Pode atingir mais de 400 espécies diferentes
O mofo branco foi uma das doenças que mais contribuiu para a redução da
 produtividade nas lavouras de soja na safra 2017/2018, atingindo, 
principalmente, a região Nordeste do Rio Grande do Sul. O fungo é um 
problema para grande parte dos agricultores já que pode atingir mais de 
400 espécies diferentes, incluindo soja, feijão e batata, que são muito 
cultivadas no Sul do País.
 A doença é causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum e pode se 
manifestar com severidade em áreas acima de 600 metros de altitude, onde
 a umidade é alta e as temperaturas variam entre 10°C e 21°C. Carlos R. 
Dellavalle Filho, consultor técnico e Engenheiro Agrônomo na Deagro, 
explica essas condições fazem do Rio Grande do Sul um local favorável 
para a proliferação do fungo. "Existem diversos relatos de perdas de 
produtividade na região nesse ano de 2018. Isso pode representar um 
grande prejuízo para o agricultor", afirma.
 De acordo com o agrônomo, muitos sojicultores gaúchos consideram que 
essa é uma doença nova, mas na verdade, a área de abrangência do mofo 
branco está aumentando de maneira gradativa ao longo dos quatro últimos 
anos. Para Dellavalle, temperaturas amenas e umidade durante a noite são
 uma das principais condições que favorecem a proliferação e germinação 
do patógeno. "Não podemos esquecer também dos escleródios, os quais já 
estão no solo dos anos anteriores, o que nos faz pensar como vamos 
controlar esse fungo", comenta.
 Dellavalle também alerta que não existe um só produto que solucionará o
 mofo branco e que a doença deve ser controlada com um programa de 
manejo integrado. "Isso inclui rotação de culturas, boa palhada 
(barreira física), uso de controle biológico (Trichoderma spp.), 
controle químico, genética no que se refere a arquitetura de planta, 
semente de boa qualidade e aumentar espaçamento entre linhas para 
melhorar aeração", conclui. 
    Fonte: Agrolink    
    
        
    
 
 
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