quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Economia do Paraná cresceu 2,4% de janeiro a agosto

Indicadores do Estado são melhores que do País. Safra recorde e ajuste fiscal ajudaram

BEM PARANÁ
Campo contribuiu com reação (foto: Divulgação/Coamo)
A recuperação da economia do Paraná ganhou velocidade nos últimos meses. Indicadores do IBGE, Banco Central, Ministério do Trabalho e outros dados setoriais mostram que o Estado não apenas está em trajetória de retomada, mas que está deixando a crise para trás mais rapidamente do que o restante do Brasil, com bons resultados no agronegócio, na indústria, no comércio, serviços, nas exportações e na geração de emprego. De acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, a economia do Paraná cresceu 2,4% de janeiro a agosto de 2017.
O indicador é considerado uma prévia do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período, o Brasil registrou avanço bem mais tímido, de 0,31%. Depois de uma retração de 2,6% em 2016, a estimativa para a economia paranaense era de crescimento de 1,5% em 2017. Se confirmado, será um crescimento bem maior do que o do Brasil, que deve registrar alta de 0,5% no PIB.
“Com esse desempenho, devemos em breve revisar para próximo de 2% nossa estimativa de crescimento para o PIB do Estado em 2017”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), ligado à Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral.
Na avaliação do economista e consultor Gilmar Mendes Lourenço, professor da FAE Business School, a economia do Estado vai melhor que a média brasileira devido a três fatores. De um lado, o agronegócio se beneficiou da safra recorde, da boa demanda e dos bons preços internacionais.
A desaceleração da China, principal comprador de produtos paranaenses, foi menor do que a esperada e o gigante asiático já retomou o seu ritmo. “Por último temos o ajuste fiscal, que permitiu uma melhora do setor público, com superávit primário e redução da relação entre dívida e receita corrente líquida”, afirma.

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