Objetivo é fomentar independência econômica de quem sofre agressões
M.R.S tem 56 anos de idade. Agredida pelo marido desde o tempo
de namoro, ela conseguiu se formar em 1996 como técnica em
contabilidade, mas sempre foi impedida de trabalhar. M.R.S. conta que a
dependência econômica a impediu que se separasse do marido. Agora, está
matriculada em um curso de capacitação oferecido pela Casa da Mulher de
Brasília, em uma parceria com o Pronatec, Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego do governo federal, e tem uma esperança para,
finalmente, mudar de vida.
A voz de M.R.S. foi distorcida a pedido dela.
"Procurei a Casa da Mulher, me ofereceram curso para que eu venha crescer na vida, ter uma oportunidade de emprego para sobreviver, porque eu preciso. Trabalhar, ter conhecimento. Agora que eu estou buscando, com os meus 56 anos. Tentando uma liberdade que eu nunca tive na minha vida."
O Pronatec tem como objetivo ampliar a oferta de educação profissional e tecnológica, por meio de programas, projetos e ações de assistência técnica e financeira. Projeto (projeto de lei 5976/2013) aprovado recentemente na Comissão de Trabalho da Câmara inclui as mulheres vítimas de violência doméstica entre os que têm prioridade no acesso às vagas do programa.
O relator na comissão, deputado Rôney Nemer, do PP do Distrito Federal, explica que a intenção do projeto é garantir a independência econômica de mulheres que sofrem agressões.
"Porque muitas mulheres sofrem violência, não só física, mas também emocional, e não saem de perto do agressor por conta da dependência econômica. Então o que nós quisemos? É efetivamente garantir a todas mulheres que estiverem nessa situação que ela terá uma priorização dentro do Pronatec para ela ter uma profissão e ser dona do próprio nariz. Quer dizer, é uma forma de empoderamento da mulher."
A coordenadora do Pronatec da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Beatriz Antônio da Natividade, explica que, em Brasília, as mulheres em situação de vulnerabilidade social já são encaminhadas às aulas do Pronatec através do projeto Mulheres Mil, do Ministério da Educação, iniciado neste ano.
Beatriz apoia a proposta em discussão na Câmara, mas acredita que ela poderia ter avançado mais.
"Vem fortalecer as políticas públicas. Mas acredito que também teria que ter inserido algo mais na lei que direcionasse ao mercado de trabalho, não só à capacitação, mas direcionando a própria aluna ao mercado de trabalho."
A inserção no mercado de trabalho é o objetivo de A.C.S., que também está matriculada em um curso do Pronatec na Casa da Mulher de Brasília. Ela passou anos sofrendo com a violência doméstica até ter coragem de procurar ajuda.
A.C.S. também pediu para ter a voz distorcida.
"Se não fosse esse curso, acho que a gente não ia poder fazer nada. Porque condições financeiras mesmo, nenhuma, né? Então é uma grande oportunidade. Maravilhosa. E que o governo veja mais e abra mais oportunidades para as mulheres que passam por esse tipo de violência. Porque só quem passa por esse tipo de violência sabe e entende o que eu estou falando."
O texto de Rôney Nemer incluiu também, entre os que terão atendimento prioritário no programa, os emigrantes brasileiros retornados ao País e os adolescentes entre 16 e 18 anos que participam de programas de acolhimento familiar ou institucional (conforme projetos apensados ao original).
A proposta também foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família e agora será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça. Se aprovada, poderá seguir direto para o Senado Federal.
A voz de M.R.S. foi distorcida a pedido dela.
"Procurei a Casa da Mulher, me ofereceram curso para que eu venha crescer na vida, ter uma oportunidade de emprego para sobreviver, porque eu preciso. Trabalhar, ter conhecimento. Agora que eu estou buscando, com os meus 56 anos. Tentando uma liberdade que eu nunca tive na minha vida."
O Pronatec tem como objetivo ampliar a oferta de educação profissional e tecnológica, por meio de programas, projetos e ações de assistência técnica e financeira. Projeto (projeto de lei 5976/2013) aprovado recentemente na Comissão de Trabalho da Câmara inclui as mulheres vítimas de violência doméstica entre os que têm prioridade no acesso às vagas do programa.
O relator na comissão, deputado Rôney Nemer, do PP do Distrito Federal, explica que a intenção do projeto é garantir a independência econômica de mulheres que sofrem agressões.
"Porque muitas mulheres sofrem violência, não só física, mas também emocional, e não saem de perto do agressor por conta da dependência econômica. Então o que nós quisemos? É efetivamente garantir a todas mulheres que estiverem nessa situação que ela terá uma priorização dentro do Pronatec para ela ter uma profissão e ser dona do próprio nariz. Quer dizer, é uma forma de empoderamento da mulher."
A coordenadora do Pronatec da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Beatriz Antônio da Natividade, explica que, em Brasília, as mulheres em situação de vulnerabilidade social já são encaminhadas às aulas do Pronatec através do projeto Mulheres Mil, do Ministério da Educação, iniciado neste ano.
Beatriz apoia a proposta em discussão na Câmara, mas acredita que ela poderia ter avançado mais.
"Vem fortalecer as políticas públicas. Mas acredito que também teria que ter inserido algo mais na lei que direcionasse ao mercado de trabalho, não só à capacitação, mas direcionando a própria aluna ao mercado de trabalho."
A inserção no mercado de trabalho é o objetivo de A.C.S., que também está matriculada em um curso do Pronatec na Casa da Mulher de Brasília. Ela passou anos sofrendo com a violência doméstica até ter coragem de procurar ajuda.
A.C.S. também pediu para ter a voz distorcida.
"Se não fosse esse curso, acho que a gente não ia poder fazer nada. Porque condições financeiras mesmo, nenhuma, né? Então é uma grande oportunidade. Maravilhosa. E que o governo veja mais e abra mais oportunidades para as mulheres que passam por esse tipo de violência. Porque só quem passa por esse tipo de violência sabe e entende o que eu estou falando."
O texto de Rôney Nemer incluiu também, entre os que terão atendimento prioritário no programa, os emigrantes brasileiros retornados ao País e os adolescentes entre 16 e 18 anos que participam de programas de acolhimento familiar ou institucional (conforme projetos apensados ao original).
A proposta também foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família e agora será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça. Se aprovada, poderá seguir direto para o Senado Federal.
Reportagem - Mônica Thaty
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