A maioria dos membros da Primeira Turma do Supremo Tribunal 
Federal (STF) decidiu há pouco pelo recebimento da denúncia da 
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Aécio Neves 
(PSDB-MG) pelos crimes de corrupção e obstrução de Justiça. As acusações
 fazem parte de um dos inquéritos resultantes da delação do empresário 
Joesley Batista, do grupo J&F. Com a decisão, o senador se torna réu
 no processo.
A decisão foi tomada com base no voto do ministro 
Marco Aurélio, relator do caso. Para o ministro, o fato de o senador ter
 sido gravado por Joesley e citar que tentaria influi na nomeação de 
delegados da Polícia Federal mostra indício dos crimes que teriam sido 
praticados por ele.
Também são alvos da mesma denúncia e também se
 tornarão réus a irmã do senador Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco
 e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé 
Perrella (PMDB-MG), flagrado com dinheiro vivo. Todos foram acusados de 
corrupção passiva.
Brasília - Os ministro do STF, Rosa Weber e 
Marco Aurélio Mello durante reunião para julgar o inquérito  em que o 
senador Aécio Neves é acusado de corrupção passiva e obstrução de 
Justiça
Os ministro do STF Rosa Weber e Marco Aurélio Mello durante julgamento do inquérito em que o senador Aécio Neves é acusado de corrupção passiva e obstrução de Justiça - José Cruz/Agência Brasil
Segundo a denúncia, apresentada há mais de 10 meses, Aécio pediu a Joesley Batista, em conversa gravada pela Polícia Federal (PF), R$ 2 milhões em propina, em troca de sua atuação política. O senador foi acusado pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Os ministro do STF Rosa Weber e Marco Aurélio Mello durante julgamento do inquérito em que o senador Aécio Neves é acusado de corrupção passiva e obstrução de Justiça - José Cruz/Agência Brasil
Segundo a denúncia, apresentada há mais de 10 meses, Aécio pediu a Joesley Batista, em conversa gravada pela Polícia Federal (PF), R$ 2 milhões em propina, em troca de sua atuação política. O senador foi acusado pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot.
A obstrução 
ocorreu de “diversas formas”, segundo a PGR, como por meio de pressões 
sobre o governo e a Polícia Federal para escolher os delegados que 
conduziriam os inquéritos da Lava Jato e também de ações vinculadas à 
atividade parlamentar, a exemplo de interferência para a aprovação do 
Projeto de Lei de Abuso de Autoridade (PLS 85/2017) e da anistia para 
crime de caixa dois.
No início da sessão, o advogado Alberto Toron, que representa o senador Aécio Neves afirmou que o valor era fruto de um empréstimo e que o simples fato de ele possuir mandato no Senado não o impede de pedir dinheiro a empresários.
No início da sessão, o advogado Alberto Toron, que representa o senador Aécio Neves afirmou que o valor era fruto de um empréstimo e que o simples fato de ele possuir mandato no Senado não o impede de pedir dinheiro a empresários.
 
 
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