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BRUNO FÁVERO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ex-ministra Marina Silva 
(Rede) voltou a pedir nesta quinta-feira (28) que o TSE (Tribunal 
Superior Eleitoral) vote a ação que pode cassar a chapa na qual se 
elegeram a presidente afastada, Dilma Rousseff, e seu então vice, Michel
 Temer, hoje presidente interino.
Para Marina, a decisão ficou mais urgente depois que o marqueteiro 
João Santana e sua mulher Mônica Moura afirmaram ter recebido dinheiro 
de caixa dois para fazer a campanha de Dilma e Temer. "As informações 
demonstrando claramente que houve dinheiro de caixa dois nas campanhas 
continuam colocando a necessidade de que o TSE faça o julgamento da 
denúncia que está feita. À medida em que isso fique comprovado, como se 
poderá manter uma chapa eleita com dinheiro de uma base criminosa?", 
questionou.
Se a chapa Dilma-Temer for cassada até o fim deste ano pelo tribunal,
 serão convocadas novas eleições em até 90 dias. Na última pesquisa do 
Datafolha, Marina Silva aparece como vencedora em todos os cenários do 
segundo turno se a votação fosse hoje. A declaração desta quinta foi 
dada por Marina durante a convenção de seu partido na Câmara dos 
Vereadores de São Paulo para oficializar a candidatura do empresário 
Ricardo Young à Prefeitura da cidade. Sua candidata a vice será a 
ativista Carlota Mingolla.
No evento, Marina criticou o governo Temer, que, segundo ela, tem uma
 equipe econômica competente, mas não tem força política porque está 
envolvido em denúncias de corrupção. Ela também afirmou que falta à 
gestão investir mais em educação e criar iniciativas na área da 
sustentabilidade. Young, por sua vez, disse que o Planalto falha ao não 
criar um plano nacional para desenvolver as cidades. A ex-ministra 
também voltou a defender o impeachment de Dilma e disse estar convencida
 de que a petista cometeu crime de responsabilidade.
Sobre as eleições municipais, Marina defendeu a política de alianças 
da Rede, que foi criticada por ter levado o partido a apoiar, em 
Guarulhos, a coligação encabeçada pelo PSB e da qual também faz parte o 
PSC, do deputado Jair Bolsonaro. "Nosso enfoque não é fazer alianças com
 partido, mas com programas e com nomes. [...] Em Guarulhos, apoiamos a 
chapa do PSB, na qual somos vice, e só depois disso é que oo PSC entrou 
na coligação. Nossa aliança na cidade é com o candidato do PSB, não com o
 PSC", afirmou. Na capital, chegou-se a especular que a Rede poderia 
apoiar a candidatura de Luiza Erundina (PSOL), mas o partido preferiu 
lançar candidato próprio.
 
 
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