água, misturados com areia e mais de 700 produtos químicos
contaminantes, pelo menos uma dúzia deles radioativos, são injetados no
subsolo sob alta pressão, 'fraturando' a rocha.
De acordo com Nelson Luiz Camargo, um dos líderes do movimento,
morador do município de Abatiá, como em Cornélio Procópio um poço de
perfuração está em andamento, porém sob análise jurídica e em Nova
Fátima a extração já esta acontecendo, o grupo de guerreiros protesta
contra a atividade e tenta coibir extração do gás metano na região onde
residem.
Os indígenas têm o conhecimento que após a extração do gás, devido à
contaminação do solo, a área ao redor vira deserto radioativo
irrecuperável, o que já aconteceu no sul da Argentina, onde havia a
melhor produção de maçãs, se tornou em uma área inabitável e os
moradores tiveram que abandonar o local, informou Nelson.
Por isso os indígenas pedem que a população tenham conhecimento sobre
o fracking e cobrem seus políticos para que criem leis impedindo a
atividade, que esta sendo explorada pelo próprio governo.
O fluído tóxico do fracking contamina os lençóis freáticos e os
aquíferos, no nosso caso o Aquífero Guarani, além do solo, impedindo a
produção de alimentos, o abastecimento humano, a dessedentação de
animais, a pesca, a agricultura, a indústria e o lazer, não atingido só
os indígenas, mas toda a população.
As empresas que exploram a atividade agem em sigilo, muitas vezes
adentrando em terrenos particulares sem avisar os proprietários, quando
não compram área e iniciam a extração do gás de forma ilegal, pois isso
os índios irão “guerrear” contra, visto que estão acatando imposições do
governo que só contribuem para danificar a natureza, relatou Nelson.
Houve um pequeno incidente durante o protesto, crianças esbarraram em
uma janela e acabaram quebrando o vidro e pensando que havia um
tumulto, seguranças da UENP acionaram a Polícia Militar, mas tudo ficou
esclarecido e o grupo se prontificou em arcar com o prejuízo.
A repórter Silvia Calciolari da Coalizão Não-Fracking Brasil, ao ter
conhecimento do protesto, procurou a redação do Portal Anuncifácil para
informar que esta atividade, além de provocar severos danos ao meio
ambiente, gera terremotos induzidos.
Segundo a jornalista, esta atividade corrompe toda a diversidade e
atinge a encomia de uma região onde é explorada e citou a cidade de
Wenceslau Brás, onde graças à força de grupo de defesa do meio ambiente e
a população, proibiu a atividade naquela região do Estado.
Silvia Calciolari falou sobre a carga de mais de setecentos produtos
químicos que são usados para romper a rocha, deixando o solo radioativo,
havendo no país uma gama de opções naturais, não abrindo a mão da
agricultura e do meio ambiente para geração de energia.
Por isso a Coalizão Não-Fracking Brasil age em várias cidades do país
contra a atividade, obtendo bons resultados, porém devido à ganância de
empresários, que são apoiados por políticos sem consciência, a luta é
continua, pois a população é ilidia com falsas promessas de
desenvolvimento, que na realidade é o contrário.
Silvia finalizou falando sobre Cornélio Procópio e o impacto que a
cidade pode vir a sofrer com a exploração do gás metano, que tende a
acabar com o município e destruir toda a vida ao seu redor, afetando
também o clima, por isso a população deve estar atenta e evitar que isto
aconteça.
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