Uma ordem de emergência de uma juíza federal impediu temporariamente os
Estados Unidos de deportar pessoas de nações sujeitas à proibição de
viagens. A proibição foi decretada na última semana pelo presidente
Donald Trump. O juiz disse que os viajantes que haviam sido detidos
tinham um forte argumento de que seus direitos legais tinham sido
violados.
A juíza distrital Ann Donnelly, em Nova York, emitiu a ordem de
emergência na noite de sábado, depois que a União Americana das
Liberdades Civis apresentou uma petição judicial em nome de pessoas de
sete nações predominantemente muçulmanas que foram detidas em aeroportos
em todo o país. A ordem do juiz tratava apenas de uma parte da ação
executiva de Trump.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA disse que a ordem
judicial não afetará a implementação geral da ação executiva da Casa
Branca. A agência disse que a ordem afetou um número relativamente
pequeno de viajantes que foram incomodados por procedimentos de
segurança em seu retorno.
“O decreto do presidente Trump permanecerá em vigor, e as viagens
proibidas continuarão proibidas. O governo dos Estados Unidos mantém seu
direito de revogar vistos a qualquer momento, se necessário para
segurança nacional ou segurança pública”, de acordo com a declaração do
Departamento de Segurança.
Stephen Miler, assessor da Casa Branca, disse que nada na ordem da
juíza “impede a implementação da ordem executiva do presidente, que
permanece em pleno, completo e total efeito”.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, criticou a medida de
Trump que proíbe temporariamente os refugiados de entrar nos Estados
Unidos.
Seu porta-voz oficial disse neste domingo que May não concorda com a
ordem de Trump e que vai questionar o governo dos EUA se ele tiver um
efeito adverso para os cidadãos britânicos.
O comentário oficial veio após May ter se recusado a condenar a
proibição durante uma visita à Turquia para se reunir com os líderes do
país. Ela disse que a decisão era uma questão que dizia respeito
exclusivamente aos EUA.
Depois que retornou ao Reino Unido de uma visita a Washington, onde
se encontrou com Trump na Casa Branca, e posterior passagem pela
Turquia, o porta-voz de May disse que o governo britânico não aprova a
política de Trump.
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