A inflação acumulada nos 12 meses de
2017 no Brasil fechou em 2,95%, o menor índice desde 1998 (1,65%). E
mais uma vez quem segurou as pontas foi o agronegócio, responsável por
106 dos 158 itens e subitens pesquisados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), que tiveram queda de preços no ano
passado. O peso da mão do agro fica ainda mais evidente na situação
hipotética de fazer a média sem considerar o trabalho dos produtores
rurais: tirando alimentos e bebidas, a inflação no mesmo período seria
de 4,5%, segundo cálculo do Banco Central.
Esses 106 itens do agronegócio com queda nos preços pertencem ao
grupo Alimentação e Bebidas (ver gráfico). O economista Lucas Dezordi,
da consultoria Valuup, lembra que dois fatores principais ajudam a
entender o comportamento de queda no preço da comida. “A super safra de
2016/17 contribuiu de forma significativa e também vivemos, em 2017, um
ano mais comportado em termos de câmbio, o que influencia nos preços das
commodities”, comenta.
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