LAÍS ALEGRETTI E GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O
Ministério de Minas e Energia confirmou nesta segunda-feira (25) que
haverá horário de verão neste ano. Pela regra atual, o horário de verão
entra em vigor no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro
domingo de fevereiro.
A mudança vale para Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O governo chegou a
cogitar o fim do horário de verão, mas optou por manter pelo menos até
este ano. Uma pesquisa pode ser feita para avaliar a implementação do
horário de verão em outros anos. A definição caberá ao Palácio do
Planalto, segundo o ministério.
Na noite de domingo (24), em reunião no Palácio do Jaburu, o
presidente havia afirmado que pretendia manter o horário de verão, mas
que aguardava posicionamento da pasta, o que se confirmou nesta segunda.
No encontro, a equipe presidencial considerou que o horário de verão já
se tornou um hábito dos brasileiros e que a mudança pode criar um
desgaste desnecessário ao presidente.
A discussão da mudança ocorre no momento em que o peemedebista tenta
barrar nova denúncia contra ele, desta vez por obstrução judicial e
organização criminosa. Desde 2008, um decreto presidencial estabelece as
datas para o início e término do programa de economia de energia. A
última edição foi de 16 de outubro de 2016 a 19 de fevereiro de 2017.
No período, a economia foi de R$ 159,5 milhões, decorrentes da
redução do uso de usinas termelétricas para complementar a geração de
energia. O valor ficou abaixo do verificado na edição anterior
(2015/2016), quando foram poupados R$ 162 milhões. A economia reflete o
maior uso de iluminação natural neste período, quando os relógios são
adiantados em uma hora nos Estados das regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste do país. A alteração não vigora nos Estados do Norte e
Nordeste.
O horário de verão vem perdendo importância. Nos últimos anos, o
horário de pico no consumo de energia se deslocou do início da noite
para o início da tarde, principalmente no verão, quando um maior número
de aparelhos de ar condicionado está em operação. O programa foi
instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932 e vem sendo
adotado continuadamente desde 1985.
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