Redação Bem Paraná
O Paraná não é "destaque" nacional somente quando o assunto é violência contra a mulher.
Ontem, a violência contra o casal formado pelo jornalista João Pedro
Schonarth, 29 anos e o servidor público Bruno Banzato, 31 anos,
evidenciou outra questão que está por resolver: a homofobia. Casados há
sete anos, eles estão prestes a adotar uma criança e estão de mudança
marcada para uma casa no Água Verde. Nesta quinta-feira (13), começaram a
circular pela vizinhança panfletos apócrifos, que diziam que "a rua vai
ficar mais ‘alegre’ com os passeios matinais do casal, que vão
influenciar filhos, netos" e que ainda dá o endereço da "baixaria". O
caso revoltou os verdadeiros cidadãos de bem e ganhou repercussão nas
redes sociais.
O caso só reforça o que as estatísticas já mostram. De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), que mantém o observatório "Homofobia Mata", desde o começo do ano o Paraná já registrou sete casos de 'homocídio', o que deixa o estado em quarto lugar no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo (18), Minas Gerais (15) e Rio de Janeiro (8). O número de registros é igual ao registrado no mesmo período do ano passado (de 1º de janeiro a 14 de abril). Em 2016, durante todo o ano ocorreram 16 'homocídios' no Paraná.
O último episódio deste ano foi registrado na terça-feira (11 de
abril), quando o corpo de uma travesti de aproximadamente 35 anos foi
encontrado em um matagal na região metropolitana de Curitiba. A vítima
vestia apenas calcinha e sutiã e apresentava uma lesão na cabeça.
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