As contas de luz continuarão sem
cobrança adicional em janeiro. A Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) decidiu nesta sexta-feira, 30, que as faturas de energia terão a
bandeira verde no próximo mês, assim como já ocorreu em dezembro.
Conforme relatório do Programa Mensal de Operação (PMO) do
Operador Nacional do Sistema (ONS), a condição hidrológica está mais
favorável, o que determinou o acionamento de térmica com Custo Variável
Unitário (CVU) abaixo de R$ 211,28 por megawatt-hora (R$/Mwh). Quando o
preço ultrapassa esse valor, é acionada a bandeira amarela.
Entre abril e outubro de 2016, vigorou a bandeira verde. Em
novembro, a piora nas condições hidrológicas, principalmente em razão da
seca no Nordeste, levou ao acionamento da bandeira amarela, que
acrescenta R$ 1,50 a mais nas contas para cada 100 kWh consumidos. Em
dezembro, foi retomada a bandeira verde.
Em
março deste ano, também vigorou a bandeira amarela. Antes disso,
durante todo o ano passado e em janeiro e fevereiro, vigorou a "bandeira
vermelha", que adiciona entre R$ 3,00 e R$ 4,50 a cada 100 kWh
consumidos, dependendo da quantidade de termelétricas necessárias para
suprir o País. O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pela
Aneel.
Antes das bandeiras, as variações que ocorriam nos custos de
geração de energia, para mais ou para menos, eram repassados em até doze
meses, no reajuste tarifário anual da distribuidora - o que aumentava
os índices de reajuste. Com o sistema, as bandeiras não interferem nos
itens passíveis de repasse tarifário.
Márcio Rodrigues, com Anne Warth - Agência Estado