sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Paraná registra um acidente com trem a cada três dias


O último foi na quinta-feira, em Almirante Tamandaré. Por sorte, os envolvidos tiveram apenas ferimentos leves

  Rodolfo Luis Kowalski / bem paraná 

Acidente em Almirante Tamandaré, ontem, envolveu ônibus e trem: sem gravidade (foto: Franklin de Freitas)
O Paraná registra a cada três dias um acidente envolvendo um trem, em média. Segundo a Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), foram 89 acidentes ferroviários entre janeiro e outubro deste ano. Na quinta-feira (15), inclusive, registrou-se uma nova ocorrência no cruzamento da Rua José Real Prado, próximo ao terminal de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. Um ônibus acabou sendo atingido por uma locomotiva, mas por sorte os passageiros tiveram apenas ferimentos leves.
Os dados revelam que o tipo de ocorrência mais comum são justamente os abalroamentos (as colisões entre uma locomotiva e outro veículo), com 29 ocorrências neste ano. Em seguida aparecem as ocorrências de descarrilamento, com 29 registros, e as de atropelamentos, com 19.
Na comparação com 2015, contudo, nota-se uma redução de 41% no número de acidentes, já que no ano anterior haviam sido 155 ocorrências. A principal queda verifica-se com relação aos descarrilamentos, que registraram queda de 65,9% (haviam sido 85 casos em 2015), enquanto o número de abalroamentos se manteve praticamente estável, sendo que em 2015 haviam sido 44 registros.
Mas, se o número de colisões com locomotivas e o de descarrilamentos caiu, o total de atropelamentos acabou registrando aumento de 26,7%, saltando de 15 ocorrências para 19 neste ano.
Contorno
Para se reduzir o número de acidentes e também os incômodos aos moradores das regiões onde há malha ferroviária em funcionamento, uma antiga proposta que já esteve em pauta diversas vezes é a criação de um contorno ferroviário que retiraria a linha férrea dos centros urbanos da Grande Curitiba.
O Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), inclusive, já tem um projeto encaminhado sobre o assunto e, no ano passado, recebeu autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) que autorizou o inícios dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental sobre o assunto. O projeto, contudo, estaria em compasso de espera pela autorização da ANTT, segundo informou a assessoria do IPPUC.
Na Grande Curitiba, a malha férrea passa por Curitiba, Almirante Tamandaré, Rio Branco do Sul, Pinhais e Piraquara, além de trechos em Campo Largo e Balsa Nova.

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