"Avaliamos que o Brasil, apesar dos inúmeros problemas, é abençoado", disse à FOLHA a empresária Zely Teresa Loss, que temeu pela morte no dia do abalo sísmico de magnitude 7.1
Um terremoto de magnitude 7.1 atingiu o México na terça-feira (19) – às 13h14 local (15h14 de Brasília). De acordo com informações do Serviço Nacional mexicano, o epicentro do tremor foi nos arredores de Axochiapan, no Estado de Morelos, a cerca de 120 km da capital Cidade do México e sentido em 18 municípios e o caso ocorreu a 57 km de profundidade.
A empresária londrinense Zely Teresa Loss, que viajou para o México no dia 16 deste mês para visitar uma amiga, estava na capital quando ocorreu os tremores. Em entrevista à FOLHA, ela relatou o pânico. "Estava no apartamento no bairro Polanco. Tinha acabado de almoçar. O prédio é novo e bem moderno, mas tremeu inteiro e foi a pior experiência da minha vida. Achei que fosse morrer", revelou.
Arquivo/Zely Teresa Loss
"Ninguém
se machucou onde estava, mas eu me assustei muito. As emissoras de
televisão daqui estão mostrando o dia inteiro os estragos e os resgates.
Uma escola pública foi destruída e vários prédios desabaram. Há muitos
pontos de arrecadação de alimentos e cadastramento de voluntários. A
cidade está focada no resgate das pessoas desaparecidas", complementou.
O tremor abalou a cidade no mesmo dia em que era lembrado o 32º aniversário do grande terremoto de 1985, que deixou milhares de mortos na capital mexicana. Duas horas antes dos tremores de terra, a população mexicana havia saído para as ruas em uma simulação para lembrar do fato de 85. Diversos prédios desabaram e, em alguns bairros, a energia elétrica foi cortada pelas autoridades para evitar possíveis explosões após relatos de vários pontos de vazamento de gás.
O tremor abalou a cidade no mesmo dia em que era lembrado o 32º aniversário do grande terremoto de 1985, que deixou milhares de mortos na capital mexicana. Duas horas antes dos tremores de terra, a população mexicana havia saído para as ruas em uma simulação para lembrar do fato de 85. Diversos prédios desabaram e, em alguns bairros, a energia elétrica foi cortada pelas autoridades para evitar possíveis explosões após relatos de vários pontos de vazamento de gás.
Arquivo/Zely Teresa Loss
"O
povo em geral é muito solidário. Onde teve prédios que caíram a ajuda é
geral, muitos voluntários em busca de sobreviventes. Os mexicanos se
organizam nas ruas para resgatar vidas e a cidade. É algo incrível",
afirmou. "Volto para o Brasil no dia 28 e, depois dessas ocasiões,
avaliamos que o Brasil, apesar dos inúmeros problemas, é abençoado",
finalizou Zely.
BRASILEIROS – Conforme
o governo mexicano informou, ao menos 250 pessoas morreram e outras
dezenas estão desaparecidas. O Itamaraty não registrou nenhum brasileiro
entre vítimas fatais - dois brasileiros se feriram, mas inclusive já receberam alta do hospital.
André Bueno
Grupo FOLHA
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