Agressão contra professores e falta de diálogo entre escola e comunidade foram temas em destaque durante audiência pública da Comissão de Educação da Câmara
Especialistas em educação fizeram um alerta sobre os diversos
tipos de violência em sala de aula, que envolvem agressão contra
professores, alto rendimento exigido dos alunos e ausência de diálogo
entre escola e comunidade. O assunto foi tema de audiência pública da
Comissão de Educação da Câmara.
Subiu de 52% em 2013 para 57,5% em 2015 a quantidade de escolas públicas brasileiras com ao menos 2 professores vítimas de algum tipo de violência. Os dados são da pesquisa Prova Brasil que entrevistou diretores, alunos e professores do 5º e 9º anos do ensino fundamental em 2015. Segundo Caio Callegari, do movimento Todos pela Educação, os professores podem ajudar a reverter esse quadro. Ele citou uma política pública bem-sucedida aplicada no município de Taboão da Serra em São Paulo.
"Ao levar os professores para a casa dos estudantes, para que eles conversassem com as famílias, e ao trazer as famílias para dentro do contexto escolar, para participar efetivamente das decisões escolares, o que se teve como resultado foi a resolução de muitos conflitos domésticos e que resultou também numa redução de conflitos dentro da escola, porque eles estão muito relacionados."
A necessidade de reunir educadores e familiares em torno de assuntos polêmicos, como a orientação sexual, foi destacada pela deputada Pollyana Gama (PPS-SP), que solicitou a audiência e falou sobre sua experiência como professora:
"Era importante ouvir essas famílias, antes mesmo de apresentar o conteúdo na sala de aula. É algo que sempre orientei, até quando fui diretora de escola, tratando dessas questões, ainda mais num momento em que a gente tem ainda muitos tabus a serem vencidos."
Já a representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ângela Soligo, destacou o incentivo ao uso indiscriminado de remédios para aumento de performance, como exemplo de violência contra jovens e crianças na sala de aula:
"No Brasil, o uso de Ritalina que é um psicoativo tarja preta só é menor do que nos Estados Unidos e o crescimento é exponencial. Em dez anos, nós tivemos um crescimento do consumo de Ritalina de mais de 700%. E muito desse consumo é aplicado a crianças e jovens na escola"
A Ritalina é um tipo de anfetamina que atua no sistema nervoso central, mantendo o estado de alerta, é indicada para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ou narcolepsia.
Na pesquisa "Violência e Preconceitos na Escola", realizada pelo Conselho Federal de Psicologia entre 2013 e 2015, os alunos denunciam a ausência de diálogo com diretores e coordenadores pedagógicos, o que reforçaria uma conduta de "silenciamento". Também foi apontado o preconceito racial, de gênero, de orientação sexual e, no Norte, contra os indígenas.
Subiu de 52% em 2013 para 57,5% em 2015 a quantidade de escolas públicas brasileiras com ao menos 2 professores vítimas de algum tipo de violência. Os dados são da pesquisa Prova Brasil que entrevistou diretores, alunos e professores do 5º e 9º anos do ensino fundamental em 2015. Segundo Caio Callegari, do movimento Todos pela Educação, os professores podem ajudar a reverter esse quadro. Ele citou uma política pública bem-sucedida aplicada no município de Taboão da Serra em São Paulo.
"Ao levar os professores para a casa dos estudantes, para que eles conversassem com as famílias, e ao trazer as famílias para dentro do contexto escolar, para participar efetivamente das decisões escolares, o que se teve como resultado foi a resolução de muitos conflitos domésticos e que resultou também numa redução de conflitos dentro da escola, porque eles estão muito relacionados."
A necessidade de reunir educadores e familiares em torno de assuntos polêmicos, como a orientação sexual, foi destacada pela deputada Pollyana Gama (PPS-SP), que solicitou a audiência e falou sobre sua experiência como professora:
"Era importante ouvir essas famílias, antes mesmo de apresentar o conteúdo na sala de aula. É algo que sempre orientei, até quando fui diretora de escola, tratando dessas questões, ainda mais num momento em que a gente tem ainda muitos tabus a serem vencidos."
Já a representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ângela Soligo, destacou o incentivo ao uso indiscriminado de remédios para aumento de performance, como exemplo de violência contra jovens e crianças na sala de aula:
"No Brasil, o uso de Ritalina que é um psicoativo tarja preta só é menor do que nos Estados Unidos e o crescimento é exponencial. Em dez anos, nós tivemos um crescimento do consumo de Ritalina de mais de 700%. E muito desse consumo é aplicado a crianças e jovens na escola"
A Ritalina é um tipo de anfetamina que atua no sistema nervoso central, mantendo o estado de alerta, é indicada para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ou narcolepsia.
Na pesquisa "Violência e Preconceitos na Escola", realizada pelo Conselho Federal de Psicologia entre 2013 e 2015, os alunos denunciam a ausência de diálogo com diretores e coordenadores pedagógicos, o que reforçaria uma conduta de "silenciamento". Também foi apontado o preconceito racial, de gênero, de orientação sexual e, no Norte, contra os indígenas.
Reportagem - Emanuelle Brasil
radio camara
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