quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Pedidos de aposentadoria de servidores sobem mais de 46,7% em 2017, aponta Planejamento.


Por meio da assessoria de imprensa, Ministério afirmou que reforma previdenciária é um motivador dos pedidos do benefício.

 

Um dos objetivos da reforma da Previdência é equiparar os regimes de aposentadoria dos servidores públicos aos do INSS, o que na visão de especialistas, acaba com os privilégios concedidos atualmente.
Diante dessa possibilidade, o número de pedidos de aposentadorias de servidores federais civis aumentou no último ano. De acordo com dados do Ministério do Planejamento, entre janeiro e novembro de 2017, as solicitações dos benefícios subiram 46,7% em comparação com o ano anterior. Em 2016, foram 14.563 pedidos. Já no ano passado foram 21.371.
Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério afirmou que a reforma previdenciária é um dos fatores que levaram à alta no número dos pedidos de aposentadoria. No entanto, segundo o Planejamento, há outros motivos que contribuem para isso, como por exemplo, a idade avançada dos servidores, que faz com que eles já possam adquirir o benefício.
Para o coordenador de Previdência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Rogério Nagamine, o nivelamento das regras de aposentadoria entre os regimes previdenciários é necessário. De acordo com o especialista, os modelos, da forma como estão, desequilibram o sistema como um todo.
“Você tem uma diferença de valor de benefício gigantesca. A média de aposentadoria, por exemplo, no Poder Legislativo, em 2016, foi 28 mil reais. Já no INSS, o valor da aposentadoria ficou em torno de 1.200 reais”.
A reforma prevê, entre outras coisas, que a idade mínima para aposentadoria dos servidores públicos seja de 62 anos para mulheres e 65 para homens. A exceção é para professores, que se aposentariam com 60 anos; e policiais, que receberiam o benefício aos 55 anos de idade. O tempo de contribuição para todos seria de 25 anos para aposentadoria parcial.
A economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour, avalia essa determinação como essencial para o equilíbrio das contas e a manutenção das aposentadorias futuras.
“A gente não tem dinheiro para investir em nada. No Brasil, os investimentos só caem. Não tem dinheiro para in vestir em Educação e Saúde. A questão é que, se a gente não resolver esse problema, nem os servidores públicos vão receber suas aposentadorias. É isso que precisa ser entendido.”
A votação do texto da reforma está prevista para o dia 19 de fevereiro. Até, lá, o governo Federal deve trabalhar para conseguir os votos necessários para aprovação da matéria.

Reportagem, Marquezan Araújo
agencia do radio 

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