sábado, 1 de outubro de 2016

Paraná tem cinco municípios só com mulheres candidatas a prefeita


Mariana Franco Ramos - Grupo Folha
 
Apesar de serem a maioria do eleitorado brasileiro (52%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral), as mulheres respondem por apenas 31% do total (475.937) de candidatos aptos a disputar os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador neste domingo (2). Há no Paraná, porém, cinco cidades onde a realidade é outra. Nelas, nenhum homem se cadastrou para disputar o Executivo municipal. 

Em Farol (Centro Ocidental), estão no páreo a atual prefeita, Angela Kraus (PSDB), com uma coligação formada por seis partidos, e a assistente social Dirnei de Fátima Gandolfi Cardoso (PMDB), a Dina. Já em Flórida (Norte), dividirão os votos dos eleitores neste domingo a protética Márcia Dall Ago (PDT) e a candidata à reeleição Meire (PP). Jardim Olinda (Noroeste) também tem duas postulantes ao cargo: a professora Lucimar (PP) e a enfermeira Rosimar (DEM). 

Reprodução
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O número se repete em Rancho Alegre (Região Metropolitana de Londrina), com Dona Darlene (PMDB) e a servidora pública Sônia Coimbra (PSC). Situação um pouco diferente vive Altamira do Paraná (Centro Ocidental), onde a prefeita Elza (PSB) é candidata única, precisando de somente um voto válido para ter mais quatro anos de mandato. Em nenhum desses locais haverá segundo turno, o que só ocorre com mais de 200 mil eleitores cadastrados.

No total, são 56 municípios de 17 estados com somente mulheres concorrendo às prefeituras. Conforme o TSE, a maior participação feminina se dá no Rio Grande do Norte, com oito cidades, seguida de São Paulo, com sete. As outras unidades da federação na lista são: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

O Paraná possui 1.096 candidatos a prefeito, sendo 107 do sexo feminino, o que corresponde a 9,76%. Para as câmaras municipais, a desigualdade de gênero se repete: 19.448 homens dividem espaço com 9.661 mulheres. Na tentativa de frear tais distorções, desde 1997 a legislação eleitoral obriga as legendas a destinar 30% das vagas para as candidatas. Ainda assim, as parlamentares ocupam, em média, menos de 10% das cadeiras nos legislativos.

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