terça-feira, 1 de novembro de 2016

Liminares pedem reintegração das 11 últimas escolas ocupadas em Londrina

Viviani Costa - Grupo Folha 
 

A Justiça concedeu reintegração de posse dos últimos 11 colégios estaduais ocupados em Londrina nesta segunda-feira (31).

A chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina, Lucia Cortez, informou que apenas duas escolas estaduais permaneciam com as atividades suspensas em razão da greve dos professores.

Com a suspensão da paralisação na manhã desta segunda-feira (31), alunos da Escola Estadual Professor Lauro Gomes da Veiga Pessoa (no Conjunto Maria Cecília) e do Colégio Estadual Professora Ubedulha de Oliveira (no Conjunto Luiz de Sá), ambos na zona norte, devem retomar o calendário letivo.

O impasse permanece em relação às escolas ocupadas pelos estudantes em protesto contra os projetos apresentados pelo governo federal.

Ao todo, 11 liminares foram obtidas na Justiça para a reintegração de posse. Apenas estudantes do Colégio Estadual Dario Vellozo, na região oeste de Londrina, desocuparam o espaço de forma voluntária na última sexta-feira (28).

"O oficial de Justiça está entrando em contato com os representantes das escolas restantes para notificar sobre as decisões. As desocupações devem ocorrer até amanhã [terça] cedo", afirmou Lucia.

Conforme a chefe do Núcleo Regional, permanecem ocupadas as escolas: Adélia Dionísia Barbosa, Célia Moraes de Oliveira, Cleia Godoy Silva, Gabriel Martins, Guaravera, Nilo Peçanha, Nossa Senhora de Lourdes, Vani Ruiz Viessi, José de Anchieta e Margarida de Barros Lisboa. O Colégio de Aplicação também segue ocupado pelos estudantes.

No entanto, conforme Lucia, o impasse envolve a Universidade Estadual de Londrina (UEL), responsável pela administração do local. O Núcleo Regional abrange 19 municípios. Apenas as escolas de Londrina seguem ocupadas. O movimento não compromete a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já que as provas serão realizadas em escolas já desocupadas.

"Para a reposição das aulas, vamos fazer um novo calendário, mas não será um calendário único. Isso será feito analisando caso a caso. É cedo para dizer se a reposição será feita até fevereiro. A ideia é, de preferência, fechar o ano letivo esse ano", adiantou Lucia.

Escolas que já foram desocupadas (19):

*- Instituto de Educação Estadual de Londrina (IEEL)
*- Colégio Estadual Vicente Rijo
*- Colégio Estadual Marcelino Champagnat
*- Colégio Estadual Hugo Simas
*- Colégio Estadual Professora Maria José Aguilera
*- Colégio Estadual Maria do Rosário Castaldi
*- Colégio Estadual Professor Ubedulha de Oliveira
*- Colégio Estadual Benjamin Constant
*- Colégio Estadual Olympia Morais Tormenta
*- Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros
*- Colégio Estadual Polivalente
*- Colégio Estadual Barão do Rio Branco
*- Colégio Estadual Professora Lúcia Barros Lisboa
*- Colégio Estadual Professor Newton Guimarães
*- Colégio Estadual Professora Roseli Piotto Roehrig
*- Colégio Estadual Padre Wistremundo Roberto Perez Garcia
- Colégio Estadual Albino Feijó
- Colégio Estadual Dário Vellozo (espontaneamente)
- Colégio Estadual Willie Davids (espontaneamente)

*- locais de aplicação do Enem 2016

Escolas que permanecem ocupadas (11) as quais devem receber liminares para a reintegração de posse:

- Colégio Estadual Professora Adélia Dionísio Barbosa
- Colégio Estadual Professora Célia Moraes de Oliveira
- Colégio Estadual Professora Cléia Godoy Fabrini Silva
- Colégio Estadual de Guaravera
- Colégio Estadual Doutor Gabriel Carneiro Martins
- Colégio Estadual Professora Margarida de Barros Lisboa
- Colégio Estadual Nilo Peçanha
- Colégio Estadual Nossa Senhora de Lourdes
- Colégio Estadual José de Ancheita
- Colégio Estadual Professora Vani Ruiz Viessi
- Colégio de Aplicação Pedagógica da UEL

Manifestação

Mais um ato contra a PEC 241 e a MP 746 está marcado para ser realizado em Londrina, na noite desta terça-feira (1), às 18h, na rotatória da avenida Higienópolis com a avenida Juscelino Kubitschek.

As organizadoras do evento orientam para que os participantes levem cartazes, estejam de uniforme, caso sejam estudantes, e que levem muita energia. "Nos tiram das escolas, mas a gente ocupa a rua", afirmam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário