Está na pauta do Supremo Tribunal Federal uma ação com o objetivo de permitir que mulheres contaminadas pelo Zika vírus tenham permissão para realizar o aborto
A possibilidade de o Supremo Tribunal Federal autorizar
mulheres que contraíram o vírus Zika a realizar aborto mobiliza famílias
e organizações contrárias à interrupção da gravidez.
Em audiência pública da comissão da Câmara voltada à defesa dos direitos das pessoas com deficiência, pessoas envolvidas com o drama da microcefalia relataram experiências e defenderam que, apesar das dificuldades e do preconceito, o aborto não seria a melhor opção.
Esta é o caso de Viviane Lima, que tem uma filha de 18 anos com microcefalia. Viviane contou da luta por atendimento especializado, medicamentos, alimentação especial e até benefícios previdenciários. Mas o maior desafio, segundo ela, é o preconceito.
"Foram muitas dificuldades, mas a maior delas nesse tempo todo foi a questão do preconceito. Nós temos uma sociedade que não está preparada para receber nossos filhos de forma alguma. E com o decorrer do tempo, as dificuldades foram mudando. Quando nasceram, disseram que não iam andar, não iam falar. Elas começaram a andar, começaram a falar. Disseram que não iam viver 24 horas e estão vivas até hoje."
Quando a filha de Viviane nasceu, ninguém sabia o que era microcefalia. O surto de Zika há dois anos deu visibilidade a um problema que não recebia atenção das autoridades. Com 2.385 casos confirmados de microcefalia associados ao vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o assunto ganhou as manchetes e provocou pânico nas gestantes, reacendendo a polêmica sobre o aborto no Brasil.
Está na pauta do Supremo uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com o objetivo de permitir que mulheres contaminadas pelo vírus da Zika tenham permissão para realizar o aborto.
Maria Ester Vilela, do Ministério da Saúde, destaca a complexidade do tema.
"Uma mulher que está desesperada porque contraiu a Zika, ela se decidir interromper a gravidez, ela vai fazer" (+) ""Uma gravidez indesejada é uma situação, pra mulher, crítica, situação que põe em risco sua vida. Nós não queremos isso para as mulheres" (+) "A gravidez sendo desejada, a mulher enfrenta melhor as situações adversas decorrentes de uma gravidez com problema, um feto com problema."
Mas para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, deputada Rosinha da Adefal, do PTdoB de Alagoas, a deficiência não pode ser justificativa para o aborto.
"A gente precisa fazer um grito forte para que o STF, para que os ministros escutem e, como a gente, eles digam não ao aborto, digam não à legalização da morte em virtude da deficiência. Eu não admito que usem a justificativa da deficiência para a legalização do aborto."
O STF ainda não marcou data para o julgamento sobre aborto em caso de microcefalia.
Em audiência pública da comissão da Câmara voltada à defesa dos direitos das pessoas com deficiência, pessoas envolvidas com o drama da microcefalia relataram experiências e defenderam que, apesar das dificuldades e do preconceito, o aborto não seria a melhor opção.
Esta é o caso de Viviane Lima, que tem uma filha de 18 anos com microcefalia. Viviane contou da luta por atendimento especializado, medicamentos, alimentação especial e até benefícios previdenciários. Mas o maior desafio, segundo ela, é o preconceito.
"Foram muitas dificuldades, mas a maior delas nesse tempo todo foi a questão do preconceito. Nós temos uma sociedade que não está preparada para receber nossos filhos de forma alguma. E com o decorrer do tempo, as dificuldades foram mudando. Quando nasceram, disseram que não iam andar, não iam falar. Elas começaram a andar, começaram a falar. Disseram que não iam viver 24 horas e estão vivas até hoje."
Quando a filha de Viviane nasceu, ninguém sabia o que era microcefalia. O surto de Zika há dois anos deu visibilidade a um problema que não recebia atenção das autoridades. Com 2.385 casos confirmados de microcefalia associados ao vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o assunto ganhou as manchetes e provocou pânico nas gestantes, reacendendo a polêmica sobre o aborto no Brasil.
Está na pauta do Supremo uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com o objetivo de permitir que mulheres contaminadas pelo vírus da Zika tenham permissão para realizar o aborto.
Maria Ester Vilela, do Ministério da Saúde, destaca a complexidade do tema.
"Uma mulher que está desesperada porque contraiu a Zika, ela se decidir interromper a gravidez, ela vai fazer" (+) ""Uma gravidez indesejada é uma situação, pra mulher, crítica, situação que põe em risco sua vida. Nós não queremos isso para as mulheres" (+) "A gravidez sendo desejada, a mulher enfrenta melhor as situações adversas decorrentes de uma gravidez com problema, um feto com problema."
Mas para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, deputada Rosinha da Adefal, do PTdoB de Alagoas, a deficiência não pode ser justificativa para o aborto.
"A gente precisa fazer um grito forte para que o STF, para que os ministros escutem e, como a gente, eles digam não ao aborto, digam não à legalização da morte em virtude da deficiência. Eu não admito que usem a justificativa da deficiência para a legalização do aborto."
O STF ainda não marcou data para o julgamento sobre aborto em caso de microcefalia.
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