terça-feira, 31 de outubro de 2017

Londrina registra o maior incêndio do ano

"O maior incêndio do ano", definiu o major do Corpo de Bombeiros, Ezequias Natal. Ele comandou a operação de combate ao fogo que destruiu parte de uma fábrica de fios e sacarias (antiga Carambeí), localizada no Jardim Califórnia, zona leste de Londrina. Por volta das 14 horas desta terça-feira (31), as chamas tomaram um dos galpões da empresa. Além da destruição, funcionários precisaram ser socorridos após inalaram a fumaça. Porém, de acordo com as primeiras informações, ninguém havia se ferido ou corria risco de morte.

Marcos Zanutto
Marcos Zanutto


A causa do incidente é desconhecida. Depois de controlar as chamas, os bombeiros permaneceram no local para evitar que o fogo se alastrasse para outros setores da empresa.

Por causa da proporção do incêndio, viaturas e dezenas de soldados, de todas as regiões da cidade, foram acionados. Quatro caminhões permaneceram no local durante a tarde. Apenas a carreta tanque não foi usada, o cavalo mecânico estaria em manutenção. "Porém esta ausência não comprometeu o trabalho. A carreta sairá da manutenção ainda nesta terça", explicou o Major Natal, dando mais detalhes do atendimento.

"Por causa dos resíduos deste tipo de material, o fogo se espalha com facilidade. Por isso o trabalho de rescaldo será extenso. Foram gastos, até o momento (17 horas), aproximadamente 75 mil litros de água. Mas a previsão é que ao menos 100 mil litros sejam usados nesta operação", disse o Natal.

Segundo ele, os brigadistas da empresa executaram o primeiro combate ao fogo, antes mesmo da chegada dos bombeiros. O major adiantou que não há informações sobre o que pode ter causado o incêndio. "Quando chegamos, notamos que as chamas se reuniam no forro do barracão. Uma máquina usada para filtrar os fios também estava bem avariada, porém somente a perícia poderá apontar o motivo deste incêndio", acrescentou.

POPULAÇÃO APREENSIVA

Ao redor da empresa há bairros residenciais. A população acompanhava apreensiva o vai e vem de viaturas dos Bombeiros. "Moro neste bairro há 20 anos e nunca presenciei um incêndio como esse. Começou fraco, no início da tarde, mas aumentou rapidamente", relatou a universitária Gabriela Demardo. A recepcionista Giovana Melo temia pela vida dos funcionários. "Escutei alguns estouros aí dentro, mas espero que ninguém tenha se machucado", comentou. A reportagem tentou ouvir também os representantes da empresa, porém ninguém falou com a imprensa.
Paulo Monteiro
Grupo Folha

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