Operação teve como objetivo combater tráfico
de drogas, identificar pontos de venda de drogas, apreender
entorpecentes e localizar e prender traficantes
A prefeitura de São Paulo e o governo do estado realizaram uma
operação policial na região da Cracolândia com o objetivo de combater o
tráfico de drogas, identificar pontos de venda de drogas, apreender
entorpecentes e localizar e prender traficantes. Mas a ação foi polêmica
e o escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e as
Organizações Pan-Americana da Saúde e Mundial da Saúde (OPAS-OMS)
manifestaram nesta segunda-feira (29) preocupação com a possibilidade de
se internar compulsoriamente - e em massa - pessoas usuárias de drogas
em São Paulo.
Segundo a ONU, as políticas públicas de combate às drogas devem se orientar por princípios como a garantia de direitos humanos, o acesso aos mais qualificados métodos de tratamento e serem balizados por evidências científicas.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Paulão (PT-AL), cobra explicações à prefeitura e ao governo de São Paulo sobre a operação. Segundo Paulão, a ação na Cracolândia foi equivocada.
"Uma operação que afronta o princípio da dignidade da pessoa humana. Na realidade, essa temática hoje é uma temática de caráter intranacional. Como você lida com pessoas que têm dependência química: um trabalho na perspectiva da recuperação, da inclusão social e definir do ponto de vista da psicologia e da medicina, técnicas terapêutica que você não pode ressurgir com métodos do passado, a exemplo do nazismo, que tinha um método higienista. O método higienista é você tentar limpar determinados segmentos da sociedade que não tem um comportamento social preconizado por um estado autoritário".
O deputado Victor Lippi (PSDB-SP) discorda e avalia que é necessário fazer algo para combater o tráfico e a violência na região.
"Mas algo precisa ser feito porque todas as tentativas realizadas até agora, nenhuma surtiu bons resultados. O que vemos é uma Cracolândia cada vez mais violenta, com um número maior de dependentes químicos, envolvidos em uma criminalidade crescente ali do entorno e obviamente a participação de criminosos, narcotráfico, e sabemos que a situação é complexa, é difícil e algo precisa ser feito, porque a situação está cada vez pior. É algo que o poder público não pode de forma nenhuma se omitir e acho que a saída passa necessariamente de uma atuação conjunta da segurança e da saúde pública, dando proteção a essas pessoas para que elas possam ser tratadas adequadamente".
A Comissão de Direitos Humanos oficiou o prefeito de São Paulo, João Dória, o governador do estado, Geraldo Alckmin, e o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Poggio Smanio para que deem explicações sobre a ação. O colegiado informou ainda que recebeu denúncia de que a prefeitura autorizou a demolição de um imóvel com pessoas dentro, o que provocou ferimentos em três pessoas.
Segundo a ONU, as políticas públicas de combate às drogas devem se orientar por princípios como a garantia de direitos humanos, o acesso aos mais qualificados métodos de tratamento e serem balizados por evidências científicas.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Paulão (PT-AL), cobra explicações à prefeitura e ao governo de São Paulo sobre a operação. Segundo Paulão, a ação na Cracolândia foi equivocada.
"Uma operação que afronta o princípio da dignidade da pessoa humana. Na realidade, essa temática hoje é uma temática de caráter intranacional. Como você lida com pessoas que têm dependência química: um trabalho na perspectiva da recuperação, da inclusão social e definir do ponto de vista da psicologia e da medicina, técnicas terapêutica que você não pode ressurgir com métodos do passado, a exemplo do nazismo, que tinha um método higienista. O método higienista é você tentar limpar determinados segmentos da sociedade que não tem um comportamento social preconizado por um estado autoritário".
O deputado Victor Lippi (PSDB-SP) discorda e avalia que é necessário fazer algo para combater o tráfico e a violência na região.
"Mas algo precisa ser feito porque todas as tentativas realizadas até agora, nenhuma surtiu bons resultados. O que vemos é uma Cracolândia cada vez mais violenta, com um número maior de dependentes químicos, envolvidos em uma criminalidade crescente ali do entorno e obviamente a participação de criminosos, narcotráfico, e sabemos que a situação é complexa, é difícil e algo precisa ser feito, porque a situação está cada vez pior. É algo que o poder público não pode de forma nenhuma se omitir e acho que a saída passa necessariamente de uma atuação conjunta da segurança e da saúde pública, dando proteção a essas pessoas para que elas possam ser tratadas adequadamente".
A Comissão de Direitos Humanos oficiou o prefeito de São Paulo, João Dória, o governador do estado, Geraldo Alckmin, e o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Poggio Smanio para que deem explicações sobre a ação. O colegiado informou ainda que recebeu denúncia de que a prefeitura autorizou a demolição de um imóvel com pessoas dentro, o que provocou ferimentos em três pessoas.
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