Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro
- Pedro Martins/Mowa Press
Após conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio-2016, Neymar
decretou: não seria mais capitão da seleção brasileira. Incomodado com
as cobranças por conta da responsabilidade, o jogador procurou Tite e,
em sua primeira conversa, com o então novo técnico fez o pedido –
prontamente aceito. Pouco mais de quatro meses, no entanto, o cenário
mudou.
O comandante da seleção revelou uma conversa com o craque
do Barcelona e contou que a faixa de capitão voltará ao braço do camisa
10 em breve.
"A braçadeira será inevitável. O Neymar será
capitão em breve. Quando acabou a Olimpíada, o ele me deu um abraço e
falou na hora: 'professor, não quero mais isso. Foi a última vez. Por
favor.' Passado um tempo, chamei ele e falei que era uma liderança
técnica. Que ele não poderia fugir disso. Atingiu um nível alto, é nossa
referência e penso em utilizar como capitão. Passou um tempo, ele me
procurou e falou que estava pronto para ser capitão novamente", contou
Tite, durante entrevista ao UOL Esporte na sede da CBF, nesta segunda-feira (28).
O treinador disse ainda ver um Neymar mais leve, longe de uma cobrança classificada como injusta antes das Olimpíadas.
"Estávamos sendo desumanos com ele. Estávamos colocando que o sucesso
ou o fracasso fossem culpa dele. Não é assim. Talvez até fruto de um
insucesso na Copa de 2014. O peso do desempenho e da cobrança continua,
mas ele agora vê a responsabilidade dividida. Ele se sente melhor",
completou Tite.
A ideia do treinador é que o atacante entre no
rodízio da braçadeira já nos próximos jogos - contra Uruguai e Paraguai,
em março, pela sequência das Eliminatórias. Nos jogos sem Neymar como
capitão, Miranda, Filipe Luís, Daniel Alves, Fernandinho e Renato
Augusto ostentaram a faixa.
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