Os foliões de Antonina, no litoral do Paraná, se mobilizaram e, após
muita pressão, o prefeito em exercício Wilson Clio de Almeida Filho
(PSC), anunciou na noite desta terça-feira (19) que a cidade vai ter
carnaval este ano sim. O prefeito revogou o decreto do dia anterior que
adiava o carnaval da cidade para julho por causa da dengue. A mudança
aconteceu depois que representantes de escolas de samba e blocos
carnavalescos do município foram até a sessão da Câmara pedir que a
festa não fosse cancelada.
Com bateria do lado de fora e muito barulho, os foliões conseguiram o
que queriam e a festa está mantida em fevereiro. Entre os manifestantes
também estavam vários comerciantes e donos de hotéis e pousadas da
cidade, que temiam um grande prejuízo com o cancelamento do carnaval
este ano.
Em entrevista à Banda B, o prefeito afirmou que
revogou o decreto porque recebeu um laudo técnico da Secretaria Estadual
de Saúde (Sesa) explicando que a cidade não oferece riscos em relação à
doença. “Quando assinei o decreto adiando o carnaval de Antonina para
julho ainda não tinha recebido o laudo da Secretaria de Saúde informando
que não havia risco para a cidade em relação a dengue. Assim que recebi
o laudo, revoguei o decreto. Além disso, os dois casos de dengue aqui
no município são de pessoas que foram contaminadas em Paranaguá, não
aqui”, afirmou Almeida Filho.
O carnaval de Antonina é um dos mais tradicionais do Paraná e todo
ano atrai milhares de foliões para brincar nas ruas da cidade e assistir
aos desfiles de blocos e escolas de samba.
Já em Paranaguá, cidade que tem o maior número casos de dengue do
estado, com 614 pessoas contaminadas até o momento, o carnaval permanece
suspenso. A folia, porém, está confirmada nas cidades de Guaratuba,
Pontal e Matinhos, todas no litoral.
A doença
Segundo último boletim da Secretaria estadual de Saúde, divulgado
nesta terça-feira (19), aumentou de 1.956 para 2.203 o número total de
casos de dengue no Paraná desde agosto do ano passado. Até o momento,
dois moradores de Paranaguá morreram em decorrência de complicações da
doença.
Outras três mortes estão sob investigação. São dois casos de Foz do
Iguaçu e um de Paranaguá. Sete cidades estão em condição de epidemia da
doença. Além de Paranaguá, com 614 casos, as outras cidades são: Mamborê
(56), Cambará (93), Munhoz de Mello (43), Santa Isabel do Ivaí (35),
Itambaracá (25) e Guaraci (19).
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