Ao todo, 500.727 brasileiros estão aptos para votar em 171 cidades no exterior nas eleições de 2018
- Da Agência Brasil
 
Tribunal prepara urnas para enviar ao exterior
José Cruz/Agência Brasil
 O TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal) iniciou o processo de preparação de 680 urnas que serão usadas no exterior durante as próximas eleições presidenciais.
 Por conta de dificuldades operacionais, serão enviadas também 64 urnas de lona (quatro delas de reserva) para países da África, Caribe, América Central, América do Sul, bem como a países europeus com poucos brasileiros.
Ao todo, 500.727 brasileiros estão aptos para votar em 171 cidades no 
exterior. A cidade com maior colégio eleitoral é Boston, nos Estados 
Unidos, para onde serão enviadas 46 urnas eletrônicas. Em segundo lugar 
está Miami (EUA), com 45 urnas. Os Estados Unidos, Japão e Portugal são 
os países com maior número de eleitores brasileiros.
 De acordo com a Justiça Eleitoral, 58,4% dos eleitores brasileiros no 
exterior são mulheres, e 41,6% homens. A faixa etária mais predominante é
 a compreendida entre 35 e 39 anos. No que se refere ao nível de 
escolaridade, 34,26% dos brasileiros aptos a votar têm nível superior 
completo; 28,51% têm ensino médio completo; e 13,46% superior 
incompleto.
 Com um total de 2.353 eleitores brasileiros aptos a participarem do 
pleito eleitoral, a cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra é a que 
tem o maior colégio eleitoral entre as que farão votação manual. Ao 
todo, 10.698 brasileiros votarão dessa forma. Entre as dificuldades que 
levaram à escolha pelo uso das urnas de lona nessas localidades estão 
problemas para o acesso à energia elétrica e embaraços alfandegários 
para a entrada de equipamentos eletrônicos.
 Segundo o secretário de Tecnologia do TRE-DF, Ricardo Negrão, cerca de 
100 servidores terceirizados estão preparando as urnas, fiscalizados por
 20 servidores do Cartório Eleitoral do Exterior. “Esse equipamento 
passa por quatro etapas de checagem, em meio aos processos, até que o 
equipamento seja lacrado”, explicou ao reiterar a segurança das urnas 
eletrônicas.
 A fim de sempre aperfeiçoar a segurança do equipamento, a Justiça 
Eleitoral tem feito vários desafios para que hackers encontrem 
vulnerabilidades no sistema e no equipamento. Segundo Negrão, foi graças
 a esses desafios que se descobriu que, ao serem apertadas, as teclas 
emitiam uma frequência mecânica que, captada por microfones potentes, 
poderia indicar o número digitado pelo eleitor. “A solução que 
encontramos foi a de blindar internamente essas teclas”.
 Uma outra vulnerabilidade identificada estava relacionada à 
possibilidade de se identificar a sequência de votação. “Diante disso, 
melhoramos o algoritmo de embaralhamento de dados”, explicou o 
secretário de Tecnologia ao garantir que “até hoje nada mais 
significativo [em termos de vulnerabilidade] foi identificado”.
 De acordo com a chefe do Cartório Eleitoral do Exterior, Juliana 
Bandeira, “a vulnerabilidade, no caso das urnas de lona, é maior do que a
 das urnas eletrônicas”. Outra desvantagem da votação manual, feita com o
 uso de urnas de lona, é a demora durante o processo de votação, 
apuração e transmissão de dados.
 Nos locais onde serão adotadas as urnas de lona, a apuração ficará a 
cargo das equipes das embaixadas, cabendo ao embaixador também o papel 
de juiz eleitoral. Às equipes de servidores das embaixadas serão 
oferecidos treinamentos feitos à distância para uso do equipamento.
 O transporte de todas as urnas ficará a cargo do MRE (Ministério das Relações Exteriores).
 
 
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