O Ministério do Esporte divulgou nota para ressaltar que foi
publicada nesta sexta-feira, no Diário Oficial da União, a primeira
lista de atletas contemplados pelo Bolsa Pódio de 2017. Esta lista
trouxe 183 competidores olímpicos e paralímpicos que serão patrocinados
no início deste ciclo que visa os Jogos de Tóquio, em 2020.
De acordo com o governo federal, estes atletas custarão um desembolso
de cerca de R$ 23,8 milhões ao ano, por meio do pagamento de bolsas que
variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil, o que representa um aumento de 306% em
relação ao que foi anunciado no Diário Oficial da União em agosto de
2013, então no início do ciclo para a Olimpíada de 2016. Naquela
ocasião, porém, apenas 45 atletas foram contemplados pelo Bolsa Pódio.
A categoria Pódio é a mais alta do programa Bolsa Atleta, que foi
criado em 2013 com o objetivo de patrocinar competidores com potenciais
chances de medalhas ou de disputar finais nos Jogos do Rio. No período
que se encerrou no ano passado, 322 atletas foram contemplados por este
patrocínio do governo, que desembolsou cerca de R$ 60 milhões.
Ou seja, apenas esta lista de beneficiados pelo programa representa
mais de um terço do que foi investido em todo o ciclo olímpico anterior.
Esta nova lista conta com 70 atletas que receberão bolsa pela primeira
vez, entre eles Maicon Siqueira, que conquistou a medalha de bronze na
categoria acima de 80kg no taekwondo do Rio-2016.
Da lista de 183 contemplados pelo programa do governo entre 34
modalidades, 91 são atletas olímpicos, sendo 12 deles medalhistas nos
Jogos de 2016. Já Isabel Clark Ribeiro, competidora do snowboard cross,
se tornou a primeira atleta de modalidade integrante dos Jogos Olímpicos
de Inverno a ser beneficiada pelo Bolsa Atleta.
O investimentos dos atletas olímpicos contemplados nesta primeira
lista será de R$ 10,8 milhões, enquanto o patrocínio destinado aos
outros 92 competidores paralímpicos que completam a lista de 183 ao
total será de R$ 12,9 milhões, sendo que parte deste valor irá para 37
medalhistas na Paralimpíada do Rio.
Outra novidade relacionada aos atletas paralímpicos contemplados no
início desde ciclo que visa Tóquio-2020 é que o programa passou a
beneficiar duas modalidades que não fizeram parte da Paralimpíada de
2016: o hipismo e o tênis em cadeira de rodas.
“É o pontapé inicial para o ciclo olímpico de Tóquio-2020”, afirmou o
ministro do Esporte, Leonardo Picciani, por meio do comunicado
divulgado nesta sexta. “Estamos cumprindo o planejamento de manter os
programas de apoio a nossos atletas e até ampliá-los, mesmo vivendo um
cenário de dificuldades econômicas e orçamentárias”, completou.
E entre os contemplados pela primeira vez pelo Bolsa Pódio, em meio a
este panorama de crise, estão nomes como Caio Bonfim, quarto colocado
da prova dos 20km da marcha atlética nos Jogos do Rio, e Pedro Henrique
da Silva, sexto colocado da canoagem slalom na última Olimpíada, então
na primeira vez em que o Brasil foi à final da modalidade.
Já entre as estrelas que contaram com o apoio da bolsa no ciclo
olímpico anterior e agora voltaram a ter o benefício confirmado estão
Alison e Bruno Schmidt, medalhistas de ouro no vôlei de praia nos Jogos
do Rio. Bruno comemorou o fato de poder continuar contando com este
patrocínio e exaltou a importância do mesmo.
“Nós somos um país imediatista. Vamos chegar na porta de Tóquio e
vamos querer voltar as atenções para os esportes que dão maior
rendimento, vamos ter uma cobrança maior nos atletas para que eles
tenham medalha, mas pouca gente presta atenção no que é feito já no ano
pós-Olimpíada, em 2017. Os atletas precisam se estruturar. A Bolsa Pódio
tem sido fundamental. Tem sido o melhor apoio que tive e me sinto mais
profissional. Posso virar o ano e pensar em um leque de opções que vou
ter para incrementar o meu desempenho”, ressaltou.
Na nota que divulgou nesta sexta, o Ministério do Esporte também
lembrou que o prazo para indicação de atletas à Bolsa Pódio ainda está
aberto e que os mesmos poderão ser indicados até 10 de outubro. Para
concorrer à bolsa, o competidor precisa cumprir as seguintes exigências:
estar em plena atividade, vinculado a uma entidade de prática esportiva
ou a alguma entidade nacional de administração do desporto e entre os
20 primeiros no ranking mundial da modalidade ou prova específica.
“O atleta deve, ainda, ser indicado pelas respectivas entidades
nacionais de administração do desporto em conjunto com o Comitê Olímpico
do Brasil (COB) ou Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Ministério
do Esporte. Também precisa apresentar declaração de recebimento, ou não,
de qualquer tipo de patrocínio de pessoas jurídicas, públicas ou
privadas, apontando valores efetivamente recebidos e os períodos de
vigência dos contratos. Os bolsistas que conquistaram medalhas na última
edição dos Jogos do Rio-2016 têm prioridade na renovação das bolsas,
conforme determina a Lei nº 12.395, de 2011”, informou o governo na nota
desta sexta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário