Além dos casos que permanecem em investigação e dos que já tiveram confirmação, 462 foram descartados
londrix
O Ministério da Saúde investiga 3.448 casos suspeitos de
microcefalia em todo o país. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira
(27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de
microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus Zika. Outros 462 casos
notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de
microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.
“Em relação ao boletim divulgado no dia 20 de janeiro, é possível
constatar a tendência de redução no número de notificações. O aumento
identificado em uma semana de casos notificados foi de 7%. No entanto, a
quantidade de casos descartados cresceu 63%, passando de 282 para os
atuais 462”, ressaltou Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.
No total, foram notificados 68 óbitos por malformação congênita após
o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento espontâneo).
Destes, 12 foram confirmados para a relação com infecção congênita,
todos na região Nordeste, sendo 10 no Rio Grande do Norte, um no Ceará e
um no Piauí. Continuam em investigação 51 mortes e outras cinco já
foram descartadas.
Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os
casos de microcefalia ou malformações informados pelos estados, e a
possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A
microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do
Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola,
Citomegalovírus e Herpes Viral.
De acordo o informe, os 4.180 casos noticiados, desde o início das
investigações no dia 22 de outubro do ano passado – foram registrados em
830 municípios de 24 unidades da federação. A região Nordeste concentra
86% dos casos notificados, sendo que Pernambuco continua com o maior
número de casos que permanecem em investigação (1.125), seguido dos
estados da Paraíba (497), Bahia (471), Ceará (218), Sergipe (172),
Alagoas (158), Rio Grande do Norte (133), Rio de Janeiro (122) e
Maranhão (119).
Até o momento, estão com circulação autóctone do vírus Zika 22
unidades da federação. São elas: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal,
Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso,
Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e
Paraná.
TESTAGEM – Atualmente, a circulação do Zika é confirmada por meio de
teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. A partir da
confirmação em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são
feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas. O Ministério da
Saúde distribuirá 500 mil testes para realizar o diagnóstico de PCR
(biologia molecular) para o vírus Zika.
Com isso, os laboratórios públicos ampliarão em 20 vezes a
capacidade dos exames, passando de mil para 20 mil diagnósticos mensais.
As primeiras 250 mil unidades tem entrega prevista para fevereiro,
inicialmente aos 27 laboratórios, sendo quatro de referência e 23
Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN). A previsão é que os
outros 250 mil testes estejam disponíveis a partir do segundo semestre.
No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 6 milhões para a aquisição
dos produtos.
A recomendação do Ministério de Saúde, conforme Protocolo de
Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia, é que sejam
priorizadas, para a realização do teste, mulheres grávidas com sintomas
do vírus Zika, gestantes com bebê microcefálico, além de recém-nascidos
com suspeita de microcefalia.
ORIENTAÇÃO – O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem
medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de
doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de
mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e
camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para
gestantes.
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