Aseel Al Hamad, piloto mulher saudita de automobilismo, numa Lotus de 2012. (Foto: MSN)
Aseel Al Hamad quebrou uma escrita neste domingo (24) ao dirigir um carro de Fórmula 1 antes do GP da França.
A volta dada no cicuito de Le Castellet aconteceu no dia em que foi
suspensa uma proibição que impedia mulheres de dirigirem no país
saudita.
Aseel dirigiu um Renault 2012 como parte de um desfile de veículos da
montadora francesa, em comemoração à volta da organização da corrida.
Com esse carro, Kimi Raikonen ganhou o GP de Abu Dhabi de 2012.
“Hoje não é só uma celebração de uma era de mulheres ao volante, mas
também o nascimento de uma era de mulheres no esporte a motor na Arábia
Saudita", disse Hamad.
“O que mais espero é ver uma próxima geração de jovens garotas
experimentando os esportes a motor. Eu gostaria de vê-las treinando e
levando o esporte a sério como carreira. Essa vai ser, de verdade, a
minha maior conquista.”
Hamad é a primeira membro mulher da Federação de Esporte a Motor da
Arábia Saudita e da Comissão Mundial de Esporte a Motor (WMC, na sigla
em inglês), um órgão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
A primeira vez que ela dirigiu o carro foi em uma sessão de treinos, no mesmo circuito, em 5 de junho.
“Eu sempre gostei de automobilismo e dirigir um Formula 1 vai muito
além das minhas expectativas", disse ela. “Eu espero que o fato de eu
ter pilotado no dia em que a proibição de mulheres dirigirem na Arábia
Saudita foi revogada mostre a elas o que é possível fazer quando se tem
paixão e espírito sonhador.”
Michèle Mouton, ex-piloto de rally e presidente da WMC, disse esperar
que o exemplo de Hamad possa ajudar a pavimentar o caminho para outras
mulheres.
As mulheres sauditas puderam começar a dirigir à meia-noite de sábado,
encerrando a única sanção mundial pela proibição de mulheres ao volante,
vista por muito tempo como um símbolo da repressão às mulheres no reino
no país muçulmano.
A suspensão da proibição, ordenada em setembro último pelo Rei Salman, é
parte da pressão de seu filho, o príncipe Mohammed bin Salman, em uma
tentativa de transformar a economia do maior exportador de mundial de
petróleo, além de abrir um pouco sua fechada sociedade.
Fonte: MSN
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