quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Londrinense relata pânico durante terremoto no México


"Avaliamos que o Brasil, apesar dos inúmeros problemas, é abençoado", disse à FOLHA a empresária Zely Teresa Loss, que temeu pela morte no dia do abalo sísmico de magnitude 7.1



Um terremoto de magnitude 7.1 atingiu o México na terça-feira (19) – às 13h14 local (15h14 de Brasília). De acordo com informações do Serviço Nacional mexicano, o epicentro do tremor foi nos arredores de Axochiapan, no Estado de Morelos, a cerca de 120 km da capital Cidade do México e sentido em 18 municípios e o caso ocorreu a 57 km de profundidade.

A empresária londrinense Zely Teresa Loss, que viajou para o México no dia 16 deste mês para visitar uma amiga, estava na capital quando ocorreu os tremores. Em entrevista à FOLHA, ela relatou o pânico. "Estava no apartamento no bairro Polanco. Tinha acabado de almoçar. O prédio é novo e bem moderno, mas tremeu inteiro e foi a pior experiência da minha vida. Achei que fosse morrer", revelou.

Arquivo/Zely Teresa Loss
Arquivo/Zely Teresa Loss


"Ninguém se machucou onde estava, mas eu me assustei muito. As emissoras de televisão daqui estão mostrando o dia inteiro os estragos e os resgates. Uma escola pública foi destruída e vários prédios desabaram. Há muitos pontos de arrecadação de alimentos e cadastramento de voluntários. A cidade está focada no resgate das pessoas desaparecidas", complementou.

O tremor abalou a cidade no mesmo dia em que era lembrado o 32º aniversário do grande terremoto de 1985, que deixou milhares de mortos na capital mexicana. Duas horas antes dos tremores de terra, a população mexicana havia saído para as ruas em uma simulação para lembrar do fato de 85. Diversos prédios desabaram e, em alguns bairros, a energia elétrica foi cortada pelas autoridades para evitar possíveis explosões após relatos de vários pontos de vazamento de gás.

Arquivo/Zely Teresa Loss
Arquivo/Zely Teresa Loss


"O povo em geral é muito solidário. Onde teve prédios que caíram a ajuda é geral, muitos voluntários em busca de sobreviventes. Os mexicanos se organizam nas ruas para resgatar vidas e a cidade. É algo incrível", afirmou. "Volto para o Brasil no dia 28 e, depois dessas ocasiões, avaliamos que o Brasil, apesar dos inúmeros problemas, é abençoado", finalizou Zely.



BRASILEIROS – Conforme o governo mexicano informou, ao menos 250 pessoas morreram e outras dezenas estão desaparecidas. O Itamaraty não registrou nenhum brasileiro entre vítimas fatais - dois brasileiros se feriram, mas inclusive já receberam alta do hospital.
André Bueno
Grupo FOLHA

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