terça-feira, 25 de outubro de 2016

Ameaça de morte pelo Facebook faz direção de escola cancelar aulas na zona rural de Londrina


Rafael Machado - Redação Bonde 
 

A direção da Escola Municipal Bento Munhoz da Rocha Neto, no distrito de Lerroville, zona rural de Londrina, foi surpreendida no final da manhã desta segunda-feira (24) por uma multidão de pais que foram buscar os filhos no encerramento das aulas. De acordo com o diretor da instituição, Acyr Plath, o semblante da maioria "era de desespero" depois de uma mensagem ameaçadora que circulou pelo Facebook e tratava respectivamente de alunos que estudam em Lerroville.

Reprodução/Facebook
Reprodução/Facebook


O usuário, batizado como "Marçal Assasi", escreveu: "Lerroville mi espere 2 feira na escola si num da nada errado eu eos meu parcero vamo matar 35 alunos". A mensagem foi postada às 21h06 da última sexta-feira (21). "Tudo começou com um pai que chegou apavorado às 11h. Ele insistia em retirar a filha a todo custo. Logo depois, um cordão de pais e mães se formou do lado de fora do colégio. Todos bem assustados com a ameaça", disse Plath.

O jeito foi solicitar autorização da Secretaria Municipal de Educação para cancelar as aulas. Apenas quatro funcionários permaneciam na escola para tocar os trabalhos administrativos. Um boletim de ocorrência foi confeccionado para oficializar a denúncia. "Ninguém sabe quem é este rapaz, mas, em todo caso, resolvemos suspender", avaliou o diretor. Ele garantiu que só irá retomar a rotina da unidade se a Polícia Militar garantir presença na entrada e saída dos estudantes.

Procurada pela reportagem, a secretária municipal de Educação, Janet Thomas, afirmou que a ameaça partiu inicialmente para os estudantes do Colégio Estadual de Lerroville. "Recebemos a informação de que a diretora de lá comunicou a situação aos pais. Como muitos possuem filhos menores estudando na rede municipal de ensino, foram desesperados até a Bento Munhoz da Rocha Neto", disse. Apesar do incidente, as aulas estão mantidas para esta terça-feira (25).

A Secretaria de Defesa Social, no entanto, foi acionada para averiguar o caso. "Eles, que são especialistas na segurança pública, estão mantendo contato com a PM e vão nos orientar da melhor forma possível", comentou a secretária.

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