quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Estiagem faz preço de verduras e legumes subir até 33% em Curitiba


Produtos como abóbora, abobrinha, couve-flor e repolho registraram variação alta na semana

  Rodolfo Luis Kowalski

Sem chuvas há mais de um mês, produção de hortaliças sofre no campo (foto: Franklin de Freitas)
Os mais de 30 dias sem chuvas em Curitiba e região metropolitana impactou fortemente sobre o preço das hortaliças. Produtos como abóbora, abobrinha, vagem e repolho registraram, em apenas uma semana, variação de preço entre 15 e 33%, enquanto o preço médio dos 30 produtos analisados pela Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa-PR) subiu 2,36%. Os dados são Divisão Técnica Econômica (Ditec) da Ceasa Curitiba.
De acordo com Joarez Miranda, gerente geral de mercado da Ceasa Curitiba, a alta no preço das hortaliças citadas se deve justamente à seca prolongada. “Se chover nos próximos dias, em mais uma ou duas semanas os preços voltam ao normal, porque o pessoal começa a plantar e aquelas culturas que estão demorando a crescer se desenvolvem mais rapidamente”, aponta o especialista.
Por outro lado, se a chuva não chegar em bom nível nos próximos dias, os preços devem registrar altas ainda mais significativas nas próximas semanas, impactando fortemente os pequenos produtores da região. Aí, ainda segundo Miranda, as folhosas, como couve, alface e acelga, deverão começar a ficar mais caras.
“Se até a próxima semana não houver chuva, quem não tem irrigação ou estufa vai sofrer com a estiagem e os preços das folhosas começa a subir”, afirma o gerente da Ceasa. “A expectativa é grande (pela chuva). Todo mundo está preocupado, porque se não chover, vai virar a produção, o que foi plantado não vai germinar. Como trabalhamos com oferta e procura, o preço vai subir e o pessoal não vai ter venda.”
Soja
A seca no Paraná já impactou outras importantes culturas. A soja, por exemplo, já teve o plantio de verão atrasado por conta da falta de chuvas.

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