"Terei oportunidade de poder provar de forma clara e definitiva a absoluta correção dos meus atos", disse o senador
Réu por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou na tarde desta terça-feira, 17, no Senado que já esperava por esse resultado e recebeu com “absoluta tranquilidade” a decisão da 1ª turma da corte.
“Terei oportunidade que não tive até aqui de poder provar de forma
clara e definitiva a absoluta correção dos meus atos”, afirmou a
jornalistas num breve pronunciamento, fora da tribuna. Aécio não
respondeu a questionamentos da imprensa.
O tucano repetiu a tese de sua defesa, segundo a qual o pedido de R$ 2
milhões gravado pelo delator e dono da JBS Joesley Batista era um favor
da esfera privada e não se vinculava a sua atuação como parlamentar nem
à interferência do senador, em defesa de interesses da empresa, no
governo.
“Estou sendo processado por ter aceitado empréstimo de um empresário,
portanto recursos privados de origem lícita para pagar meus advogados.
Não houve dinheiro público envolvido, ninguém foi lesado nessa
operação”, disse o tucano.
Segundo Aécio, os donos da JBS, ao delatá-lo, tentam escapar de
crimes que cometeram. “O que houve foi gravíssima ilegalidade no momento
em que esses empresários, réus confessos em inúmeros crimes, associados
a membros do Ministério Público, o que é mais grave, tentam dar a
impressão de alguma ilegalidade a toda essa operação, repito, privada,
para se verem livres dos inúmeros crimes que cometeram. É preciso que
estejamos atentos aos crimes que foram cometidos por esses agentes. A
outra acusação que me fazem diz respeito a essa Casa do Congresso
Nacional. Sou acusado por votos que dei e opiniões que cometi.”
Em seguida, a assessoria de imprensa do tucano divulgou nota em que
voltou a falar em “serenidade” diante da decisão que o tornou réu. Ele
afirma ser inocente e vítima de uma “ardilosa armação de criminosos
confessos”.
Leia a íntegra da nota do senador Aécio Neves:
“Recebo com serenidade a decisão da 1ª Turma do STF, confiante de
que, agora, haja espaço para a apresentação e avaliação das provas da
defesa.
Estou sendo acusado tendo como base uma ardilosa armação de
criminosos confessos, aliados a membros do Ministério Público, que
construíram um enredo para aparentar que cometi alguma ilegalidade. Não
cometi crime algum.
Minha prioridade será apresentar à Justiça todos os fatos que
demonstram a absoluta correção dos meus atos e de meus familiares. Não
tenho dúvida de que isso será demonstrado. A verdade há de prevalecer.
Não posso deixar de alertar que as denúncias que hoje a mim fazem
foram construídas sobre sucessivas ilegalidades. É preciso que a
Justiça reconheça em definitivo que não se pode considerar válidas
denúncias originadas de um flagrante armado com o intuito de gerar
impressão de crime, já que não há qualquer prova de que crime houve.
É preciso ainda esclarecer que a atividade parlamentar não pode
ser criminalizada por aqueles que não concordam com opiniões e propostas
apresentadas por deputados e senadores. E isso não em meu benefício, e
sim em respeito à lei, à democracia. Não esmorecerei enquanto não provar
minha inocência. Vou fazê-lo em respeito à minha vida pública, à minha
família e aos milhares de brasileiros, e especialmente mineiros, que
confiaram em mim durante 32 anos de mandatos consecutivos.”
estadão conteudo
Por favor, dê os devidos créditos e faça o link para conteúdo do nosso portal que você está copiando. Obrigado!
Publicado primeiro em Portal Banda B » ‘Recebo com tranquilidade a decisão da primeira turma do STF’, diz Aécio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário