A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba alerta
pais e responsáveis por crianças e adolescentes e os profissionais da
educação e saúde em relação ao “jogo” Baleia Azul, que propõe 50
desafios aos participantes e sugere o suicídio como última etapa. Na
madrugada de ontem, a rede municipal de saúde registrou cinco tentativas
de suicídio entre adolescentes entre 13 e 17 anos, que foram atendidos e
encaminhados para acompanhamento em Centro de Atenção Psicossocial
(Caps). Em todos os casos, havia sinais de automutilação e ingestão de
medicamentos. De tarde, mais dois casos foram notificados.
No Brasil, entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade
de mortes por suicídio, mas foi observado um aumento de mais de 30% em
jovens. Em Curitiba, segundo dados do Datasus, foram 28 mortes de jovens
até os 19 anos entre 2011 e 2015. No Paraná, foram 269 no mesmo
período.
Ainda não há confirmação se os casos em Curitiba tinham relação com o
jogo. Os casos serão investigados. Além disso, serão desenvolvidas
atividades de prevenção ao suicídio nas escolas com estudantes
adolescentes, faixa etária alvo do jogo. A ação envolve as secretarias
municipal e estadual de Educação.
No “jogo” Baleia Azul, os adolescentes relatam receber mensagens em
redes sociais com tarefas a serem cumpridas. Nas conversas, um grupo de
organizadores, chamados “curadores”, propõe 50 desafios macabros aos
adolescentes, como fazer fotos assistindo a filmes de terror,
automutilar-se desenhando baleias com instrumentos afiados no corpo e
ficar doente.
“Orientamos que pais e responsáveis conversem com os adolescentes e
fiquem atentos a sinais de isolamento, perda de vínculo familiar e
quadros de automutilação”, diz o secretário municipal da Saúde de
Curitiba, João Carlos Baracho. De acordo com o Baracho, os postos de
saúde são a porta de entrada no sistema para aquelas famílias que
precisam de ajuda. Caso seja necessário, o posto pode direcionar para
atendimento de saúde mental em Caps ou outro serviço especializado, de
acordo com a gravidade do caso.
bem paraná
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