A indústria de carnes driblou a crise e fechou o ano na liderança da
geração de empregos no Paraná em 2015. O abate de suínos, aves e outros
pequenos animais encerrou o ano com um saldo positivo de 5.078 empregos
no Estado. Os dados são do Cadastro de Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, que mede a
diferença entre admitidos e demitidos no período.
Em segundo lugar no ranking ficou o setor de fabricação de máquinas e equipamentos para a prospecção e extração de petróleo, com saldo de 2.453, seguido por atividades de teleatendimento (2.367), apoio à gestão de saúde (2.102) e fornecimento de gestão de recursos humanos para terceiros (1.373).
Impulsionado por novos investimentos e pelas exportações, os frigoríficos de frangos e suínos seguiram ganhando espaço mesmo com a desaceleração da economia brasileira. “O setor vem se beneficiando, no mercado interno, da substituição, por parte do consumidor, da carne bovina, que ficou mais cara. Nas exportações, por sua vez, a venda de cortes de frango e suínos tem sido alavancada pelo câmbio, com a supervalorização do dólar”, diz Suelen Glinski Rodrigues dos Santos, economista do Observatório do Trabalho da Secretaria estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social.
O Paraná é atualmente o maior produtor e exportador de frango do País. Em 2015, as exportações paranaenses de frango bateram um novo recorde, com avanço de 15% sobre 2014 e totalizaram 1,48 milhão de toneladas. Já as vendas externas de suínos cresceram 43,3%, para 64,4 mil toneladas, na mesma base de comparação.
NOVOS FRIGORÍFICOS - O desempenho também vem sendo influenciado pela instalação de novos frigoríficos no Estado. Um levantamento realizado pelo Observatório do Trabalho com dados da RAIS mostra que, entre 2006 e 2014, a quantidade de estabelecimentos para abate de suínos, aves e pequenos animais cresceu 35%, passando de 102 para 138, de acordo com dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) do IBGE.
“Os dados apontam para um desenvolvimento importante do Paraná nesse setor, com grandes frigoríficos concentrando grande parcela dos trabalhadores formais. Em média, a instalação de cada frigorífico representa a geração de 540 empregos”, diz.
A maioria dos empregos está concentrada nas regiões Oeste, Norte Central e Sudeste do Estado. Juntas, elas responderam por 76,37% do estoque de empregos do setor.
EFEITO MULTIPLICADOR - O abate de aves e suínos também puxou a geração de empregos em outras atividades. Pelo menos outras três categorias foram beneficiadas pelo vigor da produção dos frigoríficos: comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano e animal, com saldo positivo de 954 vagas; criação de aves (762); atividades de apoio à agricultura (703).
O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, que reúne os frigoríficos do Estado, calcula que atualmente pelo menos 10% dos empregos no Paraná têm alguma relação, direta ou indireta, com a cadeia da avicultura.
OUTROS SETORES – Além da agropecuária, que tem segurado a geração de empregos no Estado, os investimentos da Techint na área de plataforma de petróleo no Litoral e da Klabin na construção de uma fábrica de papel em Ortigueira, nos Campos Gerais, fizeram com que a crise do emprego demorasse um pouco mais para chegar ao Paraná em 2015. “Tivemos até março números positivos, quando outras economias, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, já apresentavam números ruins”. Mesmo assim, o Paraná sentiu o efeito da crise e fechou 2015 com um saldo negativo de 75 mil vagas entre admitidos e demitidos. A agropecuária e a administração pública foram os setores com resultado positivo, com 3.063 e 93 postos de trabalho gerados respectivamente, de acordo com dados do Caged.
Em segundo lugar no ranking ficou o setor de fabricação de máquinas e equipamentos para a prospecção e extração de petróleo, com saldo de 2.453, seguido por atividades de teleatendimento (2.367), apoio à gestão de saúde (2.102) e fornecimento de gestão de recursos humanos para terceiros (1.373).
Impulsionado por novos investimentos e pelas exportações, os frigoríficos de frangos e suínos seguiram ganhando espaço mesmo com a desaceleração da economia brasileira. “O setor vem se beneficiando, no mercado interno, da substituição, por parte do consumidor, da carne bovina, que ficou mais cara. Nas exportações, por sua vez, a venda de cortes de frango e suínos tem sido alavancada pelo câmbio, com a supervalorização do dólar”, diz Suelen Glinski Rodrigues dos Santos, economista do Observatório do Trabalho da Secretaria estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social.
O Paraná é atualmente o maior produtor e exportador de frango do País. Em 2015, as exportações paranaenses de frango bateram um novo recorde, com avanço de 15% sobre 2014 e totalizaram 1,48 milhão de toneladas. Já as vendas externas de suínos cresceram 43,3%, para 64,4 mil toneladas, na mesma base de comparação.
NOVOS FRIGORÍFICOS - O desempenho também vem sendo influenciado pela instalação de novos frigoríficos no Estado. Um levantamento realizado pelo Observatório do Trabalho com dados da RAIS mostra que, entre 2006 e 2014, a quantidade de estabelecimentos para abate de suínos, aves e pequenos animais cresceu 35%, passando de 102 para 138, de acordo com dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) do IBGE.
“Os dados apontam para um desenvolvimento importante do Paraná nesse setor, com grandes frigoríficos concentrando grande parcela dos trabalhadores formais. Em média, a instalação de cada frigorífico representa a geração de 540 empregos”, diz.
A maioria dos empregos está concentrada nas regiões Oeste, Norte Central e Sudeste do Estado. Juntas, elas responderam por 76,37% do estoque de empregos do setor.
EFEITO MULTIPLICADOR - O abate de aves e suínos também puxou a geração de empregos em outras atividades. Pelo menos outras três categorias foram beneficiadas pelo vigor da produção dos frigoríficos: comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano e animal, com saldo positivo de 954 vagas; criação de aves (762); atividades de apoio à agricultura (703).
O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, que reúne os frigoríficos do Estado, calcula que atualmente pelo menos 10% dos empregos no Paraná têm alguma relação, direta ou indireta, com a cadeia da avicultura.
OUTROS SETORES – Além da agropecuária, que tem segurado a geração de empregos no Estado, os investimentos da Techint na área de plataforma de petróleo no Litoral e da Klabin na construção de uma fábrica de papel em Ortigueira, nos Campos Gerais, fizeram com que a crise do emprego demorasse um pouco mais para chegar ao Paraná em 2015. “Tivemos até março números positivos, quando outras economias, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, já apresentavam números ruins”. Mesmo assim, o Paraná sentiu o efeito da crise e fechou 2015 com um saldo negativo de 75 mil vagas entre admitidos e demitidos. A agropecuária e a administração pública foram os setores com resultado positivo, com 3.063 e 93 postos de trabalho gerados respectivamente, de acordo com dados do Caged.
ae noticias
Nenhum comentário:
Postar um comentário