Estudo realizado pelo Dieese aponta que, além de
não ter tido crescimento real, o salário mínimo estabelecido pelo
governo federal para 2018, de R$ 954, perdeu poder de compra, retornando
ao patamar de 2015. Isso ocorre porque, segundo o diretor técnico do
Dieese, Clemente Ganz Lúcio, ao conceder o reajuste, que foi de 1,81%
sobre os R$ 937 que vigoraram durante 2017, o governo superestimou a
desinflação do ano que encerrou. O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), que serve como base para cálculo do novo mínimo,
ficou em 2,07% em 2017. As informações são d’O Globo.
— O governo reajustou dentro do permitido, mas trabalhou da forma
mais conservadora, para diminuir suas despesas. É necessário, portanto, a
revisão do reajuste anunciado, de modo a devolver ao salário mínimo o
poder de compra do início do ano passado, o que pressupõe o repasse
integral do INPC, além da incorporação da perda de 0,10% que lhe foi
imposta em janeiro de 2017 — defende Lúcio.
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