Aplicação deverá ser preferencialmente subcutânea já a partir deste ano
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) definiu
que em maio de 2019 começará a ser aplicada a vacina contra a febre
aftosa de 2 ml. Todo o calendário de vacinação deste ano segue sem
mudanças, em maio e em novembro, com a vacina de 5 ml. A forma de
aplicação do produto, no entanto, deverá ser preferencialmente
subcutânea (abaixo do couro do animal) e não intramuscular, já a partir
da primeira fase de vacinação em maio próximo, para maior eficiência do
produto e para evitar perdas no abate.
Integrantes da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e da iniciativa
privada avançaram nos entendimentos sobre mudanças na vacina. Segundo o
secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, é preciso cautela,
medidas técnicas e estudos científicos, pois o Brasil está em fase final
de erradicação da aftosa e de reconhecimento de país livre da doença
com vacinação, status que deverá ser obtido internacionalmente, no
próximo mês de maio, junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
“A ambição do Mapa é ousada e faremos tudo para atingir os objetivos,
apesar do tamanho do território brasileiro e do grande número de
animais”, afirmou o secretário.
O diretor de Departamento de Saúde Animal (DSA), Guilherme Marques,
disse que o setor produtivo mostra maturidade e a convicção de que tudo
deverá ser feito dentro de critérios técnicos. “Não se trata apenas de
redução de uma dose da vacina, pois implica em mudança do processo de
produção, exigindo, além dos testes laboratoriais, testes de eficácia no
campo”, explica.
Marques informou que existe o pleito do setor privado de que animais
com mais de 30 meses não sejam vacinados, o que depende de decisões
técnicas e científicas. “O setor deve apresentar seus argumentos para a
mudança”. E explicou que o pleito pode ser incluído ainda neste ano na
revisão da Instrução Normativa 44, que fixa normas do programa da febre
aftosa, para viabilizar mudança na vacina e para que estados revisem
suas legislações.
A retirada completa da vacinação deverá acontecer em 2021, conforme
prevê o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa
(PNEFA).
Fonte: Ministério da Agricultura
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