Em pronunciamento, o presidente da Upes, Matheus dos Santos, afirmou que os estudantes farão uma assembleia na quarta-feira
- Por Marcos Xavier Vicente / tribuna paraná
Após o assassinato de um estudante de 16 anos na Escola
Estadual Santa Felicidade, em Curitiba, segunda-feira (24), os líderes
do Movimento Ocupa Paraná pedem ao governo estadual para que aguarde a
assembleia dos alunos para tentar chegar a um consenso sobre a
reabertura das escolas e o retorno à aulas. Em pronunciamento na manhã
desta terça-feira (25), o presidente da União Paranaense dos Estudantes
Secundaristas (Upes), Matheus dos Santos, confirmou a data da assembleia
dos alunos das 850 escolas ocupadas para as 8 horas desta quarta-feira
(26) – o local não foi revelado.
“Acreditamos que o governo do estado deva aguardar o resultado da
nossa assembleia e acate as pautas que serão levantadas para que
possamos dar fim a este impasse”, afirma a Upes, em nota lida por
Santos.
O presidente da Upes afirma que a tentativa do governo em usar o
assassinato para tentar desarticular as ocupações é perseguição. “A
partir da hora em que há um réu confesso, não tem mais discussão [sobre
uma possível culpa do movimento na morte]”, afirma Santos. “O motivo do
crime não está ligado à ocupação. Não há porque nos culpar. Essa é uma
manobra para desarticular o nosso movimento, que é pacífico”, enfatiza o
vice-presidente da Upes, Marcelo Miranda.
Segurança
Antes do pronunciamento na Upes, representantes do Ocupa Paraná
expuseram em reunião com o procurador-geral de Justiça Ivonei Sfoggia a
preocupação de que com o assassinato no Colégio Santa Felicidade os
ânimos se acirrem entre os estudantes pró e contra as ocupações.
“Cobramos o Ministério Público e a Defensoria Pública para que deem
garantias de segurança aos estudantes que estão nas escolas ocupadas”,
explica Santos.
Na nota lida na Upes, o movimento repudia as incitações de violência
contra os alunos das escolas ocupadas. Inclusive por parte do governo. “
Tais atitudes não contribuem em nada para a resolução do conflito”,
reforça a nota.
Por outro lado, os líderes do Ocupa Paraná prometem que vão reforçar
as orientações aos estudantes sobre as regras das ocupações, que proíbem
a entrada nas escolas de bebidas alcoólicas, drogas, armas, entre
outras coisas
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