Dos oito setores pesquisados, o Paraná teve resultado positivo em seis. Além da indústria e serviços, destaques para a agropecuária (2.750), administração pública (194), construção civil (184) e serviços industriais de utilidade pública (125)
O Paraná seguiu a tendência de recuperação do mercado de trabalho em
julho, com um saldo de 959 vagas. Com isso, o Estado já acumula, de
janeiro a julho, a criação de 24.041 empregos com carteira assinada, já
descontadas as demissões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Foi o quinto melhor saldo do país, atrás de São Paulo (86.049), Minas
Gerais (68.454), Goiás (45.142) e Mato Grosso (26.510). No Sul, o
Paraná liderou a geração de emprego, à frente de Santa Catarina (22.458)
e Rio Grande do Sul (262).
Para Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes, os dados
confirmam a recuperação gradativa do mercado de trabalho. “Talvez não na
velocidade desejada, mas o Paraná vem degrau por degrau melhorando os
níveis de abertura de novas vagas”, diz.
O secretário de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos,
Artagão Júnior, diz que os números consolidam o processo de retomada
definitiva da geração de emprego, com mais um mês de saldo positivo.
“Estamos em uma crescente, e isso concretiza e mantém as decisões do
governador Beto Richa que foram certas. Com isso a economia dá sinais de
recuperação em seus segmentos e consolida o Paraná entre os melhores
estados colocados”.
O bom resultado do Paraná foi puxado principalmente pela indústria e
pelo setor de serviços, que somam saldos de 11.282 e 13.021
respectivamente. “A indústria vem dando resposta e mostra que buscou
caminhos alternativos à crise. Os serviços, por sua vez, vêm criando
mais emprego com o reaquecimento da demanda interna”, diz Suzuki Júnior.
Na indústria, os destaques foram os setores químico, de produtos
farmacêuticos, veterinários e de perfumaria, com 1.075 vagas. A
indústria têxtil, de vestuário e artefatos de tecidos ficou com saldo de
2.919, e indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico,
com 5.694.
No setor de serviços, os maiores saldos foram no comércio e
administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos
(4.640), serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção,
redação (3.260) e ensino (3.092).
SETORES - Dos oito setores pesquisados no Caged, o
Paraná teve resultado positivo em seis. Além da indústria e dos
serviços, destaques para a agropecuária (2.750), administração pública
(194), construção civil (184) e serviços industriais de utilidade
pública (125). Os únicos resultados negativos vieram do comércio, com a
eliminação de 3.447, e atividade extrativa mineral, com redução de 67
vagas.
As regiões Sudoeste e Oeste concentram os municípios que mais geraram
emprego. Pato Branco foi a cidade que acumulou o maior saldo de vagas
nos primeiros sete meses do ano no Estado, com 1.647 vagas. Maringá
ficou em segundo lugar, com 1.605, seguida por Cascavel (1.542),
Palotina (1.197) e Apucarana (1.009).
No mês de julho, o destaque também foi a indústria de transformação,
com saldo de 789 postos, seguida do setor de serviços com (772) postos
formais de trabalho.
Julho não apresentava saldo positivo de empregos desde 2014. Em 2015
registrou saldo negativo de (-12.355) e 2016 (-5.618) postos.
A novidade do mês foi a recuperação do comércio, que voltou a
apresentar números positivos com saldo de 102 postos. A expectativa é
que o comércio varejista também se recupere nos próximos meses, por
conta das vendas de fim de ano. A agricultura apresentou saldo positivo
de 249 vagas.
SITUAÇÃO FISCAL -Para Suzuki Júnior, Estados com boa
situação fiscal, como o Paraná, têm obtido bons resultados no emprego
nos últimos meses. Das 27 unidades da federação, 17 tiveram saldos
positivos, de acordo com o Caged. Entre as que tiveram resultados
negativos, o pior desempenho veio do Rio de Janeiro, justamente um
Estado que enfrenta graves problemas financeiros.
Foram eliminadas 74.760 vagas no acumulado de janeiro a julho no Rio.
A deterioração das contas públicas do Rio contribui, ainda que
indiretamente, para a piora do mercado de trabalho.
De acordo com Suzuki Júnior, o atraso no pagamento de salários, de
pensões e de fornecedores gera um efeito em cadeia na economia,
provocando queda do consumo e demissões. “No Paraná tem ocorrido o
contrário, com a boa situação financeira contribuindo para gerar consumo
e, indiretamente, emprego”, acrescenta.
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